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27 de dezembro de 2012

A auto análise de cada dia


Olá pessoal!

Antes do fim do ano quis mudar a forma como realizar as postagens no blog. De agora em diante vou procurar publicar vídeo-posts. Acredito que dessa maneira possamos atingir uma melhor compreensão dos diversos conceitos tanto de finanças quanto de qualquer assunto que for tratado.

Conto com o feedback de vocês!

Um excelente 2013 a todos!

https://www.youtube.com/watch?v=UIXUtTLQHlA


24 de setembro de 2012

ACONTECEU UM ACIDENTE: você tem seguro?

Hoje (24), por volta das 17h30min, aconteceu um acidente gravíssimo no Centro de Belo Horizonte. Naquele momento estava no shopping cotando um livro que quero dar de presente para uma amiga. Quando saí de lá, aquela muvuca: bombeiros, SAMU, imprensa... imaginei que estava acontecendo algo relacionado à assalto ou algo do tipo. Mas tinha muitos caminhões dos bombeiros. Logo, procurei nos céus por fumaça (onde há fumaça provavelmente há fogo!). Sem fumaça. Aproximei mais um pouco e vi um caminhão tombado. Tratava-se de um acidente. Algumas pessoas comentavam o que tinha ocorrido: parece que uma van perdeu o freio e desceu desgovernadamente uma das ruas e daí acabou provocando esse sério acidente. Naquele momento alguns disseram que duas pessoas haviam sido esmagadas pelo caminhão, outros diziam que eram sete e me lembrei do que Napoleon Hill trata em sua obra, A Lei do Triunfo: "tenha o pensamento exato; não acredite muito no que os outros falam; lide com fatos". Se eram duas ou se eram sete eu não poderia saber e a informação naquele momento estava desencontrada. Porém, percebi que foi a primeira vez que estive presente diante de um acidente tão grave: já vi batidas, já ouvi tiros, já presenciei assaltos, perseguições de polícia, já vi pessoas mortas em um ou outro acidente, mas dessa vez minha atitude mental me chamou bastante atenção: enquanto centenas de seres humanos se preocupavam em ver o que tinha acontecido, outros filmavam o acidente e a ação dos militares (polícia e bombeiros) e dos paramédicos, eu contive o meu impulso de fazer o mesmo. Sim, eu estava a menos de 100 metros do acidente, se eu quisesse dava para ver tudo, inclusive as pessoas que supostamente "viraram estrelinha".

Mas não. Não fiz isso. Imediatamente eu quis preservar algo muito mais importante: a minha mente. Não que a vida de outras pessoas não sejam importantes; longe disso. Mas, sinceramente, o que eu como espectador poderia fazer? Nada. Aliás, o maior prejudicado nesse fato seria eu mesmo: contaminaria minha mente com imagens, com impressões de algo muito forte, talvez sangue, talvez órgãos espalhados pelo asfalto... sei lá. Particularmente eu não me incomodo de ver isso tudo; tenho até muito sangue frio - mas preferi não contaminar negativamente meu subconsciente. (Quem quiser acompanhar o que aconteceu, segue um dos primeiros registros na internet sobre o acidente: clique aqui)

Esse acidente, por mais horrível que possa ter sido (e ainda possa ser, pois algumas pessoas estão hospitalizadas e parece que uma em estado grave), levou-me a propor uma reflexão importante sobre Seguros. Você já parou para pensar que algo do tipo pode acontecer com você? Eu sei que é um assunto chato e preferimos nem focar nisso, deixar pra lá, "coisa ruim atrai coisa ruim", etc etc etc... mas e se acontecer? Sua família está devidamente protegida, financeiramente falando? Alguns vão dizer: "não há dinheiro algum no mundo que pague por uma vida". Não, não há. E exatamente nesses momentos é que não damos importância para ele, pois o foco se direciona para as pessoas que conhecemos e amamos. E justamente por esse hiperfoco, podemos ficar deprimidos, emocionalmente incapazes por algum tempo, ter impactos financeiros deixados pela pessoa que morreu, e inúmeras outras possibilidades. Por isso que o seguro é importante nessa hora, caso ela aconteça: o dinheiro proveniente dessa fatalidade vai te deixar menos preocupado em se manter; pois, concordemos: a vida não pára.


Alguns talvez dirão: "vou ter que pagar a mensalidade do seguro a vida toda? Isso é dinheiro jogado fora e por isso não pago". O ditado é certo: o seguro morreu de velho. Seguro é para pagar E NÃO USAR! Tomara que não precise usar. Especialmente quando estamos falando de pessoas e, talvez, até bens de alto valor. Lembre-se que vivemos em um mundo repleto de possibilidades: positivas e negativas. E, muitas vezes, não temos controle sobre o que pode acontecer. O universo de possíveis acontecimentos é muito, muito grande. O que podemos fazer é tentar diminuir o impacto.

Que as pessoas que se feriram, se recuperem; que a(s) que faleceu(ram) encontrem a paz, bem como suas famílias.

27 de agosto de 2012

Perspectivas: Passado <> Presente <> Futuro


Realizar um planejamento financeiro envolve a perspectiva “presente > futuro”. Fazemos nossas projeções de acordo com as informações que detemos hoje, de preferência sendo muito conservadores tendendo a ser até pessimistas: isso tudo para não elevar demais as expectativas e com isso diminuir as chances de “quebrar a cara”, caso as premissas não se confirmem. Além do mais, não sabemos dos dados e fatos futuros; temos que usar os atuais e fazer estimativas de evolução/involução ao longo do tempo futuro que desconhecemos.

Vamos mudar um pouco o foco: o que você mudaria se pudesse voltar ao passado, voltar 5 anos da data de hoje? Talvez você mudasse algumas coisas; talvez mudasse tudo e, consequentemente, a cadeia de acontecimentos posteriores seria completamente modificada; ou, talvez, não mudaria nada.

Porém, gostaria de te propor agora um exercício diferente. Em vez de olharmos da perspectiva “presente > passado”, observemos da perspectiva “futuro > presente”. Sim, é isso mesmo: suponha que você está no futuro (2017) e que esteja observando sua vida dos 5 anos anteriores. O que você gostaria de ter feito? O que gostaria de ter realizado? Com quem gostaria de estar agora? Quais decisões você gostaria de ter tomado, mas por medo, descuido, ou qualquer outra desculpa, não tomou? Qual o rumo você gostaria de ter dado à sua vida nesses cinco anos que agora observa? Eu sei que é mais fácil olhar para o passado real (perspectiva “presente > passado”); porém esse exercício de observar a perspectiva “futuro > presente” pode te gerar grandes benefícios.

Quais benefícios? Vou explicar. Há algumas semanas tive o privilégio de ler a obra de Viktor Frankl: “Em busca de sentido”. Inclusive recomendo que leiam, é simplesmente sensacional! Na terceira e última parte de seu livro (A Tese do Otimismo Trágico) o autor traz à tona o terceiro aspecto que ele intitulou da seguinte forma: fazer da transitoriedade da vida um incentivo para realizar ações responsáveis. Esse terceiro aspecto diz respeito à morte. Porém, ele também diz respeito à vida, pois a cada instante que a vida é feita está morrendo e, assim sendo, jamais voltará. E justamente essa transitoriedade (da vida para a morte) é que deve nos estimular a procurar sempre fazer o melhor uso possível de cada momento de nossas vidas. Daí faço questão de te lançar um imperativo de Viktor Frankl: “viva como se você estivesse vivendo pela segunda vez e como se estivesse agido tão erradamente na primeira vez como está por agir agora”. Lembre-se que no passado nada fica irremediavelmente perdido, pelo contrário: tudo fica irreversivelmente estocado e entesourado.

Você que ainda não colocou suas finanças em ordem, não sabe para onde o dinheiro está indo, ainda não declarou guerra para suas dívidas, não se protegeu e criou mecanismos de amparar sua família, não está realizando sonhos ou mesmo não está guardando dinheiro para pagar seu futuro, saiba que ainda não é tarde para tomar tais decisões. Eu sei que não dá para fazer tudo de uma só vez, seja por tempo, por falta de recursos e até mesmo porque certas decisões, depois de tomadas, dependem de outras pessoas e isso foge ao seu controle. Mas procure sistematizar: liste tudo o que precisa fazer e como vai fazer – a partir disso priorize, coloque uma previsão sequencial daquilo que tem que fazer. Além disso, durante o processo de execução desse plano de ação, é bem provável que tenha de fazer ajustes. Porém FAÇA! Aliás: FAÇA O MELHOR QUE PUDER!

Então, diante disso, deixo só mais uma pergunta (dentre tantas outras que você mesmo já deve ter criado): como você quer ver seu passado daqui a 5 anos?

13 de agosto de 2012

Você sabe o que é o come-cotas?


"Come-cotas" é o imposto cobrado no último dia útil dos meses de maio e novembro nos para os fundos de investimento sem prazo de carência, ou com prazo de carência superior a 90 dias. Simula-se o resgate do fundo para apurar o rendimento obtido no período. O imposto é pago na forma de diminuição da quantidade de cotas que o investidor tem aplicado no fundo. Ou seja, é como se houvesse um resgate com a intenção de se pagar o imposto de renda. Nesse caso o valor da cota não se altera, mas sim o número de cotas que o investidor possui. Por conta dessa diminuição no número de cotas, esse imposto acabou ficando conhecido como “come-cotas”.

A alíquota é de 20% sobre os rendimentos para os fundos de curto prazo e 15% para os fundos de longo prazo.

O recolhimento é feito pelo administrador do fundo.

Administrador do fundo é o responsável pela gerência dos títulos é também pelo cumprimento das operações, bem como a manutenção dos títulos.

6 de agosto de 2012

Imóveis: algumas reflexões sobre alugar ou financiar

Getty Images
Até hoje muitas pessoas me perguntam se vale a pena morar de aluguel ou se vale a pena fazer um financiamento imobiliário, daqueles que são divididos ao longo de 30 anos...

Tudo depende. Depende do seu momento de vida, da sua carreira profissional, da sua estrutura familiar, do seu patrimônio, das suas condições financeiras... enfim: DEPENDE!

De acordo com o IBGE, o comprometimento médio da renda do brasileiro com despesas ligadas à habitação fica em torno de 30% da renda mensal. Geralmente as pessoas estão muito ligadas à crenças antigas, que, infelizmente, são crenças limitadoras especialmente no aspecto financeiro. Uma delas é "quem casa quer casa". Pode até ser... mas isso tem que ser muito bem avaliado antes que uma decisão tão impactante (financiamento de longuíssimo prazo, por exemplo) seja tomada. Geralmente quem pensa assim são os jovens casais, influenciados pela sociedade e pelas pessoas de convívio íntimo: família.

Vale lembrar que, muitas vezes, tal situação ocorre enquanto o casal ainda está escalando na carreira, e, por isso mesmo, ainda têm rendimentos baixos em relação ao que potencialmente poderão ter dentro de alguns anos a mais de dedicação profissional. Veja que não estou condenando a opção de se financiar um imóvel dessa maneira. Apenas atento para o tipo de decisão que é tomada e seus impactos. Geralmente paga-se cerca de duas a três vezes o valor do imóvel durante esse período, mas esse é o preço da opção mais cômoda de quem não pode pagar à vista e não quer ficar preso ao aluguel.

Uma continha rápida: Imóvel de R$ 200.000,00 financiado a 10% a.a. (0,79% a.m.) durante 360 meses (30 anos) sai por parcelas no valor de R$ 1.691,79. O montante ao final desse período será de R$ 609.041,39 - um pouco mais de três vezes o valor do imóvel.

Penso que devemos pensar em decisões financeiras mais importantes antes de assumirmos um compromisso tão significativo:

  • a sua capacidade de poupança para aposentadoria será comprometida?
  • a sua capacidade de garantir verbas para quebrar a rotina, ter novas experiências ficará à salvo?
  • você continuará poupando para realizar sonhos? (não venha cm essa de que a casa é a realização de seu maior sonho...)
  • você continuará tendo capacidade de aproveitar oportunidades de risco para que você possa crescer na carreira ou crescer seu patrimônio? (mudança de emprego, de cidade, de país para aproveitar melhores condições de trabalho e desenvolvimento; investimento em outros produtos financeiros que demonstrem ser uma bela oportunidade de dar um upgrade no patrimônio; etc)

São perguntas que devem ser friamente respondidas, colocadas na ponta do lápis (ou caneta ou planilha ^.^) e mensuradas. E mais: revistas periodicamente.

Outra continha rápida: se, ao invés de pagar uma prestação de R$ 1.691,78, você resolvesse morar em um imóvel no valor de R$ 200.000,00 pagando aluguel no valor justo por volta de R$ 1.200,00 (ou seja, 0,6% do valor do imóvel), poupando a diferença (R$ 491,78) à taxa real de 0,5% a.m. durante os 30 anos, você acumularia R$ 494.002,06: dependendo do seu padrão e estilo de vida esse montante poderia significar sua independência financeira!  

Só para corroborar um pouco sobre o risco dos financiamentos imobiliários (reportagem do Portal InfoMoney): link


Resumindo: faça as contas, decida bem o que você quer e tenha bastante consciência das decisões que você toma em sua vida.

Realize sonhos, realize mais!

30 de julho de 2012

Crédito, mais crédito... juros... dívidas.. ai ai ai...

É fato bem conhecido de que nós brasileiros temos bastante crédito disponível. Muito mesmo. Mas é bem verdade também que a maioria não sabe usar: sabe se alavancar e consumir hoje o que poderia ser feito com menos dispêndio financeiro, menos juros, com um planejamento financeiro. Pagar juros é, literalmente jogar dinheiro fora. Lógico que existem exceções, poucas inclusive.

Ainda hoje, mesmo com a baixa dos juros praticada (e forçada) pelos bancos públicos, as pessoas continuam se endividando. Alguns começaram a tomar consciência, mas ainda são poucos diante de uma multidão imensa. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 62,5% das famílias estão endividadas, um crescimento de 6,39% entre 2010 e 2011. Esse número número significa que, somente nas capitais, 525 mil famílias contraíram dívidas.

Nessa pesquisa, constatou-se que o volume da dívida também aumentou, e muito, 11,57%. Em 2010, as famílias deviam R$ 145,1 bilhões (é isso mesmo: bilhões!) e agora este montante é de R$ 161,9 bilhões, ou R$ 13,5 bilhões por mês. Por outro lado, o rendimento das famílias endividadas cresceu 11,7%, saltando de R$ 491,5 bilhões para R$ 549,2 bilhões, ou R$ 45,8 bilhões por mês. O que permitiu ao brasileiro aumentar a dívida sem ampliar a parcela da renda comprometida com esta. Ao contrário, houve uma ligeira redução neste quesito. O recuo foi de somente 0,04 ponto porcentual (p.p.) - o que pode ser, a rigor, considerado como estabilidade na relação dívida/renda -, mas demonstra que as famílias estão aprendendo a administrar melhor sua renda: pelo menos é o que se espera...

Mas vamos para um pouquinho de prática. Atualmente, no mercado financeiro, conseguimos (dependendo do prazo, do montante e da aplicação) encontrar investimentos seguros com rendimentos líquidos de IR e inflação à modesta taxa média de 0,5% a.m. A realidade nos investimentos mudou significativamente: taxa básica de juros em níveis históricos super baixos, economia ainda aquecida, crédito farto... crédito farto: a taxa média que te emprestam dinheiro fica por volta de 5%a.m.! Lógico que com negociação, sendo um bom pagador, tendo investimentos e mais outras variáveis positivas essa taxa tende a diminuir consideravelmente. Mas ainda isso é para poucos. Pense: "nos investimentos eu consigo uma taxa média real de 0,5% a.m.; caso tome empréstimo para realizar algum sonho de consumo eu pago 10 vezes mais". Nós podemos ser mais inteligentes emocionalmente falando.

Costumo dizer que é importantíssimo, apesar das dívidas, continuar vivendo: ter lazer, se alimentar adequadamente, para quem precisa, ter um carro, enfim... continuar. Obviamente as decisões têm que ser pesadas de modo que elas possam ser mais baratas e, assim, criar meios para saldar os compromissos e dívidas já feitos/assumidos. E mesmo quando não dá para saldar porque no passado você tomou a decisão de tomar crédito, no meio do caminho se embolou por qualquer motivo e agora está insolvente (ou seja: existem dívidas que não podem ser pagas no momento nem se forem bem negociadas), tem que continuar vivendo. De forma mais simples, provavelmente; mas não significa que seja com menos qualidade.

Aqui voltamos à antiga relação de poder dentro dos seres humanos: a disputa eterna entre NECESSIDADE e DESEJO. Algumas decisões de consumo que levam à tomada de crédito estão basicamente fundamentadas no sentimento de desejo. Aquele celular "da moda" vai fazer a diferença? A geladeira com 20 funções diferentes (se você fala 'apaga a luz' ela apaga a luz da cozinha [que exagero - rsrsrs]) vai te fazer mais feliz? Aquela TV de 50 polegadas full HD na sua sala é realmente necessária? Infelizmente, esse tipo de consumo destrói, ao longo do tempo, parte daquilo que você conquista com seu trabalho: literalmente centenas de reais (ou milhares!) são jogados fora nessas "brincadeirinhas de desejo". É fácil conter o impulso do consumo? Depende. Depende se você tem um objetivo MUITO importante e tem contato com ele todos os dias. Sabe aquela viagem bacana que você tinha vontade de fazer na sua adolescência ou quando se tornou um adulto jovem, mas não tinha dinheiro suficiente para bancar porque mal tinha renda? Pois é... resgate esse tipo de sonho; realize mais! Não estou falando, em momento algum, que não se deva comprar eletroeletrônicos ou eletrodomésticos ou qualquer outro bem. De forma alguma. O que quero alertar é sobre o tipo de consumo que te faz feliz. Se a geladeira de sua casa estragar, não tiver mais conserto e você não tiver reservas financeiras para imprevisto (que, inclusive, deveria ser seu primeiro investimento!) a opção é financiar o bem. Mas observe: nesse caso foi por necessidade. Uma ideia inteligente é deixar o cartão de crédito em casa para evitar compras por impulso. E, se acontecer de entrar em uma loja para "namorar" algum produto, tome cuidado para não sair de lá com um carnê de prestações. Simples, mas não é lá tão fácil. Caso não consiga se conter passe longe das lojas!

Por fim, existe o cenário em que você se endivida seriamente. Seu nome vai para os órgãos de proteção ao crédito e você fica NEGATIVADO. A maioria dos brasileiros (especialmente os que nunca estiveram numa situação dessas) teme com todas as suas forças serem negativados. O que acontece é que você terá restrição de crédito. E isso é bom: evita que você se embole ainda mais. É um aviso bem destacado que você extrapolou e agora tem que resolver seus problemas financeiros.

A melhor decisão nessas horas: crescer pessoalmente e enfrentar com todas suas forças essa guerra chamada DÍVIDAS. Sem dó nem piedade o seu foco deve ser saldar esse problema da melhor maneira possível, sem prejudicar sua qualidade de vida (é bem provável que cortes sejam necessários, mas preze pela sua qualidade de vida), fazer um diagnóstico anotando TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO o que gasta e recebe, estabelecer um orçamento mensal fazendo projeções para, no mínimo, 6 meses adiante. E, claro, continuando o processo de registro e acompanhamento DIARIAMENTE. É simples, no início -para alguns- pode ser trabalhoso, mas esse é o processo.

Agora, atente-se para uma questão importante: a pessoa endividada não é uma pessoa criminosa. Infelizmente algumas empresas de cobrança ou credores (ou pessoas dessas empresas, talvez) ainda abusam da situação em que você deve e fazem ameaças, assédio moral e outras coisas mais. Isso é crime! O IBEDEC (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo) publicou no último dia 24 as Principais Dúvidas do Consumidor Negativado, que podem ser conferidas acessando o link e descritas, na íntegra, logo abaixo:


PRINCIPAIS DÚVIDAS DO CONSUMIDOR NEGATIVADO

A inadimplência divulgada, no último mês, demonstra um cenário preocupante para o consumidor.

Um estudo do BACEN mostra que brasileiros estão com 39,1% de sua renda comprometida com divída.

No IBEDEC, houve aumento em torno de 40% de consumidores inadimplentes que procuram informações a fim de sair do circulo vicioso das divídas

Saiba quais são as principais duvidas

- DEVO UTILIZAR A ANTECIPAÇÃO DE 13º E IMPOSTO DE RENDA PARA QUITAR DIVIDAS?
Se os juros do adiantamento do imposto de renda e do 13º forem inferiores aos juros dos outros contratos, é positivo a utilização da antecipação.

- EFETUANDO O PAGAMENTO DA MINHA DIVÍDA. QUAL O PRAZO PARA SER RETIRADO MEU NOME DO SPC E SERASA?
O prazo máximo estipulado para a baixa da negativação são de 5 dias.

- QUITEI MINHA DIVÍDA, MAS CONTINUO NEGATIVADO?
Nesse caso, o consumidor deve tirar um comprovante de restrição do SPC e SERASA, juntar com o comprovante de quitação da divída e entrar com ação de danos morais.

- QUANDO EFETUO UM ACORDO COM MEU CREDOR, MEU NOME JÁ É RETIRADO DO SPC E SERASA?
A retirada imediata só acontece se ficar estabelecida como parte do acordo. Afinal a dívida só será considerada quitada após o pagamento de todas as parcelas.

- DEVE SE CONTRATAR UM EMPRESA PARA LIMPAR O NOME NA SERASA OU SPC?
Essa opção não é aconselhável, pois essas empresas são pouco eficientes caso a negativação não seja indevida.

- AS EMPRESAS DE COBRANÇAS FAZEM UTILIZAÇÃO DE PRÁTICAS ABUSIVA?
Sim, o IBEDEC confirma a prática abusiva e relaciona as mais comuns:
  • contatos telefônicos fora do horário comercial, restringindo o descanso e a privacidade do consumidor;
  • uso de vocabulário chulo, insultos, ameaças e coação;
  • exposição da inadimplência do consumidor à terceiros;
  • ameaçar reaver bens do consumidor;
  • passar-se por advogado ou oficial de justiça com objetivo de intimidar o consumidor.

- O QUE FAZER COM DIVÍDAS EM CASO DE MORTE?
A dívida deverá ser paga. Por tanto se o morto não tinha bens suficientes para quitar todas a suas dívidas, elas não passaram para os seus herdeiros.

ATENÇÃO REDOBRADA

Cobrança de Dívidas.

Art. 42 do CDC. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição de indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

Das Infrações Penais

Art. 71 do CDC. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas, incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:

Pena – Detenção de três meses a um ano e multa


Viva para realizar, viva para sua felicidade. Consumir pode e é gostoso: mas sempre vá com muita calma!


QUER APRENDER A ADMINISTRAR SEU DINHEIRO COM PROPRIEDADE?



Vou fazer uma indicação muito bacana:
Hoje estréia um curso intitulado "As 5 etapas do Planejamento Financeiro" elaborado pelo Prof. Elisson de Andrade e com prefácio de Gustavo Cerbasi (autor de diversos best sellers, dentre eles "Casais inteligentes enriquecem juntos", "Investimentos inteligentes"), este eBook apresenta um método inédito, passo a passo, sobre como organizar suas finanças pessoais.
Por que adquirir o livro?
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Gostou da ideia? Então acesse clicando na imagem acima ou nesse link e confira.

24 de julho de 2012

Pague juros para você!

Estou, mais uma vez, refazendo meu planejamento financeiro pessoal. Na realidade estou adequando algumas projeções. Daí surgiu uma ideia interessante.

Há alguns dias atrás desejei fazer um curso para melhorar meu trabalho, meu desempenho profissional. Mas, naquele momento, eu não tinha dinheiro suficiente para pagar o curso, a menos que eu desinvestisse de alguma aplicação. Foi o que fiz. Porém, agora, vou fazer um processo interessante: parcelei, para mim mesmo, em 4 vezes. Juros baixos, coisa de pouco mais de 1% ao mês. Punição? Não, acredito que não. Eu vou ganhar de qualquer jeito mesmo então não entendo como punição. Indisciplina financeira? Também não. As aplicações estão "muito bem, obrigado". Prefiro acreditar que foi mais um imprevisto. Imprevisto positivo, claro.

É apenas uma ideia interessante que surgiu e decidi compartilhar com vocês. O que acham dessa estratégia? Além de aplicar o dinheiro fazendo com que ele trabalhe para você, caso aconteça algum imprevisto que você tenha que desinvestir (para aqueles que têm reservas, claro) que tal recompor essas reservas pagando juros para você mesmo?

O que vocês acham? Deixem suas opiniões, comentem!

6 de maio de 2012

Como é construída a força mais poderosa do universo?

O título deste post é ousado. Que força poderosíssima é essa? O poder da natureza: dos furacões, dos maremotos, dos terremotos, dos vulcões, dos raios? De fato, até onde sei, nenhuma dessas pode ser manipulada ou, principalmente, controlada. Ainda não. Talvez, a criatividade humana consiga se superar mais uma vez e consiga controlar essas forças um dia.

A força da qual estou falando é a força do hábito. Uma definição de hábito é "comportamento que determinada pessoa aprende e repete frequentemente, sem pensar como deve executá-lo". É o automatismo do comportamento que, muitas vezes, executamos, repetimos "sem perceber". Por que o hábito é a força mais poderosa do universo? Exatamente porque ele faz com que a constante repetição (do que quer que seja) produza efeitos cada vez mais profundos.

Vamos abordar dois pontos de vista simples. Digamos que uma pessoa tenha o hábito da leitura. Então é bem natural observarmos tal pessoa lendo um livro, uma revista, sempre acompanhada de alguma coisa que ela possa ler. Ela, muitas vezes, pode até ansiar por esse momento. Qual a consequência disso no longo prazo? Dependendo do que é lido, a tendência é que essa pessoa saiba sobre muitas coisas e, sobre assuntos de maior interesse, torne-se alguém que entenda muito sobre determinado assunto. Por outro lado, imaginemos um exemplo desagradável: uma pessoa que tenha o hábito de não escovar os dentes. Não vou detalhar o que ocorre, mas, no longo prazo o que vai acontecer? Essa pessoa corre o sério risco de perder seus dentes. E mais: corre riscos de ter diversos tipos de doença, desde uma fortíssima gengivite a um ataque cardíaco (eu fiquei impressionado quando soube que a falta de cuidados com a boca pode causar infarto).

Um hábito é um comportamento. Um comportamento que foi diversas vezes repetido, reforçado e que chegou ao estado de inconsciência: o famoso "piloto automático". Como podemos mudar hábitos ruins, comumente chamado de vício? É simples. Um hábito só pode ser substituído por outro. Não existe outro caminho. Para se ter o hábito de praticar exercícios físicos é necessário praticá-los. Isso nos leva a um ponto interessante: sabia que existem dois tipos de hábito? Sim: existe o hábito de fazer e o hábito de não fazer. Então se você não faz alguma coisa e quer mudar isso, o único caminho é fazer tal coisa!

Mas como os hábitos são formados? Pergunta interessante. Aprendi recentemente o processo, a ponte que leva à formação do hábito. Particularmente só conhecia o estado atual e o estado desejado e executava aquilo que sabia que me conduziria ao estado desejado. Mas... como saber que o hábito está sendo formado?

Existem quatro estágios que são necessários para se adquirir novos hábitos ou novas habilidades. E, claro, isso serve tanto para hábitos bons quanto ruins.



Estágio Um: Inconsciente e Sem Habilidade


Nesse primeiro estágio você está completamente inconsciente do hábito e, consequentemente, despreparado para executar tal ação. Isso se dá antes de você dar sua primeira tragada, usar o vaso sanitário, tomar seu primeiro drinque, antes de aprender a dançar, ler, de começar a controlar seus impulsos de consumo, de cuidar de suas finanças, de tocar algum instrumento musical, praticar algum esporte, enfim: o que quer que seja. Você está inconsciente do hábito e completamente desinteressado em aprender a prática, portanto, despreparado.



Estágio Dois: Consciente e Sem Habilidade


Nesse momento você tomou consciência da prática. Mas como tudo é muito novo, você não tem habilidade para lidar com aquilo: bebeu pela primeira vez ou fumou e isso caiu muito mal; sua mãe começou a sugerir o vaso sanitário; tentou tocar piano, violão, mas ainda não sai nada "bonitinho", harmônico; tentou usar algumas ferramentas de controle financeiro, mas ainda não sabe bem como manuseá-las, começou a usar o computador e não consegue digitar rapidamente. Tudo é muito desajeitado, antinatural e, muitas vezes, assustador.

Porém, se persistir, você chega ao terceiro estágio:



Estágio Três: Consciente e Habilidoso


Devido a prática e à experiência, você se torna cada vez mais habilidoso, mais confortável em executar tal comportamento ou prática. Quando o cigarro e a bebida passam a ser saboreados; quando não é mais necessário prestar tanta atenção ao se tocar algum instrumento; quando dançar começa a se tornar mais fluido; quando suas finanças começam a ficar mais claras e suas decisões são mais precisas, conscientes. Resumindo: quando você começa a "tomar o jeito da coisa".

Por fim:



Estágio Quatro: Inconsciente e Habilidoso


Esse é o estágio do piloto automático. Neste estágio você não tem que pensar. Simplesmente executa a ação. É o estágio final para uma pessoa se tornar alcoólico ou fumante, quando já se "esqueceram" de seu hábito compulsório. Quando, ao levantar pela manhã, escovar os dentes e usar o sanitário é a coisa mais natural do mundo. É quando você se depara com aquela bolsa que, em um momento anterior, era "perfeita" e você tinha que comprá-la e hoje não te traz nenhuma ansiedade em tê-la. É quando simplesmente "acontece", simplesmente faz.



Trabalhoso? Sem dúvida que sim. A imagem abaixo traz bem a ideia do que se trata. Mas, como qualquer hábito que se deseja construir, desenvolver, você tem um grande poder: o poder da escolha. E lembre-se: ao se (re)moldar de forma melhor, a maior recompensa que pode ter é uma vida nova.

Boa semana!


16 de abril de 2012

Como fazer o cálculo mensal do meu IR em Ações?

Como se não bastasse ter que pagar o imposto de renda, cabe ainda ao investidor fazer sua apuração e pagamento mensal do que deve ser recolhido. É necessária muita atenção no processo, para evitar futuros problemas com a Receita Federal. Aprenda aqui como faze-lo e fique mais tranquilo na hora de declarar!

Apesar de envolver diversas apurações e cálculos, saber qual o valor que deve ser recolhido pode ser muito fácil. Existem ferramentas especializadas em auxiliar nesta tarefa, tornando tudo muito mais simples, como a Calculadora de IR do portal Bússola do Investidor, que faz todas as apurações gratuitamente.

No entanto, sempre é importante saber como os cálculos funcionam, até mesmo para evitar algumas operações que podem acarretar na cobrança de mais impostos. Vamos detalhar como deve ser calculado e como deve ser recolhido o seu IR em ações.


Imposto de Renda em Operações Daytrade:

Operações daytrade ocorrem quando a compra e a venda são executadas no mesmo dia. Para a cobrança de imposto de renda, também são consideradas daytrade as operações em que uma venda é executada depois de uma compra.

1) Verifique se houve lucro ou prejuízo na operação

2) Se houver lucro: o investidor deverá pagar 20% deste para a Receita Federal, descontado as taxas e corretagem pagas. No dia da operação, a corretora já retém 1% do lucro, como forma de sinalizar para a Receita Federal que você deve recolher os outros19%.

3) Se houver prejuízo: guarde este valor para desconta-lo nos meses seguintes, quando houver lucro.

Atenção: o prejuízo acumulado em operações daytrade somente servirá para abater lucros neste mesmo tipo de operação.


Imposto de Renda em Operações Normais:

Operações normais ocorrem quando a compra e a venda são executados em dias diferentes. Neste caso, o investidor conta com um incentivo: existe a isenção do pagamento de imposto de renda nos meses em que o valor total das vendas for abaixo de R$ 20.000. Desse modo, em alguns meses deve-se tomar cuidado para não ultrapassar este limite e ter que recolher imposto.

1) Calcule o valor total das ações vendidas no mês

2) Caso seja menos que R$ 20.000: você não precisa recolher impostos

3) Caso haja lucro e fique acima de $ 20.000: o pagamento será de 15% do lucro, descontado as taxas e corretagens pagas a corretora. Esta já retêm 0,005% do valor das vendas, como forma de sinalizar para a Receita Federal que você deve pagar o imposto.

4) Caso haja prejuízo: guarde o valor para abater de seu lucro nos meses seguintes, exatamente como feito nas operações daytrade. Lembrando-se que este só poderá ser abatido de outras operações normais.


Bonificação de Ações no IR:

As Bonificações de Ações devem ser incluídas em seu estoque, utilizando o custo de aquisição zero.

Exemplo:

Um investidor que tinha em seu estoque 100 ações compradas por R$10 e recebeu uma bonificação de 10 ações, terá um novo estoque de 110 ações com um preço médio de R$9,09. Em outras palavras, o custo de aquisição das ações de R$1.000, divido pela nova quantidade de ações em estoque: 110.


Desdobramentos de Ações no IR:

Os desdobramentos devem ser tratados exatamente como as bonificações de ação. Desta forma, seu preço médio sempre será multiplicado pelo fator inverso do desdobramento ocorrido.

Exemplo:

Se uma ação desdobrou de 1 para 4 ações, seu preço médio será dividido por 4.


Dividendos no IR:

Neste caso o imposto de renda não precisa ser pago. Isso porque o valor já representa o lucro líquido de impostos da empresa pagadora, não fazendo sentido você pagar novamente o imposto.

No caso de juros sobre capital próprio (JSCP), o IR já é retido na fonte, portanto você não precisará pagar o imposto novamente.


Como recolher meu Imposto de Renda?

Todos estes cálculos e apurações devem ser feitos mensalmente e o imposto pago sempre até o último dia útil do mês seguinte à sua apuração.

Dessa maneira, o imposto das operações em janeiro deve ser pago até o último dia de fevereiro, e assim por diante.

Uma vez calculados os valores, o investidor deve emitir sua DARF e paga-la em algum banco. Lembre-se de que os impostos de operações normais e daytrade devem ser somados e pagos na mesma DARF.

Esta é mais uma facilidade de recorrer a ferramentas que auxiliam neste processo; além do cálculo, a Calculadora de IR do Bússola do Investidor já faz a emissão da DARF, preenchendo todos os campos necessários.



*Esse artigo foi desenvolvido pela equipe do site Bússola do Investidor e gentilmente cedido para ser publicado aqui no blog Riquezas da Vida

15 de abril de 2012

Você está sem objetivo na vida?

Estava lendo uma newsletter semanal que se chama: "Napoleon Hill Yesterday and Today" (em tradução livre: Napoleon Hill Ontem e Hoje). Nessas newsletters sempre tem uma seção que se chama The Law of Success, que trata basicamente sobre os pensamentos deixados por Napoelon Hill durante sua jornada terrestre.

Muitas pessoas vem me perguntando sobre como realizar seus objetivos. Penso que moldar o próprio comportamento e pensamentos, entender como funciona a natureza e respeitar suas leis já é um bom começo.

Recomendo, mais uma vez, que estudem as obras desse grande homem para que possam entender e aplicar, se assim quiserem, o que ele propõe (dica: caso queiram comprar lembrem-se de pesquisar preços; dentre as lojas virtuais das livrarias eles costumam variar):

Leiam abaixo a tradução da newsletter 273 (elas são em inglês, tive que traduzir).

Caso queiram, podem se inscrever para receber as newsletters semanais. Basta se inscrever no link. Clique aqui.

Bom proveito!



Você está sem objetivo na vida?
por Napoleon Hill e W. Clement Stone

Pense nisso! Pense nas pessoas que saíram sem rumo pela vida, insatisfeitas, lutando contra muitas coisas, mas sem um objetivo claro. Você pode afirmar, nesse momento, o que você quer da vida? Determinar seus objetivos pode não ser uma tarefa fácil. Ela pode envolver até mesmo alguns dolorosos autoexames. Mas vai valer a pena qualquer esforço que custar, porque assim você poderá nomear seu objetivo, e daí pode esperar para desfrutar de muitas vantagens. E essas vantagens vêm quase que automaticamente. 

1. A primeira grande vantagem é que sua mente subconsciente começa a trabalhar sob uma lei universal: "O que a mente pode conceber e acreditar, a mente pode alcançar." Ao visualizar o seu destino pretendido, a sua mente subconsciente é afetada por esta autossugestão. Ela trabalhará para te ajudar a chegar lá. 

2. Por você saber o que quer, há uma tendência para que você possa tentar chegar ao caminho certo seguindo na direção certa. Você entra em ação. 

3. O trabalho se torna divertido. Você está motivado a pagar o preço necessário. Você administra seu tempo e seu dinheiro. Você estuda, pensa e planeja. Quanto mais você pensa sobre seus objetivos, mais entusiasmado você se torna. E com entusiasmo o seu desejo se transforma em um desejo ardente. 

4. Você fica alerta para as oportunidades que ajudarão você atingir seus objetivos como eles se apresentam em suas experiências cotidianas. Por você saber o que quer, está mais propenso, portanto, a reconhecer essas oportunidades.

19 de março de 2012

Economia nacional e decisão de consumo

Não sou economista. Mas pelo que tenho observado em notícias recentemente, parece que o Brasil está entrando numa fase de desaquecimento econômico, ou, de forma mais leve, uma desaceleração devido ao que vem acontecendo no mundo afora. A indústria brasileira, para se ter ideia, está enfrentando desafios que antes eram vivenciados apenas no ambiente de competição internacional: custos, rentabilidade, margens dentre outros itens eram sentidos com bastante força perante gigantes asiáticos, os EUA e a Europa. Mas, como sabemos, as coisas mudaram. O mundo, devido à crise, desacelerou, está em fase de vários ajustes e a economia brasileira (ao menos nos últimos dois anos) continuou forte. Isso chamou a atenção de quem não estava conseguindo crescer (ou ao menos se manter vivo) no mercado. Ou seja: a competição, antes em ambiente internacional, veio para dentro do país.

Para a indústria grandes desafios antigos se tornaram evidentes: custos internos elevados (energia elétrica, impostos, mão-de-obra) e o câmbio valorizado faz com que produzir no Brasil saia mais caro; diante disso as empresas estão importando insumos, o que faz com que os produtos fiquem mais competitivos para elas - alguns economistas dizem que esse fato pode provocar (se já não está provocando) a chamada desindustrialização. Na outra ponta, o varejo também sofre: ao comprar os produtos da indústria nacional, compra-se com um custo mais elevado. Para se ter algum lucro, deve repassar ainda mais caro para o consumidor. Só que tem uma coisa: da mesma forma que para a indústria importar ficou mais barato, para o consumidor também ficou - é mais vantajoso comprar lá fora do que aqui dentro.

Efeito em cadeia: o consumidor importa e não compra do varejo; o varejo não vende (ou vende pouco) porque os produtos estão caros, perdendo competitividade; a indústria não produz no Brasil, mas importa para compor seus produtos que ainda se encontram caros para o mercado nacional. E sabe o que é complicado? O trabalhador tende a sofrer com isso. Apesar de que ainda estamos num momento em que se tem muitos empregos, um fato, relatado no Jornal Valor Econômico (19/03/12 - "Indústrias do ABC paulista sentem queda na demanda e já demitem"), me chamou a atenção. Um jovem, Juliano Fernandes, antes trabalhava como operador de máquinas na produção da dobradiça do porta-malas do Celta, numa fábrica da GM no interior paulista. Ele foi demitido porque, com a diminuição das encomendas, seu trabalho (muito específico) tornou-se desnecessário. Mas o que mais me preocupou, nas palavras do jovem de 19 anos: "Comprei uma moto, mas ainda faltam 20 prestações de R$ 300 para pagar." Ele é jovem, tem tempo, deve estudar, se especializar, com determinação e energia conseguirá um bom emprego em breve.

Mas quero atentar para a decisão de consumo. Já deixo ressalvas de que cada caso é um caso, especialmente quando se trata de assuntos relacionados a aquisição de bens. Mas fico pensando: será que, neste momento, era fundamental a aquisição de uma moto financiada? Faltam ainda R$ 6.000,00 para serem pagos em um pouco mais de um ano e meio que, talvez, pudessem ser direcionados para a melhoria na formação desse jovem e, no médio prazo, possibilitar que ele tenha uma melhor colocação e consequente melhor remuneração. Quantas vezes a gente não depara com esse tipo de situação e, não raro, tomamos a decisão que mais agrada nosso ego e nosso status perante outras pessoas? Como disse, ele deve conseguir trabalho rapidamente. Mas e se fosse outro momento em que as coisas estivessem complicadas? Lembre-se de que o primeiro investimento deve ser numa reserva de emergência e, talvez até antes dependendo do caso, em seguros.

Que reflexão quero trazer com esse post: cuidado com suas decisões de consumo. é bem verdade que tem certas coisas que se não fizermos em algum momento jamais a realizaremos. Mas, mesmo assim, cuidado!

É só para refletir e para relatar o que está acontecendo na economia brasileira e mundial.

Boa semana!

5 de março de 2012

Investimento pra elas!

Há algum tempo atrás, assuntos relacionados a investimentos eram coisas de homem: inflação, Selic, Bolsa de Valores, Petrobrás, Vale, CDB... um monte de financês e economês que até mesmo alguns dos próprios homens não sabiam do que se tratava...

Essa realidade mudou: a mulher hoje é bem mais independente - compartilha as tarefas domésticas caso tenha um companheiro ou assume tudo sozinha; cuida dos filhos; trabalha; lidera; estuda (e atualmente tem estudado muito mais que grande parte dos integrantes do Clube do Bolinha); investe; enfim... vem ganhando cada vez mais espaço e com muita rapidez.

Porém, mesmo assim (e penso que é um processo evolutivo), grande parte das mulheres investem na tradicionalíssima e "segura" Caderneta de Poupança. Usar a Caderneta de Poupança para criar um fundo de emergência ou poupar para comprar um bem à vista no curto prazo não tem problema algum - geralmente é a melhor estratégia, inclusive.

Mas, se é para garantir o seu futuro, sua aposentadoria, a tranquilidade que todos queremos ter, a caderneta de poupança pode não ser a melhor opção. Primeiro: atualmente a inflação está consumindo a rentabilidade mensal do produto financeiro. Por exemplo: se uma pessoa coloca R$ 1.000,00 na caderneta de poupança hoje, no mês que vem o valor do principal mais o rendimento (hoje na taxa de 0,6% a.m.) será de R$ 1.006,00. Só que se a inflação for de 0,5% nesse período, a rentabilidade real cai para R$ 1.001,00. "Onde foram parar os R$ 5,00 do meu investimento?" Calma, calma. O valor será de R$ 1.006,00, mas o seu poder de compra foi vigorosamente diminuído. No longo prazo (e, portanto, em um investimento importante) esse fator é crucial e determinante para que a mágica dos juros compostos funcione de forma muito favorável a você!

Certo. Entendemos que caderneta de poupança pode ser usada para fundo de emergência e para poupar para compras de curto prazo. Mas, então... onde investir?

Primeiramente, dinheiro tem que ter finalidade. Determine qual o seu objetivo: uma casa, um carro, um curso no exterior, aquela viagem dos sonhos, o intercâmbio... sonhe, defina o que você quer e coloque PREÇO.

Segundo: qual é o prazo, o horizonte de tempo que você quer ou imagina poder conquistar seu sonho? Seja realista. Sonhar faz bem e alimenta a motivação, mas trate de ser prática nesse momento de realidade.

Terceiro: qual o seu perfil como investidora? Responder essa pergunta já define o escopo dos investimentos que não vão tirar seu sono. Você é conservadora, é moderada, é arrojada? Existem testes na internet e, inclusive, nos bancos para determinar seu perfil. Além do mais, o resultado dos testes é muito relativo: você pode ser considerada conservadora, mas experimentar o ambiente de bolsa de valores!

Quarto: quanto de dinheiro você tem disponível para investir? Aqui começamos a desenhar melhor o plano de investimentos. A partir do montante mensal destinado ao investimento é que podemos ter ideia de quais produtos financeiros acessar. Por exemplo: com um pouco menos de R$ 200,00 você pode acessar os títulos do tesouro direto (em que você se torna credora do Governo Federal), dependendo de qual título você escolher. Acesse o post no blog do professor Elisson de Andrade e aprenda O que é Tesouro Direto. Ainda mais: com menos de R$ 200,00 (desconsiderando taxas) você consegue comprar ações! Isso mesmo: consegue ser investidora na bolsa de valores! E sabe o que é mais interessante sobre o público feminino e a bolsa? As mulheres sempre são mais conservadoras que os homens nesse ambiente. Além do mais, têm a família como preocupação principal - características positivas para quem pensa em investimentos de longo prazo. O público feminino não conta com o dinheiro imediatamente, têm um prazo de sete, dez anos. Além disso, querem dar melhores condições de vida aos filhos e, no futuro, abrirem o próprio negócio. Pensam na longevidade - querem viver mais e viverem bem.

Usando as palavras do amigo Eduardo Leitão: "a bolsa tem a obrigação de ter crescimento patrimonial acima das outras aplicações, pois ela é composta por empresas, e não por capital somente."

Por fim, seguem algumas orientações básicas:

Se informe. Leia muito a respeito, converse com as pessoas mais experientes antes de dar o primeiro passo.

Planeje. Se ainda não tem dinheiro para comprar ações, reserve uma quantia por mês e aplique em Fundos de Renda Fixa, que tem um rendimento maior que a poupança. Não fique achando que, por não ter dinheiro, não há como investir. É preciso começar de algum lugar. Tente reservar pelo menos 10% do seu salário.

Perca o medo. O medo diminui quando se está bem informado. Todo mundo sabe que existem riscos. Se tiver muito medo, não entre. Espere mais um pouco e se informe mais. É um investimento de risco, mas riscos nós passamos todos os dias das nossas vidas.

Cuidado ao escolher as ações. Num primeiro momento, é preferível escolher empresas mais estáveis como a Petrobrás e Vale, que são as mais procuradas. O rendimento é tão bom quanto as outras, porém os riscos de perda são bem menores.

Invista sempre. O retorno vem a longo prazo. Mais importante que investir muito é investir sempre.

Não compare rendimentos. Se você comprar ações de uma empresa X de manhã e outra pessoa comprar horas depois, os rendimentos serão diferentes. Não se paute no lucro dos outros. Investimento é único, não tem como comparar.

Tenha paciência. Quem investe pensando no futuro geralmente se sai melhor.


Caso tenha alguma dúvida, fique à vontade para deixar seu comentário.

Bons investimentos!

20 de fevereiro de 2012

Feliz Ano Novo! (pós-Carnaval)

Eu sei que já estamos a quase 60 dias desde que 2012 começou. Mas, sabemos também, que o Brasil começa a andar agora, depois desse recesso de Carnaval. Sei que não são todas as pessoas que são assim, não quero ser injusto. Mas a ressaca mental começa a se desfazer por completo nessa época - pelo menos é o que se espera.

Costumo voltar com certa frequência àquilo que eu desejei ao dar "os três pulinhos nas ondas da praia": às metas e objetivos para 2012. É sempre interessante namorarmos de tempos em tempos nossos sonhos: seja para ver se vale a pena manter o namoro e (por que não?) aumentar e reforçar o desejo, o compromisso.

Nesses quase 60 dias de 2012, quais iniciativas você já tomou para mudar sua vida? É comum lembrarmos das metas de melhorar a alimentação, perder peso, trabalhar menos (ou de forma mais eficiente), ficar mais com a família, e, pensando em dinheiro: cuidar das finanças, livrar-se das dívidas, começar a investir. Ainda é tempo de fazer acontecer, colocar em prática. Só não espere demais, porque o ano pode (e vai) passar e você pode ficar com a "sensação de que esse ano não fez nada, mas que ano que vem vai ser diferente!".

Um dos primeiros passos para atingir seus objetivos financeiros, senão o passo fundamental, é fazer e estruturar um orçamento pessoal/familiar. Muitos podem considerar esse exercício algo "muito chato". Mas só essa predisposição a ser "chato" já se cria um desânimo e falta de compromisso com seus desejos. Além do mais, devemos sempre lembrar que um orçamento pessoal não existe para te limitar, criar correntes, prender. Não, não... existe para GARANTIR que você realize seus sonhos, os sonhos que exigem dispêndio ou acúmulo de recursos financeiros. Não podemos contar com a sorte de ganhar na loteria...  nada de contar com a  deusa da boa sorte! Aliás, um antigo ditado, que enxergo ser bem verdadeiro, aborda essa questão de sorte de um ponto de vista peculiar: "A sorte é o encontro da oportunidade com a preparação". Resumindo: faça a sua parte; se o acaso (a sorte) acontecer ele fará a parte dele.

Outro ponto importante a se pensar e a se ajustar é que você, ao fazer o planejamento, não deve focar TOTALMENTE em suas despesas para depois sonhar e colocar no orçamento os recursos destinados ao que você quer. Procure fazer ao contrário: sonhe primeiro, defina quanto custa, em quanto tempo quer e pode alcançar (de forma bem realista, tendendo a ser conservador) e daí ajuste as suas despesas. "Ah, tenho que me mexer com minhas despesas?" Sim, tem. Muitas delas podem ser modificadas (até para melhor) para que você adeque seu padrão de vida e conquiste seus sonhos. É uma questão de escolha. Aliás, o tempo todo trata-se de escolhas. Não precisamos viver somente o futuro e muito menos somente o presente. Um dos significados de se planejar é viver bem hoje, de acordo com suas posses, mas jamais esquecer do amanhã que, provavelmente, chegará! Pelo sim ou pelo não, é preferível se precaver.

Não se esqueça de colocar tudo o que vai comprometer sua renda durante o ano e até no ano seguinte, se possível: presentes, IPVA, IPTU, as parcelas de bens já adquiridos, gastos com as despesas mensais... enfim... tudo o que vai sair. E: adeque sua vida financeira. Se puder ganhar mais dinheiro, ganhe. Mas não precisa se matar de trabalhar para conquistar seus sonhos: aprenda a administrar melhor as suas finanças.

Faça um orçamento, execute-o, monitore-o, faça os ajustes necessários e continue nesse ciclo. O hábito será formado aos poucos, mantenha-se firme e persistente. Continue a aprender sobre finanças, investimentos, orçamento doméstico. E, se precisar de ajuda, consulte um consultor financeiro seja para ajudar a fazer o planejamento, seja para ajudar na mudança comportamental durante esse processo - muitas vezes esse profissional assume o papel de um "Personal Finance".

E, mais uma vez: Feliz Ano Novo!

12 de fevereiro de 2012

Carnaval: divirta-se com consciência!

O ano já começou, mas alguns dizem que o Brasil só começa mesmo depois do Carnaval. Sendo ou não verdade, o fato é que devemos ser cuidadosos com nossas finanças que nessa época podem fugir ao controle. São muitas tentações: curtição, viagens, abadás, Salvador, trio elétrico, cidades históricas, feriado prolongado e muitas outras. O mais importante, em todo caso, é se programar antecipadamente. Isso proporciona a diversão em lugares bacanas e com menor dispêndio financeiro.

Mas e para as pessoas que não se programaram, aliás, estão fazendo as coisas "de última hora"? Calma, ainda existem alternativas. Porém, é provável que se tenha de abrir mão dos lugares badalados. Uma alternativa interessante é procurar por lugares onde não pertencem a rota do Carnaval. Algumas cidades do interior oferecem grande diversão e têm um custo muito mais baixo do que, por exemplo, o Rio de Janeiro. 

Outra dica importante é revirar a internet: existem locais (pousadas, hotéis, dentre outros) que estimavam receber certo público e que, na medida em que o carnaval se aproxima, oferecem bons descontos baixando seus custos. Mas tem que se pesquisar, claro. Vale lembrar que também é interessante acionar sua rede de contatos: pode acontecer de algum amigo ter alugado um lugar bacana e ainda ter vaga disponível da qual você pode usufruir.

Por outro lado, se você não tem condições de viajar, não tem ideia de como curtir seu Carnaval, vai uma dica interessante: aproveite o que sua cidade tem de melhor! Não se esqueça que existem teatros, museus, zoológicos, parques, cinemas, aquários... enfim, várias opções de lazer.

Não se esqueça: pesquise, pesquise, pesquise! E divirta-se!

31 de janeiro de 2012

Procrastinação Financeira


Começo esse post com uma palavra pouco usual, que, talvez, alguns não tenham sequer o conhecimento do significado dela: Procrastinação. Portanto, vamos defini-la um pouco melhor. O verbo procrastinar significa: “Deixar para depois. Adiar, espaçar, delongar, protelar, postergar”. Infelizmente, esse hábito pode levar a situações muito delicadas quando se trata das nossas finanças, pois, muitas vezes, deixamos de assumir a responsabilidade sobre a nossa vida financeira, ficando para depois esse momento tão fundamental.

Alguns justificam que não têm tempo para criar um orçamento pessoal; alguns até o criam: mas na hora de colocar em prática... o momento da ação fica para semana que vem ou mês que vem, porque “aí eu posso me programar para isso” (lembra muito a ideia do regime alimentar: “na segunda eu começo”). Pura desculpa! As semanas passam, os meses passam, os anos passam e a pessoa mal saiu do lugar. Ou, então, quer começar a criar suas reservas para a aposentadoria ou independência financeira, mas nem o primeiro passo é dado para organizar esse plano tão importante de modo inteligente... e o tempo vai escoando... Lembre-se que esse recurso, o tempo, é igual para todos nós e ele é implacável: não volta jamais!

O hábito de procrastinar (sim, é um hábito!) acaba por se estender por toda a sua vida: é um amigo que você deixa para visitar depois (e acaba visitando-o uma vez por ano e olhe lá!); é a dívida que não se resolve e vai virando uma bola de neve viva; são os sonhos que vão sendo colocados de lado devido  “a correira do dia-a-dia”; é aquela oportunidade de trabalho ou negócio que faria com que você desse uma alavancada em sua carreira, mas, por medo, insegurança ou pelo simples hábito do “depois penso nisso”, o tempo passa, perde-se uma boa chance e muitas vezes nem se avalia – e vem a desculpa esfarrapada: “Ah... não era pra mim mesmo...” Não era mesmo... as oportunidades existem e estão aí para quem estiver preparado para agarrá-las. Não estou falando que se deva fazer as coisas de modo impensado, não mesmo. Porém é necessário que se tome uma atitude, mesmo que ela seja a de não se fazer nada (mas de caso pensado!).

Mas, o que fazer? Aprendi que, essencialmente, existem dois tipos de hábito: o hábito de fazer e o hábito de não fazer. Parece óbvio demais... e é! As verdades, quando ditas, são simples, porém profundas. Então, se você deseja controlar o seu dinheiro, SAIA DA INÉRCIA MENTAL (faça alguma coisa!) e desenvolva um orçamento compatível com seu padrão de vida. Não se esqueça de colocar em primeiro lugar seus sonhos: a viagem, a casa, a independência financeira (acesse esse link e acompanhe um casal que está indo rumo à esse sonho), o carro, o curso de graduação, mestrado, doutorado ou qualquer outro, dentre vários sonhos. Você vai perceber que não dá para colocar todos os sonhos em ação ao mesmo tempo. Alguns não serão possíveis de se realizar: muitas vezes ou é um ou é outro – tem que se escolher, não tem jeito. Recomendo que anote todos eles, e especifique quanto custaria para realiza-lo em valores de hoje. Depois, defina dentre eles quais são as suas maiores prioridades, mas não escolha mais que dois ou três para focar. Trace um plano. Determine o prazo realista para a conquista desse sonho. Determine como e onde vai aplicar seu dinheiro para realiza-lo. Não se esqueça de considerar seu perfil de investidor além de outras questões como inflação, imposto de renda e os custos que incidem na aplicação. Dê um nome para seus sonhos: isso evita que se fique tentado a consumir coisas supérfluas durante a trajetória. Sonhos definidos. Sonhos planejados. Continue a construir seu orçamento. Não deixe para terminar depois - nada de procrastinação!

Existem, basicamente, sete áreas em que nós temos custos ao longo de nossas vidas. A saber: alimentação, moradia, saúde, transporte, lazer, vestuário e educação. Em algumas delas podemos ter gastos mais esporádicos (vestuário, por exemplo), enquanto noutras o gasto é necessário para a sobrevivência (sim, inclua o lazer – ele é importante para a saúde emocional e mental). Esse é o momento em que muita gente pode gritar: “Eu? Fazer um orçamento pessoal e ter que segui-lo? Eu não! Prefiro viver livremente!”. A maioria das pessoas que diz isso muito provavelmente está dura ou quase lá. Um orçamento, muito pelo contrário, traz liberdade: GARANTE que você realizará seus sonhos (primeiro os seus sonhos, não foi assim que se conduziu o processo?) e que estará controlando suas despesas pessoais assim como gastando bem seu dinheiro – afinal, você sabe para onde ele está indo! É só uma questão de mudança de ponto de vista: em vez de te acorrentar, o orçamento pessoal (se feito de maneira adequada) te liberta. Mas acaba por aqui? Não, não mesmo.

O último passo, e tão essencial quanto o planejamento, chama-se EXECUÇÃO. Não é porque estamos no meio da semana que você vai começar a aplicar seu orçamento pessoal na segunda que vem o que já era para ter sido colocado em prática no ano passado (ou antes!). A ação (e não a inação) é que vai determinar o seu sucesso. Planejar com o tempo se torna mais fácil, mais familiar – e recomendo duas coisas: revisão, no mínimo trimestral; e acompanhamento, no mínimo mensal. Mas o dia-a-dia é que fará com que você atinja ou não as suas metas: que faça dos seus sonhos realidade. E sabe o que mais? Não depende de ninguém: SÓ de você mesmo.

Muito provavelmente, se você é um procrastinador, ficará desconfortável em colocar todas essas resoluções em prática. Mas não deixe de fazer o planejamento. Não deixe de executar. O seu hábito de procrastinar pode ser mudado. A maneira mais prática de eliminar o hábito de não fazer é fazendo! É um dos caminhos mais simples! Mas como mudar um hábito? Vigilância constante, persistência, foco em seus sonhos, desejo e a simples EXECUÇÃO. Paro por aqui – por enquanto...

Mas, e você? Vai assumir a responsabilidade sobre suas finanças ou serão elas que mandarão em sua vida? 

22 de janeiro de 2012

Grupo de apoio: um conceito diferente para lidar com as suas finanças


Todo mundo sabe o quanto é trabalhoso mudar hábitos. Quando você se compromete definitivamente a mudar ou fazer alguma coisa a tendência é que consigamos realiza-la. Mas existe um caminho entre o compromisso e a realização – exige, sim, muito esforço, coragem, determinação e disciplina. E quando se trata de finanças pessoais, muitas vezes é necessário mudar e melhorar principalmente a forma como se consome.

É bem como fazer dieta para perder peso: no início, nas primeiras semanas e até os primeiros meses, é difícil resistir às tentações. O hábito negativo (ou vício) pode ressurgir várias vezes, e são nesses momentos que sua força de vontade e resiliência serão testados. Ninguém pode fazer as mudanças por você – ninguém além de você mesmo, claro...

Uma estratégia, que inclusive está sendo objeto de estudo nos Estados Unidos, é formar grupos de apoio, bem no estilo dos Alcoólicos Anônimos ou Vigilantes do Peso – de forma simplista, sabemos que nesses dois grupos as pessoas recebem orientações de algum especialista que assiste o grupo em questão, mas, principalmente, compartilham experiências positivas ou não sobre o que estão tratando. O foco é que as pessoas do grupo (re) construam suas vidas a partir de realizações semana após semana, atingindo, assim, seus objetivos: que no caso são, respectivamente, eliminar o vício do álcool e perder peso para melhorar a saúde. Acesse o link do artigo aqui.

A ideia poderia ser aplicada às finanças pessoais. O grupo de apoio tem o poder de modificar comportamentos e incentivar as pessoas a realizarem seus sonhos, a atingirem suas metas. Um estudo realizado por pesquisadores estadunidenses e chilenos realizaram um experimento com um grupo de empresários que se encontravam semanalmente para conversar e expor suas derrotas e sucessos relacionados à suas finanças; além disso, essas pessoas estabeleceram suas metas de poupança semanal com o propósito de atingirem seus objetivos. O resultado foi o seguinte: esse grupo de empresários poupou cerca de 11% de sua renda, duas vezes mais do que um grupo monitorado que não tinha essas reuniões semanais.

Por outro lado, existem os aspectos negativos. De acordo com Brigitte Madrian, economista e professora de Harvard que participou deste estudo, o efeito causado por esse tipo de grupo pode ser contrário. Mesmo quando a pressão é aplicada na direção certa, muitas vezes acontece um efeito bumerangue, fazendo com que as pessoas executem exatamente o oposto do que são incentivadas. Isso foi constatado a partir de outro estudo realizado com um grupo de funcionários de determinada empresa que relatou que os pares (colegas) que não receberam a mesma informação que eles conseguiram poupar mais ao contribuir com um plano de previdência empresarial, o 401(k) [espécie de plano de aposentadoria muito comum nos EUA]. Por outro lado, a eficácia da pressão pode também depender se as metas estão ao alcance de forma realista. Daí a importância de um acompanhamento profissional para esse tipo de grupo: um planejador financeiro, por natureza da profissão, deve ser a “voz da razão” quando seus clientes estão sonhando – muitas vezes ele é quem vai dizer se e quando dá ou não para atingir o que a indivíduo/família deseja com base na situação atual e, talvez, futura.

Com certeza essa é uma ideia arrojada, mas é um plano que pode ser melhor trabalhado e, com isso, possivelmente replicado e aplicado no Brasil.

16 de janeiro de 2012

IPVA, IPVA... tem que pagar, né?!


Hoje começa o vencimento do IPVA. É o momento de definir se vai pagar a parcela única com desconto ou se vai parcelar o imposto em três vezes.


Se o imposto já é pesado para quem vai pagar o IPVA vindouro, imagina para quem está com o IPVA de 2011 atrasado? Infelizmente, essa é uma situação delicada que acontece. Para se ter ideia, de acordo com o DETRAN-MG, cerca de 17% da frota mineira está em situação irregular. Além dos riscos, o condutor que for parado pode ter seu veículo apreendido, sofrerá perdas de pontos na carteira de habilitação e terá que arcar com as despesas relacionadas a esse veículo.

O valor do IPVA é calculado de acordo com o modelo e o ano do veículo e vai até 4% do valor do bem de acordo com a tabela FIPE – carros até 4% e moto até 2%. Além do mais, existe o seguro obrigatório –DPVAT– e a Taxa de Licenciamento. Sim, não é nada barato. O pior é que o imposto (na maioria das vezes) não é bem aplicado e com isso tem-se a sensação de que o que se está pagando não retorna para a população em forma de benefícios. Aqui em Minas, pagando-se à vista, tem-se o desconto de 3% sobre o imposto.

Mas é melhor pagar à vista ou parcelar? Se você tiver o dinheiro para pagar o imposto de forma integral, prefira o pagamento à vista. Comparando à renda fixa, não existe aplicação financeira que renda 3% ao mês, portanto, aproveite o desconto. Caso não tenha outro jeito, parcele. A quitação integral se dará em março, mas é melhor (muito melhor, obviamente) do que ficar inadimplente. se você não tem dinheiro para pagar o imposto, procure linhas de financiamento nos bancos para essa finalidade. Não é o melhor dos mundos, mas ao menos você fica em dia com essa obrigação.

Uma orientação importante é a seguinte: se você sabe que vai ter que pagar o imposto e as taxas no ano seguinte, sabe o valor aproximado que ele vai custar, por que não poupar ao longo do ano para que quando chegar 2013 você quitar a obrigação com desconto? Assim, quando essa época chegar você terá construído para si, ao longo do ano, a tranquilidade da quitação integral desse compromisso.


15 de janeiro de 2012

Demanda reprimida: cuidado na hora de satisfazê-la!


Demanda reprimida poderia ser definida como a capacidade de consumo de algum bem ou serviço que não se concretiza por algum motivo, seja por falta de renda, falta de produção, falta de infra-estrutura para sua utilização, etc...

Um exemplo bem claro é o que tem acontecido no mercado imobiliário brasileiro: especialmente devido a falta de crédito, o Brasil tem uma enorme demanda por imóveis, por construção civil. Isso, antes da facilitação de acesso ao crédito, fez com que os imóveis se valorizassem mais devagar e tivessem uma liquidez (facilidade de vender e comprar) bem reduzida. Com o crédito farto e a diminuição das taxas de juros o cenário se modificou e observamos uma expressiva valorização do mercado imobiliário, bem como o aumento da facilidade de se comprar e vender o que alimentou (e alimenta) a demanda por esse tipo de bem. Outro exemplo, um pouco mais distante, foi quando se deu a mudança da moeda brasileira através do plano real: pode-se observar um aumento expressivo do consumo de iogurte e refrigerantes, pois o poder de compra naquele momento melhorou significativamente.

De fato, a identificação de uma necessidade não satisfeita pode ser uma oportunidade, inclusive, para empreender. Mas falando do aspecto das finanças pessoais, a satisfação quase que imediata dessa demanda pode ser um risco se não houver um planejamento e uma administração das expectativas de consumo.

Consumir faz bem, todo mundo sabe. Mas o maior cuidado que temos de tomar é o de consumir com consciência. Devemos sempre procurar diferenciar os desejos das necessidades, pois são esses dois mundos que ditam grande parte das nossas decisões de gastar o nosso rico dinheiro.

É óbvio que se tivermos a oportunidade temos o prazer de satisfazer nossos anseios. Mas aqui deixo uma questão básica para se refletir e, com isso, racionalizar a decisão: é um desejo ou uma necessidade? Lembre-se: especialmente as grandes decisões podem (e vão) impactar aquilo que você mais almeja. Portanto: calma e cuidado!

10 de janeiro de 2012

O segredo da vida está dentro de você!

Ontem eu vivenciei uma situação inusitada, que, a princípio, mostrou-se de elevado risco. Eu fui abordado por um rapaz que estava bastante alterado. Como instinto de reação eu me preparei para uma possível fuga e, se fosse o caso, uma luta. Nunca precisei usar minhas habilidades e conhecimentos em artes marciais em ninguém e espero continuar com essa marca pelo resto da vida. E, felizmente mais uma vez, não precisei usar nessa ocasião.

Vou resumir o conteúdo da conversa e, depois, apresentar meu ponto de vista.

Esse rapaz se disse ex-presidiário, queria tomar uma pinga, e estava muito alterado. Sua voz era rouca, suas reações corporais eram involuntárias, como se de fato estivesse entorpecido. Mas, naquela situação, acabei conversando com ele enquanto caminhava para o ponto de ônibus. Ele disse que tinha matado uma pessoa e por isso tinha sido preso. Porém, agora, devido a condição de discriminação, ele não conseguia trabalho, não conseguia abrigo e vagava por aí. Perguntou insistentemente se Deus o perdoaria pelo que ele fez e o convenci de que sim, desde que ele se sentisse perdoado. Depois, ao chegar ao local onde esperaria meu ônibus, ele confessou que precisava era de uma palavra, alguém que pudesse clarear um pouco a mente dele. Pediu, novamente, que eu lhe desse dinheiro, mas não dei. Sabia que se o fizesse ele se intoxicaria ainda mais e eu poderia, direta ou indiretamente, provocar mais mal que bem.

Isso me fez refletir em como a maioria de nós é abençoada e que como podemos mudar o mundo (no mínimo o nosso e das pessoas mais próximas) se tivermos a vontade suficiente para mudar a nós mesmos. Esse rapaz está numa situação de risco em que ele pode prejudicar a si mesmo e outros indivíduos - o que pode ser muitas vezes pior por se tratar de pessoas inocentes. Mas qual a raiz disso tudo? A meu ver, chama-se educação. Não é bem a educação formal, de dentro das escolas, faculdades e outras instituições de ensino. É a educação proveniente da formação familiar. Ele tem culpa do que fez no passado? Sim, provavelmente sim. Mas as influências que ele recebeu de seus familiares, pessoas de referência, da própria sociedade, enfim, o que ele absorveu trouxe ao seu estado atual.

Isso me traz a um assunto importantíssimo para todos nós: o condicionamento de nossa mentalidade. Basicamente, somos influenciados de três formas: condicionamento verbal (o que você ouviu quando era criança), exemplos (o que você viu quando era criança) e episódios específicos (que experiências você teve quando criança). Essa tríade é poderosíssima e, geralmente, ela traz todos os impactos inconscientes em nossas vidas.

O primeiro passo para mudar nossa realidade interna (e a meu ver o mais difícil) é a conscientização. Trata-se da identificação de algum comportamento e modo de pensar que te prejudique ou que te proporcione reações e sentimentos ruins. Após a conscientização, devemos entender que essa forma de pensar (e, consequentemente, agir) não é nossa: foi aprendida de fora. Qualquer uma das três formas de condicionamento são externas e elas foram aprendidas de alguém: essa é a fase do entendimento. Depois, com esses pensamentos/comportamentos claros e definidos, temos o poder de decidir mantê-los ou mudá-los: essa é a etapa de dissociação. Por fim, temos, das mesmas três formas (condicionamento verbal, episódios específicos e exemplos), re-estabelecer novos e melhores hábitos: a fase de recondicionamento  (não é a mais difícil, mas a mais trabalhosa). Esse é um processo que pode ser demorado, especialmente quando se trata de nos desenvolvermos ao ponto de mudar hábitos. Geralmente, são meses de vigília e auto-monitoramento, até que, em determinado momento, você começa a executar as ações propostas de forma automática, sem pensar.

O que eu quero propor com essa reflexão? Se você, leitor, tem a oportunidade de ler esse post (e qualquer outra informação na internet) saiba que você já tem tudo o que precisa para mudar a sua vida. Tem que estudar mais, tem que se aperfeiçoar, entender como funcionam os mecanismos mentais? Claro que sim. Dá trabalho? Depende do seu nível de interesse. Quando o verdadeiro desejo vem à tona, mesmo que pareça algo impossível de se realizar, nós realizamos justamente esse "impossível". Sei que não são todas as pessoas que têm gosto ou interesse por esses assuntos, mas ao menos deveriam aprender como se aperfeiçoar. Se cada consciência individual se elevar, a consciência de toda raça humana também se elevará e criaremos um mundo, um ambiente muito melhor na nossa breve jornada terrestre.

"Tudo aquilo que a mente do ser humano criar e acreditar pode ser feito" -Napoleon Hill