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29 de dezembro de 2009

Mensagem de Ano Novo

Antes de qualquer coisa, quero pedir desculpas; fiquei afastado do blog por algumas poucas semanas porque realmente precisei: finalizando meu MBA em Mercado de Capitais - que imaginei que seria mais tranquilo no final acabou sendo muito mais agitado - festas, sem acesso a internet na época do Natal... isso tudo contribuiu para meu "afastamento".

Mas de certo modo, deu tempo para refletir e pensar no último post do ano.

É tempo de festas! Mas também de reflexão. É incrível como essas últimas semanas sempre nos remetem a pensar no que aconteceu de bom, de ruim, no que realizamos, no que não conquistamos, enfim, o 'Balanço do Ano'. Eu, particularmente, faço meu balanço trimestralmente (parece até empresa de capital aberto!): nele verifico como está meu desempenho em alguns papéis de minha vida: como pessoa, marido, filho, profissional, amigo, e tantos outros papéis que eu tiver. Além disso, também faço o Balanço do meu Patrimônio Líquido - ou seja, quanto que minha riqueza cresceu ou diminuiu ou ficou parada (patrimônio de verdade: todos os bens, investimentos e disponibilidades menos as obrigações financeiras). Nesse balanço, por ter um tempo relativamente curto, consigo verificar desvios no meu planejamento anual e corriji-los a tempo, antes que chegue essa época sem que consiga saber exatamente o que ocorreu.

Além do mais, nos dois últimos dias, antes da virada, faço meu planejamento de tempo, traço (ou retraço) minhas metas e objetivos seguindo algumas definições comigo: duas grandes metas anuais que se dividirão em metas mensais (4), semanais (2) e depois em tarefas diárias. É um planejamento demorado, mas norteia todo o ano e te dá foco; impõe um sentimento natural de disciplina; e, com as revisões periódicas, mantém-se a clareza do alvo.

Não vou me estender muito nesse assunto, mas vale pensar em aprender coisas novas: novos cursos, um novo idioma, aperfeiçoar-se, enfim, tem muita coisa que dá pra ser feita num ano que, novamente, chega "limpinho".


Desejo a todos um Feliz Ano Novo repleto de realizações, sucesso, muita saúde, paz e felicidade.



Phillip Souza, o Investidor Milionário.

10 de dezembro de 2009

Alguns passos para o conhecimento em finanças pessoais

Não poderia deixar de publicar palavras tão concisas e importantes quanto as que estão abaixo. São do Marco Antônio Goulart (mais informações em www.marcofinanceiro.com.br)


Dinheiro quando bem utilizado pode trazer felicidade, por isso precisamos saber administrar nossos recursos.

Antes de saber como administrar é preciso que se tenha conhecimento da própria personalidade, objetivos para o futuro próximo e distante.

A personalidade esta diretamente ligada a nossa capacidade de administrar determinado tipo de investimento, se somos pessoas conservadoras devemos nos manter afastados de negócios de alto risco, por outro lado se somos arrojados podemos participar de negócios de maior risco e maior capacidade de retorno. Existe uma máxima no mundo dos investimentos: quando maior o risco, maior a possibilidade de ganho/perda.

Além de nossa personalidade o estágio da vida em que nos encontramos também deve influenciar nossas decisões de investimento, pessoas jovens podem se dar ao luxo de correr mais riscos pois caso algum problema venha a ocorrer ainda existem muitos anos pela frente para superar tal eventualidade. Pessoas mais velhas não tem esta facilidade, já que muitas vezes tem de sustentar filhos, moradia, etc.

Então o como administrar estará diretamente relacionado a nossa idade e personalidade, mas e os objetivos? Esse é talvez o passo mais difícil de se realizar, quais os nossos objetivos para o futuro? Do que gostamos? O que queremos? Precisamos pensar hoje sobre onde gostaremos de estar no amanhã. Os objetivos podem estar relacionados a moradia (casa própria), viagens, estudo, família. É importante que existam metas para cada aspecto da vida, tarefa complexa.

De posse destas metas temos o onde chegar. Já sabemos que para chegar lá precisamos conhecer nossa personalidade e reconhecer qual o estágio da vida.

O como chegar esta relacionado com nossas atividades do dia a dia. Se precisamos ter 100 mil reais daqui a 10 anos para atingir nossos objetivos então precisamos realizar atividades que nos remunerem de forma suficiente a suprir nossas despesas diárias e gerar uma poupança, que com o tempo se transformará no montante desejado.

A atividade diária que devemos realizar é o conhecimento de nossas receitas e despesas. Para economizar primeiro precisamos saber quanto gastamos e quanto sobra no final do mês, e se não sobra nada como fazer algum tipo de economia.

De posse do conhecimento de receitas e despesas temos a geração da poupança, ou seja, o que nos fará chegar onde desejamos.

Agora entra o como administrar. Devemos tratar nossa poupança como algo valioso, mais do que uma quantia em dinheiro é a realização de nossos objetivos e recompensa pelo afinco depositado nesta tarefa. Nossa poupança esta disponível para o investimento. O mercado nos oferece todo o dia diversas possibilidades de investimento, do mais agressivo e com maior chance de ganho ou perda, ao mais conservador. Como administrar deve partir de nossa capacidade de obter conhecimento sobre investimentos, prática e experiências vividas neste cenário. Em geral pessoas que já tem um montante elevado de poupança pagam para que outros administrem esta poupança. Os que não têm esta sorte devem administrar seus recursos por conta própria. Quanto maior o conhecimento e dedicação maior a rentabilidade da poupança.

Mas quanto minha poupança deve render? Posso colocar meu dinheiro na caderneta de poupança do banco já que o banco me diz que ela rende X% mais inflação? A poupança deve render o necessário para que se atinja o objetivo financeiro futuro de acordo com as economias mensais. Para se ter o conhecimento exato a respeito disso é necessário que se faça algum tipo de cálculo financeiro. De qualquer forma é preciso saber que o poder do tempo é enorme quando pensamos em investimentos. Ex: uma economia diária de 0,12 centavos que obtem uma rentabilidade de 1% ao mês (algo bastante factível) se transformará, após 40 anos, em algo em torno de R$ 380 mil. Parece mentira, mas é isso mesmo!

Então quando o assunto é investimento precisamos ter em mente que devemos conhecer nossos objetivos, planejar, dedicar tempo ao conhecimento das possibilidades de investimento, e nos dedicarmos diariamente à realização de economia geradora de poupança.


Por Marco Antônio Goulart, associado núcleo APIMEC-SC, administrador, investidor, e pesquisador do projeto PLATIC (www.platic.ufsc.br).

5 de dezembro de 2009

Os 10 Mandamentos do Value Investor

O "value investment", como alguns já sabem, trata-se da "escola" de investimento a qual Benjamin Graham deu forma e Warren Buffet prestígio. Acredito que seja útil publicar o resultado desses esforços.

Note que não há nada revolucionário nestes conceitos. Muito pelo contrário, existem observadores do mercado que acham que são ultrapassados e que uma fortuna nebulosa voando é bem mais interessante do que lucro firme na mão. Tem outros ainda que consideram que se fixar somente em "preço" e "valor" é simples demais e preferem enfatizar elucubrações sobre "beta" e o "CAPM" (Capital Asset Pricing Model).

Na verdade, como outras grandes idéias, os conceitos de value investment são simples mas profundos e, por isso, possuem a capacidade de mudar a concepção das pessoas sobre o que exatamente é o mercado de ações. Vamos lá.

1. Enquanto uma empresa continuar a operar normalmente, ela possui um valor "intrínseco" baseado no potencial do negócio da empresa de gerar e distribuir lucros. Este valor intrínseco não é um valor exato mas uma faixa de possíveis valores que se desloca no tempo. Mesmo assim, em casos onde os resultados passados de uma empresa mostram uma relativa estabilidade de tendência, a faixa pode ser identificada com razoável precisão.

2. A bolsa não é um mecanismo para avaliar ações mas um ente coletivo sujeito às mais variadas emoções. Excetuando as oportunidades de aproveitar de seus momentos de pânico, a bolsa, para o value investor, é simplesmente um lugar onde ele executa suas operações de compra e venda.

3. Assim, ao longo do anos, o valor de uma empresa na bolsa oscila em volta de seu valor intrínseco, em muitos casos divergindo deste valor - particularmente quando a bolsa como um todo está em baixa - durante períodos prolongados. Mas como o mercado de ações é razoavelmente "eficiente" há sempre uma tendência do valor em bolsa voltar, no médio a longo prazo, para o valor intrínseco. São os períodos durante os quais o valor intrínseco excede significativamente o valor em bolsa que oferecem as boas oportunidades de compra.

4. Como não é possível calcular o valor intrínseco de uma empresa com precisão, e como a trajetória futura da empresa é sujeita a uma diversidade de influências, muitas negativas, é importante comprar uma ação quando seu preço oferecer um grande desconto sobre seu valor intrínseco. Esta "margem de segurança" minimizará a chance de perda e maximizará a possibilidade de ganho.

5. Para calcular o valor intrínseco de uma empresa é necessário analisar sua trajetória ao longo de pelo menos 10 e idealmente 20 anos, a fim de estabelecer uma base para projetar os lucros futuros. Devido à grande dispersão de seus resultados, no entanto, muitas empresas não se prestam a este tipo de estudo e devem ser rejeitadas como opções de investimento.

6. Se um investidor possuir o tempo e a perícia para identificar boas empresas com grande capacidade para gerar lucros, e se ele encontrar suas ações à venda a um preço atraente, ele deve investir uma percentagem significativa de seus fundos em cada empresa: tais descobertas são raras e oferecem oportunidades superiores de ganho. Em conseqüência este investidor terá poucas empresas em sua carteira e as manterá durante muitos anos. Como seus investimentos serão concentrados em poucas empresas o investidor deve conhecer estas empresas em profundidade e acompanhar de perto o desenvolvimento de seus negócios.

7. Se, ao contrário, o investidor não encarar seus investimentos como uma ocupação de tempo integral, ele deve enfatizar técnicas para minimizar seu risco. Ele deve concentrar sua atenção em empresas que são proeminentes em seu setor e que apresentam forte posição financeira, vendas substanciais, consistente geração de lucros e dividendos, crescimento razoável, e indicadores preço/lucro e preço/patrimônio líquido moderados. Ele deve estabelecer uma carteira com um mínimo de 10 empresas. Desta forma diversificando o risco, o desempenho médio de sua carteira compensará erros de avaliação ou o impacto de imprevistos no caso de algumas de suas escolhas.

8. Mas, mais importante de tudo, o investidor não profissional deve tomar medidas para evitar pagar caro por suas ações. Ele tem duas alternativas. A mais fácil é simplesmente assegurar preços médios do mercado. Para conseguir isso ele investe, na compra de ações, valores iguais a intervalos regulares (de um mês, um trimestre, ou um ano) ao longo dos anos. Embora o retorno possa aparecer amanhã, este investidor deve pensar num horizonte de investimento de pelo menos 5 anos. É a natural tendência de boas empresas expandirem seus lucros - e estes se refletirem na valorização de suas ações - que fornece a margem de segurança desta abordagem.

9. Na segunda alternativa o pequeno investidor adota uma postura mais ativa. Ele estabelece uma carteira a partir de uma estratégia, entre várias, que tentar identificar ações subavaliadas, baseada em seus indicadores de mercado. Ele pode, por exemplo, só investir em ações cujos indicadores preço/lucro e preço/patrimônio líquido se encontre abaixo de certos limites predefinidos. É o desconto no preço da ação evidenciado pelo desconto nos indicadores que representam sua margem de segurança. Mesmo assim, paradoxalmente, ele não tem nenhuma garantia de obter um retorno adicional como resultado de seus esforços.

10. Seja qual for a técnica adotada, qualquer programa de investimento deve, obrigatoriamente, incluir a aplicação de 50% de seus fundos, em média (e nunca menos de 25%), na renda fixa. Além de fornecer um colchão para emergências, a renda fixa complementa a renda variável, freqüentemente aumentando quando o retorno da renda variável diminui, por exemplo - e vice-versa.

*É importante entender que omitiu-se aqui o tratamento dado a um campo especializado, definido por Graham como "situações especiais". Embora o campo, que inclui, por exemplo, oportunidades surgidas de operações da cisão, aquisição e incorporação de empresas, seja atualíssimo no Brasil de hoje, é uma área que necessita de conhecimentos especializados.

2 de dezembro de 2009

Principais indicadores de mercado

Estou, agora, estudando Análise Fundamentalista de ações. Então, como já se era de esperar, muitos indicadores aparecem para ser estudados. Compartilho-os com vocês:

Principais indicadores financeiros

Este quadro traz, com base nos últimos demonstrativos financeiros disponíveis, os principais indicadores financeiros.

Vale lembrar que os indicadores são, em sua grande maioria, múltiplos obtidos a partir de informações do balanço patrimonial e do demonstrativo de resultados.

No caso de empresas não financeiras os indicadores são:

Patrimônio/Ativo: mede a relação entre o patrimônio líquido e o ativo total, considerando dados do último balanço patrimonial disponível. Serve para medir qual porcentagem dos ativos da empresa é financiada por recursos próprios.

Endividamento Líquido: mede a relação entre a dívida líquida da empresa em relação ao capital investido na empresa, considerando dados do último balanço patrimonial disponível. O capital investido é definido como a soma da dívida de longo prazo e o patrimônio líquido da empresa.

Liquidez corrente: calculado como sendo o quociente entre o ativo circulante e o passivo circulante da empresa, considerando dados do último balanço patrimonial disponível. Determina o quanto a empresa tem a receber no curto prazo em relação a cada unidade monetária que deve pagar no mesmo período.

Cobertura de Juros Líquida: indicador calculado como sendo a divisão do lucro antes dos juros e impostos pelas despesas financeiras líquidas da empresa. O cálculo do indicador considera os últimos quatro demonstrativos de resultados trimestrais, trabalhando no conceito de média móvel.

Margem Bruta: calculada como o quociente entre o resultado bruto e a receita líquida de vendas da empresa. O cálculo do indicador considera os últimos quatro demonstrativos de resultado trimestral, trabalhando no conceito de média móvel.

Margem Líquida: calculada como o quociente entre o resultado líquido e a receita líquida de vendas da empresa. O cálculo do indicador considera os últimos quatro demonstrativos de resultado trimestral, trabalhando no conceito de média móvel.

Retorno sobre Patrimônio: mede o retorno do capital investido pelos acionistas (patrimônio líquido). O indicador é calculado como sendo o quociente entre o lucro líquido da empresa e o seu patrimônio líquido. O cálculo do lucro líquido considera os últimos quatro demonstrativos de resultado trimestral, trabalhando no conceito de média móvel, dividido pelo patrimônio líquido médio no período.


Principais indicadores fundamentalistas
Este quadro traz, com base nas cotações de fechamento diárias da ação e nos últimos demonstrativos financeiros da empresa sendo analisada, seus principais indicadores fundamentalistas.

P/VPA: mede a relação entre a última cotação de fechamento de uma ação e o valor patrimonial por ação deste mesmo papel. Embora existam diferenças significativas entre os P/VPAs das empresas, dependendo do seu setor de atuação, pode-se dizer que P/VPAs elevados podem indicar ações consideradas mais "caras", enquanto P/VPAs mais baixos podem indicar o contrário.

P/LPA: mede a relação entre o preço de uma ação e o lucro por ação deste mesmo papel nos doze anteriores. Embora existam diferenças significativas entre os P/LPAs das empresas, dependendo do seu setor de atuação, pode-se dizer que P/LPAs elevados podem indicar ações consideradas mais "caras", enquanto P/Ls mais baixos podem indicar o contrário.

Dividend Yield: mede a distribuição de proventos nos últimos doze meses, em relação à cotação das ações. Por exemplo, uma empresa que distribuiu R$ 6,00 em proventos nos últimos doze meses e tem suas ações cotadas a R$ 50,00, apresenta um DY de 12%.


Principais indicadores técnicos
Este quadro traz, com base nas cotações de fechamento diárias da ação sendo analisada, os principais indicadores técnicos.

Tendência de MACD: um dos indicadores mais utilizados em análise técnica, sobretudo para determinar a tendência no qual o preço a ação se encontra. Determinar a tendência é muito importante, pois é mais fácil prever o comportamento de uma ação que segue uma tendência.

IFR: O Índice de Força Relativa é um indicador mais defensivo, não podendo ser interpretado somente de acordo com sua magnitude absoluta. Dentre os principais indicadores, o IFR é provavelmente aquele que fica mais tempo em território neutro. Porém, vale a pena analisá-lo quando os valores chegam a extremos, pois aí podem estar as boas oportunidades de negócios.

Estocástico: se preocupa mais com a oscilação dos ativos do que com a tendência. Compara o preço atual com o seu comportamento recente, sendo um bom indicador para mostrar se o preço atual é insustentável. Por ser um indicador de curtíssimo prazo, é melhor utilizado se for analisado juntamente com um indicador de tendência, como o MACD, por exemplo.

MOM: mede a mudança de preços de uma ação em um determinado período. Este indicador é mais eficaz em um mercado mais volátil, já que em um mercado relativamente estável, o MOM tende a flutuar próximo a zero. Deve ser utilizado com atenção, pois não indica a formação de tendências, mas sua maior eficácia está em determinar pontos onde o movimento de preços foi extremo, o que pode levar a uma correção de curto prazo.

27 de novembro de 2009

O Controle de Risco: uma das ferramentas mais importantes para o sucesso nos investimentos

Aprendi na última aula de Análise Técnica um item extremamente importante para o sucesso em investimentos: O Controle de Risco.

O professor Fabiano Mariani, explanou e demonstrou de modo muito claro que, muitas vezes, perdeu dinheiro por não saber da existência dessa ferramenta ou por não usá-la com método e disciplina (principalmente).

Segue abaixo uns tópicos que devem ser sagradamente seguidos para se conseguir ganhos consistentes e contínuos na área de investimentos.


Considerações iniciais

Os melhores Analistas Gráficos não obtêm sucesso em mais que 50% ou 60% de suas operações.

Mais importante no mercado não é fazer uma excelente operação, e sim obter no longo prazo uma curva de capital sempre ascendente.

Ser um ótimo Analista Técnico é diferente de ser um ótimo Trader.


O Controle de Risco trata-se de um conjunto de regras simples para que mesmo com um índice médio de acertos e até mesmo maior número de erros o Trader possa gozar de riscos controlados e seu capital sempre em trajetória crescente.

Regras:

1 – Somente operar ativos que tenham boa liquidez

2 – Nunca expor ao risco mais que 2% do capital total em uma única operação


3 – Nunca se Permitir perder mais que 6% do seu capital total em um único mês



Vamos detalhar:


1 – Somente operar ativos que tenham boa liquidez

Buscamos tomar posições onde e quando as probabilidades estejam mais a favor do que contra.

Como a Analise Técnica busca interpretar o comportamento da massa, é de extrema importância que os preços dos ativos operados reflitam a opinião de um grande numero de participantes do mercado.


2 – Nunca expor ao risco mais que 2% do capital total em uma única operação

“Não existe Stop longo. O que existe são posições maiores que seu capital suporta”.

Esta é a regra permite definir a quantidade máxima de ações a serem compradas em cada operação a partir do preço de compra e do preço de venda no prejuízo caso o mercado não se comporte conforme o esperado (Stop).

Qm = 0.02 · Ct / (Pc - S)

Onde:

Qm é a quantidade máxima
Ct é o capital total
Pc é o preço de compra
S é o Preço de Stop

Para um capital teórico de 100.000,00 o Trader poderia expor ao risco no máximo 2.000,00 (2%) em uma única operação. Imagine que ele após ter feito o estudo gráfico tome a decisão de comprar PETR4 ao preço de 31,00 e tenha determinado um Stop seguro abaixo de um suporte no valor de 28,50. Desta forma ele estará exposto a um risco de 2,50 por ação e como só é permitido colocar em risco no máximo 2.000,00 de seu capital, logo o numero máximo de ações a serem compradas é 800 ações ou 8 lotes (2.000 / 2,50).


3 – Nunca se Permitir perder mais que 6% do seu capital total em um único mês

Os efeitos psicológicos gerados pela perda consecutiva de no mínimo três operações são devastadores.

Nas instituições, quando um operador atinge a marca de 6% em perdas consecutivas do capital pelo qual é responsável ele é sumariamente posto de licença pelo período de um mês pelo seu gerente de risco.

Ao montar três operações com exposição de 2% cada uma, o Trader fica proibido de montar novas operações tendo em vista que se as três derem erradas ele comprometerá o limite máximo de 6% do Capital.

Novas operações somente poderão ser montadas quando uma das operações tiver evoluído de acordo com o esperado permitindo um ajuste no Stop.


Retorno x Risco

Sempre que possível devemos identificar o possível alvo para a operação e avaliar a relação entre o Retorno e o Risco.

1 – Lucro por ação (caso o Trade se desenvolva para o objetivo)

2 – Prejuízo por ação (caso o Trade se desenvolva para o Stop)

3 – Lucro por ação / Prejuízo por ação

Considera-se apropriada uma relação mínima de 2

25 de novembro de 2009

Negocie de modo firme e pesado - e veja os vendedores concederem descontos de maneira relativamente fácil!

No último sábado, depois que sai do trabalho, fui fazer uma compra importante para meu futuro lar: a geladeira. Essa compra já havia sido adiada por muito tempo, mas como em breve eu e minha mulher mudaremos para nossa casa (ou apartamento), tivemos que ir às compas. Chegamos à rua onde tem muitas lojas de eletrodomésticos, demos uma olhada nos preços das principais concorrentes (fora que antes já havíamos pesquisado em site e ficamos atentos à TV) e, entrando numa dessas lojas, estávamos olhando um refrigerador. Até que: fomos abordados por uma vendedora. A vendedora tratou de mostrar outros modelos além daqueles que estavam expostos na frente da loja. O que percebemos é que, a medida que adentrávamos na loja, os refrigeradores encareciam. Estávamos em busca de baixo custo, baixo preço e o básico para essa necessidade. No momento atual (e nos próximos anos) não ficaremos muito em casa, pois é um momento de alta produtividade para nós dois.

Bom, vamos aos números: o refrigerador em que minha mulher achou interessante e nos atendia custava, de acordo com o cartaz afixado no produto, R$ 679,00. Pedindo a vendedora para consultar a disponibilidade ela passou rapidamente por uma tabela que tinha uns 8 preços diferentes, variando de R$ 629,00 à R$ 769,00. Então, logo percebi que ela tinha "cartas na manga". A vendedora perguntou de que maneira pagaríamos; perguntei todas as condições: carnê (com juros absurdos!), 12 vezes "sem juros" no cartão de crédito), à vista.

Depois de saber das condições, comecei a negociar: de cara disse que pagaria à vista. Aí ela disse que o preço seria R$ 679,00 e não tinha como mexer, que era igual ao preço do cartão... percebendo que ela estava ávida para vender e também estava com uma cara de cansaço peguei pesado (na realidade ela que me deu os argumentos): como é que 12 vezes no cartão é sem juros sendo que a administradora cobra taxa e eu pagaria no dinheiro e não receberia desconto? Ela arregalou os olhos de tal forma... (vocês precisavam ver! hahaha). Peguei a calculadora, comecei a fazer contas (a vendedora inquieta! [como uma calculadora causa medo! Se fosse uma HP, então... hahaha]) olhando quanto que tinha de taxa embutida... aí por fim (e rapidamente) ela desistiu e me deu o desconto máximo que ela podia: 7,94%.

Acredito ter feito um bom negócio! hehe

Além disso, depois quando a vendedora estava fechando o pedido ainda tentou me "empurrar" mais um serviço que vi como desnecessário: um seguro de mais um ano além da garantia da própria fabricante. Percebi que ela estava tentando recuperar o desconto que me deu, mas fui incisivo explicando que não era necessário.

O que quis dizer com esse relato pessoal? Fim de ano já chegou e com certeza (pelo menos para a maioria dos brasileiros) as compras para as festas ainda não foram feitas. Então: atenção, dedicação, negociação e persistência na hora de negociar a mercadoria mais valiosa em uma relação de consumo: o seu dinheiro.

Ah! E sempre tenham uma calculadora em mãos... mesmo não sabendo fazer as operações com destreza já causa aflição nos vendedores!

19 de novembro de 2009

O Toque de Midas

Estou lendo um livro muito interessante sobre Warren Buffet escrito por John Train: O Toque de Midas - Editora Best Seller. O livro trata de uma maneira simples e direta a vida de Buffet, além de suas estratégias, influências e aprendizado. Conta um pouco das operações que fez durante sua vida empreendedora e de sucesso - inclusive alguns fatos na Berkshire Hathaway.

Por curiosidade procurei saber sobre a história do Rei Midas. E, apesar de ser muito importante termos riquezas e as acumularmos, são ainda mais importantes as pessoas e as boas coisas e momentos da vida.

Só para compartilhar o momento, leiam o conto de "O Toque de Ouro", uma adaptação de O livro das maravilhas, de Nathaniel Hawthorne:


Era uma vez um rei muito rico chamado Midas. Ele possuía mais ouro do que qualquer outro no mundo inteiro, mas ainda assim não estava satisfeito. Nada o deixava mais feliz do que conseguir acrescentar um pouco mais à sua riqueza. Mantinha-o todo guardado em enormes cofres nos subterrâneos do palácio, e passava muitas horas por dia contanto e recontando seu tesouro.

O Rei Midas tinha uma filhinha chamada Áurea. Amava-a com verdadeira devoção, e dizia: "Ela será a princesa mais rica do mundo!"

Mas a pequena Áurea nem se importava com isso. Adorava seu jardim, as flores e o sol, mais do que a riqueza do pai. Ficava sozinha a maior parte do tempo, pois o pai estava sempre ocupado, buscando novas formas de conseguir mais ouro, e contando o que já possuía, de tal sorte que quase nunca tinha tempo para contar-lhe histórias ou passear, conforme deveriam fazer todos os pais.

Um dia, o Rei Midas estava na sala do tesouro nos subterrâneos do castelo. Havia trancado as pesadas portas do aposento e aberto os enormes baús. Despejou todo o conteúdo sobre a mesa e pôs-se a brincar com o ouro como se o simples toque o deixasse satisfeito. Fazia-o escorrer entre os dedos e sorria ao ouvir o tilintar das peças, qual doce melodia. De repente, uma sombra se projetou sobre a pilha de objetos. Ao levantar os olhos, deu com um estranho trajando roupas brancas brilhantes e sorrindo para ele. Soergueu-se, surpreso. Não se esquecera de trancar as portas! O tesouro, então, não estava seguro! Entretanto, o estranho continuou sorrindo.

- Vossa Excelência tem muito ouro - disse ele.

- Tenho, sim - disse o rei -, mas é pouco comparado a todo o ouro que existe no mundo!

- Ora! Esse ouro todo não satisfaz a Vossa Excelência? - perguntou o estranho.

- Ora, essa! - respondeu o rei - Mas é claro que não estou satisfeito. Passo longas noites acordado planejando novas formas de conseguir mais. Gostaria de poder transformar em ouro tudo que toco.

- É isso que Vossa Excelência realmente deseja?

- Claro que sim! Nada haveria de deixar-me mais satisfeito.

- Pois o desejo de Vossa Excelência será atendido. Amanhã de manhã, quando os primeiro raios de sol adentrarem os aposentos, Vossa Excelência terá o toque de ouro.

Ao terminar de falar, o estranho desapareceu. O Rei Midas esfregou os olhos.

- Devo ter sonhado - disse ele -, mas como eu ficaria feliz se isso fosse verdade!

No dia seguinte, o Rei Midas acordou quando a primeira luz do dia se fez presente em seus aposentos. Esticou a mão e tocou as cobertas da cama. Nada aconteceu. - Eu sabia que não poderia ser verdade - exclamou, desapontado. Naquele exato momento, entraram pelas janelas os primeiros raios de sol. As cobertas onde estava encostada a mão do rei transformaram-se em ouro puro. - É verdade! É verdade! - gritou ele, muito contente.

Saltou da cama e correu pelo aposento tocando em tudo que havia. O manto real, os chinelos, os móveis, tudo virou ouro. Foi até a janela e olhou para o jardim de Áurea. - Vou fazer-lhe uma boa surpresa - disse ele. Desceu ao jardim e tocou todas as flores da filha, transformando-as em ouro. - Ela ficará muito satisfeita - pensou.

Voltou aos seus aposentos para aguardar a chegada do café da manhã; e dispô-se a retomar a leitura da noite anterior, mas assim que suas mãos tocaram o livro, o objeto se transformou em ouro maciço. - Não posso ler, assim - disse o rei -, mas, ora, é bem melhor ter um livro de ouro.

Naquele exato momento, um criado entrou nos aposentos, trazendo-lhe o café da manã. - Que beleza! Vou começar pelo pêssego, que está vermelhinho de tão maduro.

Pegou-o então, mas, antes de conseguir comê-lo, já se havia transformado num pedaço de ouro. O Rei Midas o colocou de volta no prato. - É muito bonito, mas não posso comê-lo! - disse ele. Pegou uma broa de pão, mas também ela se transformou em ouro. Colocou a mão no copo d'água, mas tudo virava ouro. - O que vou fazer? Tenho fome e sede. Não posso comer nem beber ouro!

E logo a pequena Áurea entrou em seus aposentos. Ela estava chorando, muito sentida, e trazia nas mãos uma das rosas.

- O que houve, filhinha?

- Ah, papai! Veja o que aconteceu com minhas rosas! Estão todas duras e feias!

- Ora, são rosas de ouro, filha. Você não acha que estão mais bonitas agora?

- Não - disse ela, soluçando. - Não têm mais o agradável perfume que tinham. Não crescerão mais. Gosto de rosas vivas.

- Não se preocupe - disse o rei -, venha tomar seu café.

Entretanto, Áurea percebeu que o pai não comia, e que estava triste.

- O que houve, meu querido pai? - perguntou ela, aproximando-se. Deu-lhe um abraço, e ele a beijou. Mas, de repente, o rei soltou um grito de pavor. Ao tocá-la, o lindo rostinho transformou-se em ouro brilhante, os olhos não viam mais, os lábios não conseguiram beijá-lo também, os bracinhos não o estreitaram. Deixou de ser uma adorável e carinhosa menina; transformara-se numa estatueta de ouro.

O Rei Midas baixou a cabeça e os soluços o sobrepujaram.

- Vossa Excelência está feliz? - alguém perguntou. O rei levantou a cabeça e viu o estranho de pé a seu lado.

- Feliz! Como te atreves a perguntar uma coisa dessas? Sou o homem mais triste na face da terra! - disse o rei.

- Vossa Excelência tem o toque de ouro. E isso não basta?

O Rei Midas não tornou a olhar para o estranho, nem respondeu.

- O que Vossa Excelência prefere: comida e um copo d'água fresca ou essas pedras de ouro? - disse o estranho.

O Rei Midas não conseguiu responder.

- O que prefere ter, ó Majestade? Aquela estatueta de ouro ou uma menina que pode correr, rir e amá-lo?

- Ah, devolva-me minha filhinha Áurea e eu abdicarei de todo o ouro que tenho! - disse o rei. - Perdi a única coisa que realmente me valia ter.

- Vossa Excelência demonstra agora mais sabedoria do que antes - disse o estranho. - Vá mergulhar no rio que passa nos fundos do jardim, e depois leve um pouco da água para jogar sobre tudo aquilo que deseja ter de volta ao normal.

O estranho, então, desapareceu.

O Rei Midas levantou-se rapidamente e foi correndo até o rio. Mergulhou, pegou um bocado de água e retornou ao palácio. Jogou-a sobre Áurea e as cores voltaram a iluminar seu rosto. Ela tornou a abrir os olhinhos azuis. - Ora, papai! - disse ela - O que aconteceu?

Chorando de alegria, ela a pegou no colo.

Depois disso, o Rei Midas nunca mais se preocupou com ouro algum, a não ser o ouro que existe no brilho do sol e nos cabelos da pequena Áurea.

17 de novembro de 2009

Depois de um ano, ainda correndo atrás do prejuízo

Para os mais otimistas, o Brasil já saiu da recessão ou crise ou qualquer nome que queiram dar. Agora, para algumas empresas a coisa é bem diferente: algumas ainda amargam prejuízos em relação à suas altas.

De acordo com reportagem publicada no jornal O GLOBO edição de 16/11/2009, o Ibovespa ainda está 11,14% em relação a sua máxima histórica de 73.516 pontos no dia 20 de março de 2008; entre os papéis de subiram encontramos Natura (71,68%), Pão de Açúcar (44,57%) e Ambev (40,36%), empresas que, de alguma forma, são ligadas a consumo interno. Ou seja: o mercado interno que segurou a “marolinha”; mas ainda existem as que sofreram bastante: Aracruz (-75,14%), que teve perdas com derivativos cambiais, MMX (-51,03%), Usiminas (47,57%), Gerdau Metalúrgica (-37%) e Gerdau Siderúrgica (32,2%)

Mesmo diante de quedas tão assombrosas e espetaculares (além claro de maravilhosas recuperações) o Brasil vai bem e analistas dizem que o principal desafio hoje é levantar o G-7 – e nesse “bolo” fica a Matriz (EUA).


12 de novembro de 2009

Linhas, tendências, dicas de Análise Técnica

Penso que é importantíssimo estudar sempre as próprias finanças e nisso encontra-se a parte de investimentos que se expande para vários outros aspectos, dentre eles a Análise Técnica. Não vou falar de Análise Técnica por agora (talvez daqui algumas semanas quando estiver mais "maduro"), mas vou dar umas dicas que achei interessantíssimo partilhar:

Extraído de Elucubrações Grafistas

Em tempos de crise:

1) Esqueça as notícias e foque no seu gráfico. Na sua periodicidade: você não tem bola de cristal para saber como as notícias afetarão o mercado. O gráfico muitas vezes já sabe que as notícias estão vindo ou já as precificou;


2) Os preços têm memória. O que os preços fizeram da última vez que atingiram tal nível? As chances são grandes que eles farão a mesma coisa: Compre no primeiro pullback após uma nova alta. Venda no primeiro pullback após uma nova queda. Sempre tem uma multidão que perdeu o primeiro barco;


3) Compre no suporte, venda na resistência. Todos os grafistas vêem a mesma coisa e estão todos esperando para mergulhar nessa piscina. Venda no segundo topo, compre no segundo fundo. Após fortes tendências, o primeiro teste de um topo ou fundo raramente rompe;


4) Os players testam o ponto do último suporte/resistência. Esse é o PONTO... Entre (ou saia) aí... mesmo que doa;


5) Por último, fundos geralmente levam mais tempo para serem formados do que topos. A ambição age mais rápido do que o medo!



Bom fim de semana a todos!

10 de novembro de 2009

Sempre pense naquilo que é mais Importante

Ontem na parte da noite foi um momento muito interessante e diga-se de passagem: importantíssimo. Após uma aula intensa de Análise Técnica no MBA, na volta para casa encontrei um primo que faz Medicina Veterinária. Conversamos sobre várias coisas: os cursos (ambos), os sonhos, e... família!

Nesse ponto, ele expôs algumas perspectivas que eu ainda não tinha observado. Um tio nosso, está com um problema de saúde na bexiga. Ok, essa era a informação que eu tinha extraído e que me fora passada. Mas meu primo foi mais além: depois que ele "juntou o quebra-cabeças" entendeu que pode ser muito mais do que uma 'dobra na bexiga' (ou coisa assim). Nosso tio sempre se fez de 'fortão', de 'super-homem', 'machão' - e com isso, apesar das dores serem de muito tempo, procastinou até que não dava mais. Pelo que entendi, parece que tem muito mais coisa escondida e que não é exposta ao ponto de estar sendo ocultada uma doença: o câncer. Esse tio disse que alguns exames disseram algo como um tumor (lembrando: tumor é benigno; câncer é maligno). Porém, em um encontro familiar recente, podemos perceber que a esposa dele ficou muito triste chorando, pouco após um momento de "foto em família". Ele deduz que tem muito mais coisa do que foi contado. Conversamos sobre esse e outros pontos em mais detalhes, mas não tem como relatar tudo.

Por que esse relato de um problema familiar (e até muito pessoal) dessa magnitude? É o seguinte: as pessoas tendem a esconder as coisas para tentarem confortar as outras; mas caso algum fato muito expressivo venha a se confirmar, o sofrimento, por conta do choque, e do despreparo emocional será violentamente maior. Além do mais, como diz um velho ditado: "Só damos realmente valor quando perdemos alguma coisa". Onde quero chegar? Sabe quando você não diz: "eu te amo" para seu filho, sua mãe, seu pai, sua esposa/seu marido? Quando você deixa de caminhar com seu avô/avó só porque "o tempo está muito corrido"? Quando deixa de visitar e saber como está amigos, familiares e, de repende, você pode ver no orkut dele(a): "Valeu Fulano(a), vai com Deus!" e sabe naquela hora ou procura saber sobre a pessoa e... ela morreu...

Temos que valorizar muito cada momento e não ficar na "correira do dia-a-dia", sair do piloto-automático; além disso, fazer o que nos dá vontade, aproveitando, vivendo, sentindo, pois, pensando friamente, nossa existência humana é curtíssima. Usando uma analogia do padrasto de um outro primo que é filósofo: "O tempo de vida humana, em comparação com a existência da Terra, é apenas uma flatulência".

Espero que tenham entendido a mensagem... pois essa conversa de ontem mexeu comigo e me deu uma "chacoalhada".

Até


mais!

9 de novembro de 2009

E o fim de ano!?

Fim de ano chegando... festas... Natal, Réveillon 2010; para alguns praia, viagens, descanso, promessas; para todos: janeiro... e CONTAS! Isso mesmo: CONTAS!

Por que não começar 2010 bem, com a conta no azul e longe do saldo zerado, bem de vida, podendo pagar todas as grandes obrigações de início de ano: impostos, material escolar, e várias outras contas?

Tudo isso depende de planejamento, execução, controle e disciplina. Hábitos de consumo também estão no rol das atitudes.

É muito simples, todos nós reconhecemos isso; porém, para a maioria das pessoas, nada fácil...

Quem ainda não comprou os presentes de Natal, digo que está bem próximo do preço dos produtos subirem às alturas (se já não estão); comprar com antecedência e fora de época pode ser mais benéfico para o bolso do que se imagina. É certo que alguns presentes, no caso de Natal, por exemplo, só são vendidos na época. Mas a maioria dá para comprar antes beneficiando-se das promoções.

Vamos fazer uma analogia só para entender melhor: em que época, para economizar e ainda ficar na moda (nada de modismos!) deve-se comprar roupa de praia? Quando vai virar a estação, ou seja, no final do verão onde já anunciam as coleções outono-inverno. E o contrário também é vedadeiro: época para se comprar roupa de frio é no final do inverno (primavera-verão), em setembro (no caso do Brasil) aproximadamente.

Também deve-se pensar no 13º de diversas formas diferentes:
  • para quem está endividado, liquide a dívida ou negocie-a o quanto antes;
  • para quem não está endividado, uma boa dica é dividir a remuneração extra em 3: gastar 1/3 do jeito que você quiser (hora de "torrar", afinal, você merece!), outro 1/3 para as contas de início de ano e o outro 1/3 para investir no futuro.

De qualquer forma, aprendamos a nos planejar melhor e não sermos deixados pela euforia de momento que pode ser mágica, mas, posteriormente, trágica.

4 de novembro de 2009

Você sabe o que é um FIDC?

Há algumas semanas desenvolvi junto com alguns colegas no MBA um trabalho sobre alguns fundos e gostaria de compartilhar esse conhecimento com vocês de modo que seja o mais simples possível.

Vamos lá:

O que significa FIDC? A sigla significa Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios - o mesmo que Fundo de Recebíveis.

Mas o que é um FIDC? São fundos de investimento em direitos creditórios, cujas cotas são vendidas para investidores qualificados.

Destina à aplicação de parcela preponderante do patrimônio (acima de 50%) em direitos creditórios e em títulos representativos desses direitos, originários de operações nos segmentos financeiro, comercial, industrial, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços.

Os fundos poderão ser:
  • Abertos: são aqueles em que os cotistas podem efetuar mais aplicações ou solicitar o resgate de suas cotas a qualquer momento.
  • Fechados: são aqueles em que o resgate de cotas ocorre ao término do prazo de duração, ou seja na liquidação do FIDC.

Aplicação Mínima e alguns custos

A aplicação mínima é de R$ 25.000,00 por investidor.

O cedente dos créditos não precisa montar uma Sociedade de Propósito Exclusivo (SPE), economizando custos tributários e administrativos. Portanto, para ele, a operação é neutra, do ponto de vista de impostos.


Quanto às cotas

Os FIDCs têm duas classes de cotas:

Seniores; e

Subordinadas.

As cotas Subordinadas são aquelas que se subordinam no resgate de cotas em relação as cotas seniores.

Assim, elas funcionam como uma espécie de garantia ou colateral prestada pelo cedente dos direitos creditórios, servindo como colchão para absorver eventuais inadimplências por parte dos sacados e bem como outras despesas do fundo e oscilações que impactem negativamente o cotista sênior, garantindo assim ao cotista sênior a rentabilidade negociada na emissão.


Características

Prazo de estruturação: 3 a 6 meses
Vencimento: 3 a 5 anos
Montante: acima de R$ 50 milhões
Custo de estruturação aproxim.: 1% a 2% do montante
Remuneração ao investidor: 105% a 120% do CDI
Empresa tem que ser: Ltda. ou S.A., com rating

Os FIDC’s são originários de operações nos segmentos:
  • financeiro;
  • comercial;
  • industrial;
  • de arrendamento mercantil; e
  • prestação de serviços.

Esqueminha para entender melhor:

1 de novembro de 2009

Check List Financeiro

Aprendi essa semana a fazer um Check List Financeiro com Fabiano Calil, economista, planejador financeiro pessoal [CFP®] (www.fabianocalil.com.br)

Segue abaixo os pontos para que possamos refletir ao fazer nosso planejamento financeiro:

- Qual seu perfil?
Você é conservador, moderado, arrojado, agressivo? Algo intermediário entre essas sugestões de níveis?

- Qual o prazo?
Você quer trocar de carro daqui um ano, comprar uma casa daqui 20 anos...

- Quais são seus objetivos?
Casa, casamento, viagem, carro, MBA, faculdade, independência financeira...

- Qual é o seu patrimônio?
Ações, imóveis, títulos, negócio próprio...

- Quanto você possui em investimentos financeiros?
Observe que imóveis é uma coisa, ações é outra, empresa própria é outra também - são diferentes entre si!

- Quanto representa o todo?
Essa pergunta serve para determinar a liquidez de seu patrimônio.

- Qual a sua idade?
Cada idade exige um produto diferente, de riscos diferentes.

- Quem depende de você?
Mulher, marido, filhos, sogro, sogra, pai, mãe, irmão, irmã...

- Qual a sua renda disponível?
A partir desse questionamento pode-se definir melhor o retorno dos investimentos.

- Quais são suas despesas?
Moradia, lazer, vestuário, alimentação, saúde, educação, transporte.

- Qual sua expectativa?
Esse questionamento é importante para se alinhar a expectativa da realidade da pessoa com a do mercado.

- Por que investir?
Quais são suas reais motivações para investir?

- O que fazer com o dinheiro?
Quando chegar lá, o que fazer com o dinheiro?


Lógico que essas perguntas são transmitidas de modo muito simplificado, mas é para se ter um "norte" e fazer com que reflitamos a importância de se planejar financeiramente.

27 de outubro de 2009

O dilema risco-retorno

Em uma economia, sempre existirão os agentes poupadores (aqueles cuja renda supera os seus gastos em determinado momento) e os agentes tomadores (aqueles que precisam, em dado período, gastar mais do que a sua renda). Os primeiros estão dispostos a emprestar seus recursos para os segundos em troca de um “aluguel” que é o juro.

Hoje, diante de um sistema financeiro muito sofisticado, a quantidade de possibilidades é enorme; ou seja, os poupadores podem aplicar seus recursos em diversos tipos de investimentos, com diferentes graus de risco e retorno. Daí a grande dificuldade da escolha.

Além disso, em finanças sabemos que os investimentos que trazem melhores perspectivas de retornos são também aqueles que trazem mais chances de perdas significativas e, com isso, mais risco para o poupador. Porém, os investimentos mais seguros são aqueles que trazem uma perspectiva mais baixa de retorno.

O dilema risco-retorno

É como descreveu Paul Singer em seu livro Para entender o mundo financeiro (Ed. Contexto, 2000): A origem básica do risco é a imprevisibilidade da sina humana, imprevisibilidade que é maior numa sociedade regida não pela tradição e rotina mas por competição e inovação. Esta questão é imensamente controversa. A existência de risco em qualquer contrato que se estende no tempo é incontestável, mas a doutrina neoclássica sustenta que o risco pode ser previsto e medido. Então, não seria propriamente risco, mas uma característica mensurável do prestatário (tomador) o que permitiria ao prestamista (poupador) incorporar à taxa de juros uma taxa de risco que o protegeria inteiramente da eventualidade do sinistro.

Se o risco fosse previsível, a vida no mundo das finanças seria muito mais estável do que é na realidade. A história das finanças é cheia de altos e baixos, em que grandes fortunas são feitas em pouco tempo, nos períodos de boom e perdidas em seguida, nas crises que sempre os sucedem. Em épocas de boom, a inadimplência é mínima e o cumprimento quase integral dos contratos induz os prestamistas a subavaliar os riscos, concedendo créditos com grande facilidade. Em épocas de crise, a inadimplência é generalizada, o que leva os prestamistas a superestimar os riscos e a reduzir a quase nada a concessão de novos empréstimos.

A conhecida alternância de otimismo e pessimismo – ambos acentuados – já é uma boa prova de que a doutrina do risco financeiro calculado e prevenido é falsa. Os agentes financeiros tentam evidentemente avaliar o risco de cada operação e incluir na taxa de juros que cobram a margem de risco que prevêem. Há hoje especialistas em avaliação de riscos e agências cujo único trabalho é dar graus – ratings – a países, instituições financeiras e empresas que devem exprimir a probabilidade “científica” de que venham a descumprir suas obrigações financeiras.

O fato é que, normalmente, é muito difícil a obtenção de investimentos que possuam um nível de risco muito baixo e, ao mesmo tempo, gerem excelentes perspectivas de retornos. Com a facilidade com que as informações se propagam no mundo contemporâneo, principalmente por conta da internet, certamente, se tal situação ocorrer, ela será rapidamente descoberta por algum grande investidor.
Tem-se, assim, um dilema de escolha na escolha de um único investimento:

“Quanto maior o risco, maior tende a ser a expectativa de retorno”.

Portanto, da mesma forma que os investimentos, na captação de recursos, se a empresa for mais arriscada, certamente ela terá um custo maior para obter seus recursos. Caberá, então, à empresa, escolher da melhor maneira como lidar com isso, embora tal escolha certamente envolva diversos elementos subjetivos de cada gestor financeiro e da companhia.

Conclusão

Sem risco, não há recompensa. Estar aberto a aceitar riscos não significa necessariamente estar disposto a perder. As empresas devem correr riscos calculados. Isso quer dizer que as pessoas responsáveis pelas decisões devem pesquisar, realizar as análises necessárias e tomar decisões com base em fatos e informações sólidas. Fazer o que está ao seu alcance, no menor tempo possível e tomar a decisão de ir à luta ou não.

Todos nós temos ciência de que é impossível ter todas as informações de antemão, então o que se deve fazer quando se toma a decisão de correr o risco, principalmente para não perder oportunidades, é: preparar-se no menor tempo possível, agir e corrigir-se no caminho.

24 de outubro de 2009

Segunda chance

Estou é débito com novas publicações... sei disso.
Agora, o motivo é nobre: dedicação intensa ao MBA (o bicho tá pegando!!)
Mas mesmo assim, coloco uma reflexão:
Segunda chance
Acabou de acordar, ótimo, mas não se esqueça de que alguém levantou mais cedo.
Acabou de dormir, bons sonhos, mas não se esqueça de que alguém vai dormir mais tarde.
Acabou de ler, parabéns, mas não se esqueça de que alguém já tinha lido.
Acabou de conseguir, que bom, pena que não foi o primeiro.
Acabou de enviar, obrigado, mas agora não dá mais tempo.
Acabou de pesquisar, isso era apenas sua obrigação.
Acabou de admitir seu erro, isso é o mínimo.
Acabou de ser ofensivo sem motivo, a sua imagem piorou.
Acabou de ser antiético, cuidado, os outros perceberam.
Acabou com a sua equipe, agora resolva sozinho.
Acabou de ler, então “recomece”...
Ainda está em tempo!
Bom final de semana a todos!

19 de outubro de 2009

Essas outras violências

O Riquezas da Vida não é só um blog que trata de investimentos, finanças pessoais, dinheiro... trata também de família e relacionamentos. Por isso, compartilho com vocês uma reflexão que considero muito importante que tenta nos tirar do ritmo frenético que muitas vezes temos de nos submeter.

Vamos lá...


Essas outras violências

"Você seria capaz de cravar um punhal no coração da sua mãe, da sua esposa, do seu marido, do seu filho ou da sua irmã?

Talvez a pergunta tenha lhe causado um grande choque. Quase podemos adivinhar a resposta de alguns: "eu jamais seria capaz de fazer uma coisa dessas a ninguém, muito menos às pessoas que amo".

É provável que aqueles que deram essa resposta estejam certos. Mas, ainda assim, vamos refletir um pouco mais sobre o assunto.

Você diz que nunca cravaria um punhal no coração da sua mãe, no entanto, cada vez que a agride com palavras amargas, você a mata um pouquinho.

Toda vez que você fica indiferente aos seus nobres conselhos, o seu coração enternecido morre um pouco.

Cada vez que você sai, sem dizer para onde vai, e volta altas horas da madrugada, a vitalidade da sua mãezinha vai se apagando junto com as horas de vigília e preocupação madrugada a dentro...

Quando você, por se achar mais esperto e moderno que seus pais, resolve enveredar pelo caminho das drogas, eles morrem, dia após dia, pela incerteza do futuro que o aguarda e pela dor que sentem no próprio peito a cada tragada ou picada que você se permite.

Toda vez que sua ingratidão fere o coração de seus pais, esteja certo de que você os está matando, ainda que não traga nas mãos nenhum punhal.

Mas você afirma que não teria coragem de matar sua esposa.

No entanto, cada vez que não percebe os apelos silenciosos nos seus olhos suplicantes, você a está matando um pouquinho.

Toda vez que não se envolve na educação dos filhos, mesmo diante da sua insistência, e prefere assistir ao telejornal, fazendo-se surdo-mudo, ela morre um pouquinho.

Quando você fica indiferente aos esforços que ela faz para lhe agradar, preparando sua comida predileta ou uma surpresa agradável, é como se cravasse em seu peito um punhal.

Cada vez que você alega excesso de serviço para não acompanhá-la ao médico ou a uma festa na escola dos filhos, a sensação de estar só destrói um pouco a sua vitalidade.

Quantas vezes você já não cravou o punhal da indiferença no coração do seu esposo?

Quantas vezes você matou seus sonhos, que eram o sustento dos seus dias, fazendo-se fria aos seus carinhos para buscar, noutros braços, a ilusão de uma aventura passageira?

Mas você também assegura não ser capaz de dilacerar o coração do seu filho com arma alguma. No entanto, quando ignora suas necessidades de carinho, atenção, respeito e educação, você o está envenenando da forma mais cruel.

Quando nega a seu filho a proteção de um lar sólido, harmonioso, capaz de fazê-lo sentir-se amparado, seguro e amado, a pretexto de não estragar a sua felicidade, estará levando aos lábios dele a taça envenenada com o fel do egoísmo, capaz de provocar-lhe morte lenta e dolorosa.

Assim, vale pensar nessas outras formas de violências, veladas, que muitas vezes promovemos sem perceber.

A ingratidão, a indiferença, as palavras amargas, a infidelidade, o desrespeito, as chantagens emocionais, são causadores de muitas mortes lentas e muito mais doloridas que um punhal cravado no peito.

Talvez você nunca tenha parado para pensar a esse respeito, mas essa é a dura realidade.

Nossos afetos também morrem de desgosto.

Por todas essas razões, comecemos agora a prestar atenção em nossas ações e esforcemo-nos para fazer aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem. Eis uma receita infalível, recomendada há muitos séculos.

Pense nisso!

Seja você alguém sempre atento às pessoas que fazem parte da sua experiência evolutiva.

Aprenda a sentir as súplicas, muitas vezes veladas, daqueles que estão mais próximos.

Ouça seus apelos mais secretos, pois só assim conseguirá a sublime ventura de construir a felicidade do seu próximo e, por conseguinte, a própria felicidade."

(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, inspirado em palestra de Raul Teixeira, proferida na cidade de Blumenau-SC, no Teatro Carlos Gomes, no dia 08/01/2000)

13 de outubro de 2009

Viver na cidade ou no campo? (Esopo)



Particularmente, fábulas são uma excelente forma de transmissão de ideias.

Eu li em uma e-zine a fábula Viver na cidade ou no campo?, de Esopo, para tratar de um tema bastante comum: a mania que as pessoas têm de achar que a vida dos outros é sempre melhor que a sua, arrumando, até mesmo, alguns problemas com isso. Logo em seguida meus comentários. Primeiro, vamos à fábula:

Um camundongo que morava na cidade foi visitar o primo que vivia no campo. O do campo era um pouco arrogante, mas queria muito bem ao primo, de maneira que o recebeu com satisfação. Ofereceu-lhe o que tinha de melhor: feijão, toucinho, pão e queijo.

O camundongo da cidade torceu o nariz e disse:

— Não sei como você consegue viver com esses pobres alimentos. Venha comigo e eu lhe mostrarei como se vive na cidade. Depois de uma semana lá, você ficará admirado de ter suportado a vida aqui.

Então, os dois se puseram a caminho. Tarde da noite, chegaram à casa do camundongo da cidade, que disse ao primo:

— Depois dessa caminhada, certamente você quer um refresco. E conduziu-o à sala de jantar, onde encontraram os restos de uma grande festa. Puseram-se a comer geleias e bolos deliciosos. De repente, ouviram rosnados e latidos.

— O que é isso? – perguntou, assustado, o camundongo do campo.
— São simplesmente os cães da casa – respondeu o da cidade.
— Simplesmente? Não gosto dessa música durante o meu jantar!

Neste momento, a porta se abriu e apareceram dois cães enormes. Os camundongos fugiram às pressas.

— Adeus, primo – disse o camundongo do campo. Vou voltar para minha casa.
— Já vai tão cedo? – perguntou o da cidade.
— Sim, já vou e não pretendo voltar – concluiu.

Na vida real

Acredito que todos nós já deve ter desejado viver a vida de outra pessoa. Já se pegou pensando: “Fulano sim é feliz, ele tem a vida que eu pedi a Deus” ou “Beltrano não tem do que reclamar, pois ele possui o melhor cargo nesta empresa”. É aquele caso de que "a grama do vizinho é sempre mais verde"...

Basta observarmos que todos nós, sem exceção vive de bons e maus momentos na vida e, geralemente o que os determina é nosso ponto de vista em relação aos nossos pensamentos. Todo cargo ou profissão tem aspectos positivos e negativos; toda relação tem aspectos positivos e negativos - para quem ainda não acordou o mundo é repleto de dualidades. Ninguém vive na completa perfeição, mas muita gente demora a entender isso e passa anos sonhando com a vida dos outros enquanto faz da sua própria realidade um verdadeiro inferno.

Muitas pessoas até mudam de profissões, cidades e empresa porque acham que tudo será mais fácil baseadas somente nas experiências dos outros, como o personagem da fábula. Essas pessoas, e o camundongo do campo, só se esquecem de verificar antes se o melhor para os outros é realmente o melhor para elas. Então, antes de pensar que os outros têm uma vida ou algo melhor que você, analise todos os prós e contras, principalmente os contras, afinal, eles existem!

10 de outubro de 2009

Gestão das Finanças Pessoais

Por que algumas pessoas com bons salários vivem afogadas em dívidas no cartão de crédito e no cheque especial enquanto outras, que ganham menos, conseguem manter as contas em ordem e até poupar para realizar projetos futuros? A resposta está em uma ferramenta que vem ganhando cada vez mais adeptos: a gestão das finanças pessoais. Saber administrar com eficiência seus rendimentos, mantendo controle sobre o que se ganha e o que se gasta, é a fórmula para sair da angustiante situação de descontrole financeiro, que prejudica não apenas a vida pessoal, mas também o desempenho profissional.

Vamos a algumas reflexões:

Por que tantas pessoas têm problemas em administrar seu orçamento pessoal?
Porque, de uma forma geral, elas não se preocupam em controlar ou acompanhar suas finanças pessoais. Nós funcionamos como uma empresa, que tem valores a receber, contas a pagar, despesas fixas e variáveis. Você consegue imaginar uma empresa que não se preocupa com o seu orçamento? Não, pois todo empresário sabe que uma boa gestão financeira é absolutamente essencial para que seu negócio seja bem-sucedido. Com pessoas, é exatamente a mesma coisa.

Qual o melhor momento para adotar a gestão das finanças pessoais?
Muita gente acha que só deve cuidar da gestão de suas finanças pessoais em momentos de crise. Esse é um conceito equivocado. Deve-se cuidar desse tema o mais cedo possível. Cuidar de seu orçamento pessoal é uma atitude básica para quem deseja ter um orçamento equilibrado, gastar corretamente, não contrair dívidas desnecessárias, conseguir poupar para realizar projetos como a compra de um carro, de um apartamento ou realizar uma viagem.

Em que consiste a gestão das finanças pessoais?
Assim como em uma empresa, o primeiro passo é fazer um orçamento realista. É preciso montar uma boa planilha para se ter visibilidade dos seus ganhos e das suas despesas. A partir daí, é preciso avaliar as variáveis e particularidades de cada caso, se há dívidas a serem renegociadas ou despesas que podem ser cortadas. O conceito básico é que não se pode gastar mais do que se ganha. É preciso adotar alguns ajustes, traçar um plano realista, com objetivos possíveis, e cumpri-lo com acompanhamento e disciplina. Uma sugestão interessante de planilha de orçamento familiar (pessoal) está no site www.maisdinheiro.com.br de Gustavo Cerbasi. Clique aqui para baixá-la.

Quais os erros mais comuns nessa área?
São muitas ciladas. Contar com o cheque especial como se fosse salário e rolar dívidas, fazendo sempre o pagamento mínimo do cartão de crédito, por exemplo, são dois erros muito freqüentes que costumam bagunçar todo o orçamento doméstico. Com planejamento e algumas ferramentas específicas, é possível sair dessa “bola de neve”.

Que outras medidas podem ser adotadas?
É importante registrar todas as despesas, inclusive as pequenas, para ter visibilidade de seus gastos e montar um orçamento real. Programar e tentar levantar o pagamento de dívidas, priorizando as que têm menor taxa de juros. Evitar comprar a prazo, pois você perde a visibilidade do seu gasto. Evitar usar cartão de crédito para despesas pequenas. É importante também evitar a compra por impulso, pensar, deixar o emocional de lado (difícil, mas essencial) na hora de gastar. São várias pequenas mudanças de comportamento que, ao lado de uma estratégia consistente, permitem que a pessoa volte a ter controle sobre seu orçamento e possa, inclusive, gerar uma folga para criar uma poupança ou aplicar em outros investimentos.


A economia freqüentemente nada tem a ver com o montante de dinheiro investido, mas com a sabedoria com que se gasta.”
Henry Ford

1 de outubro de 2009

Derivativos - Mercado de Opções

Em um post anterior, escrevi sobre o Mercado a Termo e o que seu alto nível de alavancagem pode proporcionar (clique aqui para ler). Hoje discorreremos sobre o Mercado de Opções até onde meus conhecimentos permitirem.

Primeiro vamos definir algumas coisas.

O que são contratos de opções? São acordos nos quais, por intermédio de um único pagamento (inicial), uma das partes tem o direito (e NÃO a obrigação) de comprar ou vender o ativo-objeto em uma certa data a um preço pré-estabelecido. A outra parte da operação recebe esse pagamento como remuneração por sua exposição ao risco, que pode chegar a ser ilimitado. As opções também podem ser negociadas em mercado de balcão, no caso das opções flexíveis. Mas hoje vamos nos limitar às opções negociadas em bolsa, que são padronizadas em seus itens contratuais da mesma forma que os contratos futuros.

Existem no mercado dois tipos de opção:
  • Opção de compra (também chamada de call) que concedem ao investidor o DIREITO DE COMPRAR um ativo-objeto por um preço predeterminado até o dia do vencimento; e
  • Opção de venda (também chamada de put) que concede ao investidor o DIREITO DE VENDER um ativo-objeto por um preço determinado no dia do vencimento.
Outra coisa:
  • Quem COMPRA uma opção tem o DIREITO (não a obrigação) de exercer a compra ou venda do ativo-objeto;
  • Quem LANÇA uma opção (essa pessoa se chama Lançador) tem o DEVER, a OBRIGAÇÃO de comprar ou vender o ativo-objeto, caso a outra parte assim queira.

Mas como é que se ganha dinheiro numa ou noutra operação? É o seguinte:

Suponhamos que um investidor compra uma opção de compra (ou seja, o DIREITO DE COMPRAR) de PETR4 a R$ 30,00 (redundante, mas é isso mesmo!).

Em determinado momento o ativo de PETR4 no mercado à vista chegou a uma valorização de R$ 35,00. Nesse momento ele pode exercer o DIREITO de comprar esse ativo da parte vendedora. Lembrando que se pode exercer o direito de compra a qualquer momento até a data do vencimento da opção. Ou seja, o investidor comprou mais barato e tem um ativo mais valioso. Mas e se acontecer o contrário: no dia do vencimento PETR4 estiver a R$ 25,00? O investidor provavelmente desistirá de comprar, porque no mercado à vista o ativo está mais barato, portanto, não sendo interessante comprá-lo mais caro.

Agora e se um investidor compra uma opção de venda (ou seja, o DIREITO DE VENDER) de PETR4 a R$ 31,00?

As opções de venda são exercidas somente no dia do vencimento, certo? Então, digamos que nesse dia as ações de PETR4 no mercado à vista despencaram para R$ 28,00. O investidor provavelmente exercerá sua opção de venda, vendendo seus ativos por R$ 31,00 cada e ganhando R$ 3,00 a cada ativo-objeto. Se ocorrer o contrário (PETR4 se valorizar e chegar, por exemplo, a R$ 35,00) o investidor não exercerá seu direito, pois para ele não é interessante.


Normalmente, uma opção é um valor bem pequeno em relação ao ativo-objeto. Uma opção de compra ou venda de PETR4, por exemplo, pode ser de R$ 0,50 como de R$ 2,00 (varia muito), dependendo somente da oferta do Lançador.

Existem muitas particularidades e possibilidades com opções, inclusive de poder operar com ações, índices, commodities, moedas estrangeiras, contratos futuros.

Mas quais as vantagens?
  • alto potencial de rentabilidade;
  • ótima ferramenta de proteção das oscilações de preços;
  • possibilidades de operar em mercados de alta, baixa ou "de lado";
  • diversas estratégias de operação;
  • possibilita realizar hedge (proteção) das operações;
  • alavancagem de seus investimentos.

Código e Vencimento


Exemplo: O que é uma PETR4W32? É uma opção de venda de Petrobrás PN no valor de R$ 32,00 com vencimento em novembro de algum ano.

O que é uma VALE5A20? É uma opção de compra de Vale PN no valor de R$ 20,00 com vencimento em janeiro de algum ano.

Com relação aos vencimentos: as opções (sejam de venda ou de compra) vencem na terceira segunda-feira de cada mês. Usando os exemplos anteriores com base na data de hoje (01/10/2009), a PETR4W32 venceria em novembro de 2009, no dia 16/11/2009. A VALE5A20 venceria no ano que vem (2010), no dia 18/01/2010.


Considerações: sempre é bom lembrar que não estou recomendando nenhuma operação, apenas tentando expor de modo mais claro o que é transmitido pelos profissionais de mercado, em salas de aula ou até mesmo em revistas especializadas. Opções é um assunto um pouco mais complexo para se entender, mas depois que "a ficha cai" as coisas ficam bem mais claras.

Lembrem-se do seguinte: é importantíssimo aprender seja por cursos, aulas, livros, palestras, DVD's, etc; é importante ter a experiência de operar; é importante ter controle emocional. Mas o mais importante de tudo é ter os três ao mesmo tempo.

29 de setembro de 2009

Planejamento Estratégico Pessoal

Por que deveríamos ter um Planejamento Estratégico Pessoal? Soa muito "corporativo", não?! Contudo, é essencial estabelecer metas, objetivos, pois somente com a definição do que você realmente quer é que você poderá criar estratégias para alcançar o que deseja. De modo geral, o brasileiro não faz planejamentos. Deixa a vida rolar... deixa o barco ser levado pelo mar (até rimou!). Mas, cada um de nós, somos donos de nosso destino e capitães de nossos navios: o navio da vida.

"Uma vida de sucessos não se baseia em sonhos, mas metas reais e planejamentos objetivos"

Estamos vivendo o início da era do conhecimento, acredito que ao mesmo tempo que a era do auto-desenvolvimento pessoal. Agora, é mais do que necessário conhecer-se bem e escolher um caminho a seguir. Nunca tivemos tantas oportunidades de encontrar a auto-realização, o aproveitamento destas chances depende unicamente de cada um de nós.

Somos seres extremamente adaptáveis. Podemos mudar quando queremos. Aliás, vale a reflexão do ponto seguinte: as crianças são como esponjas, assimilando e absorvendo tudo o que lhes são apresentadas; porém, nós adultos aprendemos SOMENTE SE QUISERMOS. As crianças aprendem pela Pedagogia; já os adultos aprendem pela Andragogia que é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender. Ou seja: nós temos o poder da escolha.

Planejar a vida não significa adotar uma postura radical e inflexível. Muito pelo contrário: planejamento é a chave para a auto-realização e para o sucesso pessoal, incluindo a motivação e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Mas para atingir a plenitude, tem que se ter alguns pilares fundamentais em sua vida:
  • Missão pessoal;
  • Visão Pessoal;
  • Foco;
  • Projeto de Vida;
  • Organização Pessoal;
  • Administração do Tempo;
  • Buscar a motivação.

MISSÃO PESSOAL

O que é uma Missão Pessoal? Simples: é uma declaração que descreve o que você é e de que forma você contribui com o mundo à sua volta.

A missão pessoal diz de forma mais específica o que as suas ações e intenções representam de fato. Não é onde você quer chegar, mas onde você está agora, o que você é. Reflete seus talentos, o que você faz que repercute em sua vida e na de outros.

Quando descobrir o que é que você fornece de único às demais pessoas, descobrirá a sua missão.

Reflita, portanto: qual a minha missão pessoal? No que eu sou realmente bom que faz a diferença na vida dos outros? Quais são os meus talentos?


VISÃO PESSOAL

Quando você tem uma visão, consegue ver sentido em em pequenas coisas do dia-a-dia que parecem insignificantes, consegue motivar-se, superar obstáculos, enfrentar desafios, pois sabe que está lutando por algo que deseja muito.

A visão indica onde você quer estar, ou como você quer estar dentro de um determinado tempo. Não chega a ser um objetivo específico, mas deve representar um ponto de referência, com poder de manter a motivação e o sentido durante o tempo em que você tiver se dedicando a chegar lá.

Perguntas: onde quero estar daqui 10 anos? Quem eu quero levar comigo nessa jornada? O que eu quero fazer daqui a 10 anos? (ou o tempo que achar interessante, desde que seja de longo prazo)


FOCO - QUAL O SEU ALVO?

O foco direciona o planejamento de acordo com o Projeto de Vida. É o destino onde você pretende chegar através do caminho percorrido com o planejamento.

É o motivo maior que guia a realização das metas. É a chave da motivação pois dá os porquês, as razões para as pequenas realizações do dia-a-dia.


PROJETO DE VIDA

O Projeto de Vida é a trilha por onde você irá percorrer ao executar os diversos planejamentos que tem e terá. É aqui que você executa as estratégias desenvolvidas para sua vida.

Não há tempo suficiente para que possamos fazer tudo o que temos vontade. A vida é feita de escolhas, no momento que você faz uma escolha, está abrindo mão de todos os outros “futuros” pertencentes às opções recusadas. A interligação e a seqüência desses caminhos é que faz um projeto de vida ser bem sucedido ou não.


ORGANIZAÇÃO PESSOAL

A auto-organização é a flexibilidade, ou seja, ninguém consegue ser de fato organizado agindo de forma inflexível. Isto porque vivemos num ambiente onde os fatores externos interferem em nossas vidas constantemente. A habilidade da auto-organização é justamente conseguir lidar com estes fatores da forma mais coerente e flexível possível, sem que as metas pessoais sejam alcançadas sem que a pessoa se estresse por ter que lidar com o inesperado.


ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO

Você aproveita ao máximo o seu tempo ou está jogando a sua vida fora aos poucos?

O correto aproveitamento do tempo não envolve somente planejamento, mas a própria vida diária. É na organização básica vivida no dia-a-dia que se aprende e se adquire habilidade em administrar o próprio aproveitamento do tempo. Quem não tem organização pessoal, acaba perdendo muitas oportunidades, desperdiçando recursos em excesso e direcionando esforços para as atividades erradas. Além do mais, apesar de redundante, perde (literalmente, pois não tem como recuperar) o seu ativo mais precioso: O TEMPO.


BUSCAR A MOTIVAÇÃO

Sentir-se motivado é saber para onde está indo. Quem não tem metas, acaba não vendo razão para fazer as coisas. Motivação vem do motivo.
Qual o motivo que você faz o que faz? Se a resposta não lhe agrada ou você não sabe como respondê-la, você não se sentira motivado.

A motivação nasce quando você sente o que faz tem sentido e gosta do que está fazendo. O seu grau de motivação para continuar progredindo determina o grau de realização das metas que você estabelece na vida.


"Sucesso na vida, em todos os sentidos, significa saber para onde você quer ir. Não são os outros que devem lhe dizer para onde ir e qual é o caminho. A conscientização do que se deseja implica determinação. Determinação é a ante-sala do sucesso"


"Alcançou muito sucesso aquele que viveu bem, riu com freqüência e amou muito."
Bessie Stanley

24 de setembro de 2009

A maravilha (e o risco) da alavancagem no Mercado a Termo

Ontem, na aula de Derivativos, tive um insight - insight esse que muitos já devem ter tido; digamos "o cair da ficha". Vamos por partes. Primeiro falemos do que é o Mercado de Derivativos.

Derivativos é o nome dado à família de mercados em que operações com liquidação futura são implementadas, tornando possível a gestão do risco de preço de diversos ativos. Quatro modalidades de contratos são negociados nesses mercado: a termo (que é o que vou escrever mais adiante), futuro, de opções e de swaps.

Em relação aos Contratos a Termo temos a seguinte definição: são acordos de compra e venda de um determinado ativo que estabelecem um preço entre as partes para a liquidação em uma data futura específica. Esses contratos são instransferíveis e sua negociação pode ocorrer tanto em mercado de balcão quanto de bolsa.

Ok, tudo bem. Até aí está relativamente claro. Porém, ontem o professor Ronaldo Falabella começou a explicar as possíveis operações a Termo. Dentre elas temos:
  • Proteção de preços: em que um aplicador, expectando altas nos preços de uma ação ou de um conjunto delaspode comprar a termo, fixando o preço e beneficiando-se da alta da ação. Normalmente essa operação ocorre assim: não tenho dinheiro para comprar as ações nesse momento; faço o contrato a termo fixando o preço das ações; no prazo estabelecido com a outra parte, faço o pagamento e recebo as ações, já valorizadas.
  • Diversificar riscos: um aplicador quer comprar algumas ações cujas cotações estima estarem deprimidas, porém não quer concentrar todos os seus recursos em apenas um ou dois papéis, para não assumir riscos muito elevados. Adquire a termo quatro papéis, desembolsando apenas a margem de garantia. Essa diversificaçãoenvolve riscos menores do que uma aplicação em ações de uma única empresa, já que a eventual perda com uma ação pode ser compensada com ganhos com as outras três.
  • Operação caixa: para etentores de carteira que precisam de recursos para uma aplicação rápida, mas não querem desfazer de nenhuma ação. A alternativa de vender a vista para imediata compra a termo do mesmo papel permite ao aplicador fazer caixa e, ao mesmo tempo, manter sua participação na empresa.
  • Alavancar ganhos: a compra a termo confere ao investidor que, num dado instante, possua um determinado volume de recursos a possibilidade de adquirir uma quantidade de ações superior à que sua disponibilidade financeira permitiria comprar a vista na quele momento, proporcionando-lhe uma taxa de retorno maior, no caso de elevação dos preços a vista.

Garantias

Pode-se dar de garantia os seguintes ativos: ações negociadas na Bovespa; moeda corrente nacional; títulos públicos; ouro; e CDB, de acordo com cada corretora.

É extremamente recomendável, se assim possível, que prefira dar suas garantias em dinheiro, visto que dentre as outras possibilidades existe a volatilidade dos ativos (pelo menos na maioria).


Certo. Mas aonde quero chegar?

Existem várias outras particularidades, o que pode deixar esse post enorme.

O insight está na última modalidade de operação: Alavancagem.

Imaginem o seguinte (desconsiderando os custos da operação como corretagem, emolumentos, ISS, taxas, etc): um investidor tem 10.000 ações de VALE5 e ela está cotada atualmente em R$ 30,00, por exemplo. Ele quer realizar uma estratégia de alavancagem a termo. Normalmente, as corretoras pedem de 15% a 20% de "margem de garantia" da operação e relação a valor total dos ativos que você está dando de garantia.

10.000 x R$ 30,00 = R$ 300.000,00

Consideremos que essa margem de garantia seja de 20% (R$ 60.000,00); então: R$ 300.000,00 - R$ 60.000,00 = R$ 240.000,00

Agora é a mágica do negócio: você opera com 5 vezes mais em relação ao seu capital principal, ou seja, R$ 1.200.000,00.

Quanto dinheiro, não?! Mas olha só:

Digamos que você está operando com esses R$ 1.200.00,00 e, em determinado momento (no período do contrato) você consegue lucrar: seu capital passa de R$ 1.200.000,00 para R$ 1.500.000,00. Sabe de quem é essa "diferencinha" de R$ 300.000,00? Do investidor, é claro!

A grosso modo, sem considerar custos como dito anteriormente: com uma operação de alavancagem dessas, o investidor aumentou em, aproximadamente, 100% de seu capital. Ou seja: Dobrou!

Lógico que existe o risco de dar tudo errado, você perder na mesma proporção, mas se você for um trader disciplinado, bem informado e coerente, dá pra tomar whisky e dirigir um conversível na Europa de vez em quando! Mas lembrem-se: não estou inferindo que devam fazer essa operação. Esse post é uma explanação de uma possibilidade de mercado, apenas.

22 de setembro de 2009

Figurinhas do mercado

Achei um arquivo em meu PC que vale a pena ser reproduzido. Infelizmente eu não achei a autoria, portanto, se alguém sabe, por favor, avisem-me para que possa dar os devidos créditos. Segue abaixo:


Listo abaixo alguns tipos comuns do mercado. Eles são fruto das armadilhas mentais que encontramos pelo caminho.

Vejamos:

O papel do vizinho é sempre mais verde: O trader entra em um papel do setor siderúrgico, digamos CSN. Enquanto Usiminas e Gerdau sobem muito, o seu escolhido parece travado. “Mas porque tinha que escolher logo o errado?” Muitos traders só registram esse sentimento e esquecem de notar que no dia seguinte CSN recuperou o terreno.

O apostador de páreo corrido: Normalmente nunca operou na vida e acha que é a maior moleza do mundo. Pode ser um amigo ou um chato qualquer. “Cara, como é que você não comprou XPTO4? Tava claro que ia subir. Se tivesse dinheiro sobrando na época teria entrado!” Ou pior: “Por que você não saiu quando teve 5% de lucro?” Ou quando subiu ainda mais: “Por que você vendeu com 30% de lucro? Chegou a dar 40%!!!”

O sempre vencedor: Só registra as vitórias nos fóruns. Nunca foi visto errando, perdendo dinheiro. Nunca foi stopado com prejuízo. No mínimo, saiu no zero a zero. E tem um tipo ainda pior de vitoriosos: aqueles que para não encarar a verdade não registram as perdas na sua planilha de controle, apenas os trades vencedores.

O acertador de fundo e topo: O trader consegue comprar no fundo e vender no topo. Pra não dar muita bandeira ele posta no fórum a sua entrada alguns centavos mais alto que o fundo e a saída alguns centavos abaixo do topo. Acertando assim, ficar rico é apenas uma questão de tempo…

Faça o que eu falo, mas não o que eu faço: É aquele que prega que tem q ter disciplina, seguir o plano, definir objetivos, registrar os trades, tudo como manda o manual, mas só vale para os outros. Sua vida de trader é totalmente desregrada, e, obviamente, não consegue ganhar dinheiro consistentemente.

O professor: Sempre tem um ensinamento, uma frase de efeito ou um novo set-up sofisticadíssimo. Sempre em busca de um cruzamento de médias deslocadas casado com divergência no IFR e no MACD e aliado à Gann, Fibo e Elliott plotados de cabeça pra baixo (também conhecido como ponta-cabeça). Quando esta conjunção astral acontece, ele posta o trade como se acabasse de inventar o rádio.

O perseguido: É o trader dedo-podre. Sempre acha que o que ele compra cai, o que ele vende sobe. Sempre na mão errada. Dá um azar danado e não entende por que está sendo perseguido. Acha que tem alguém lá em cima ou em qualquer canto só esperando ele agir pra derrubá-lo. Demora a estopar e quando o faz o papel volta a subir. Aí começam as elucubrações como “AT não funciona”, “o mercado é manipulado pelos tubarões”, “só quem ganha são os insiders” etc.

O otimista: Se esperar, o papel volta a subir, é só manter a calma. Esquece que alguns papéis nunca voltarão ao preço em que ele deveria ter sido estopado. Também não considera o custo de oportunidade, de ficar preso a um papel que não sai do lugar, enquanto vários outros sobem.

O mutante: O papel foi na direção contrária e a operação que começou como day trade, virou swing trade, passou pra position e agora só resta afirmar que ele comprou pensando no longo prazo. Casa com o papel e diz que é uma ótima empresa e que a ação vai voltar a subir.

O viciado em book de ofertas: passa o dia monitorando quem está comprando mais, quem está vendendo. Assusta-se com ordens enormes emitidas por pesos-pesados do mercado, achando que aquela será uma barreira intransponível. Entrega seus papéis por um preço abaixo do que estava planejando realizar por puro medo. Prestando atenção em coisas erradas, fica desconfiado quando tem corretora operando nas duas pontas. Não entende o que se passa e começa a achar que isso é manipulação do mercado.

O caçador do sistema perfeito: O trade começa no mercado, faz algumas operações vitoriosas porque o mercado está bastante favorável e acha que o seu sistema é infalível e que ficar rico é pura questão de tempo. Faz as contas: Se em um mês teve rentabilidade de 10%, logo, no fim de 5 anos mantendo este desempenho poderá comprar a sua lancha. Só que os trades começam a não dar tão certo. É estopado em uma, duas, várias operações. O problema, claro, é seu sistema que não funciona mais. Pula pra outro buscando um 100% a prova de falhas. Depois de alguns stops acionados, mais uma mudança de método. Agora vai! Mais algumas perdas e o novato está destruído emocionalmente. Já desistiu dos seus sonhos. Ele só quer sair correndo dali. Aquilo não é para ele. Por fim, acaba abandonando o mercado.

O auto-destrutivo: Claro que não é uma decisão racional do tipo ” vou comprar essa LIXO4 pra perder dinheiro!” Mas inconscientemente ele se penaliza por algum motivo. Talvez isso passe por questões religiosas e de convenções sociais. Amarras como ” o trabalho dignifica o homem” ou “só dando muito duro é que se chega lá”, ou pior, “que ter muito dinheiro é pecado”. E essa é uma questão muito difícil de resolver, são gerações perpetuando conceitos distorcidos sobre trabalho, merecimento, recompensa. O que fazer nestes casos? Virar day-trade olhando o mercado e enviando ordens de compra e venda o dia todo? Não acho que seja esse o caminho… Alguns traders resolvem isso em suas cabeças estudando mais, se planejando mais, aprimorando planilhas, registrando os trades de forma mais detalhada.

O rei da calculadora: A cada duas horas ele faz contas de quanto já está ganhando. Engraçado é que quando está perdendo ele só faz conta a cada duas semanas. Quando o papel começa a corrigir ele tem duas atitudes: 1. Realiza o lucro no primeiro sinal de correção. 2. Como ele já registrou na sua mente o seu lucro máximo, não aceita menos do que já teve um dia, e assim não sai da operação quando o stop é acionado.

O ídolo das corretoras: O trade que não consegue ficar um dia sem operar. Seria quase como dizer pra ele não comer ou respirar. Gera um monte de corretagem e não consegue ganhar dinheiro por não saber selecionar seus trades. Ganha dinheiro e o devolve ao mercado repetidamente.

E aí, se identificou com algum tipo? Com vários? Que bom, assim eu me sinto melhor… Contribua também e descreva alguma figuraça do mercado. A ideia é fazer uma auto-análise divertida e aprender com ela.