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27 de novembro de 2009

O Controle de Risco: uma das ferramentas mais importantes para o sucesso nos investimentos

Aprendi na última aula de Análise Técnica um item extremamente importante para o sucesso em investimentos: O Controle de Risco.

O professor Fabiano Mariani, explanou e demonstrou de modo muito claro que, muitas vezes, perdeu dinheiro por não saber da existência dessa ferramenta ou por não usá-la com método e disciplina (principalmente).

Segue abaixo uns tópicos que devem ser sagradamente seguidos para se conseguir ganhos consistentes e contínuos na área de investimentos.


Considerações iniciais

Os melhores Analistas Gráficos não obtêm sucesso em mais que 50% ou 60% de suas operações.

Mais importante no mercado não é fazer uma excelente operação, e sim obter no longo prazo uma curva de capital sempre ascendente.

Ser um ótimo Analista Técnico é diferente de ser um ótimo Trader.


O Controle de Risco trata-se de um conjunto de regras simples para que mesmo com um índice médio de acertos e até mesmo maior número de erros o Trader possa gozar de riscos controlados e seu capital sempre em trajetória crescente.

Regras:

1 – Somente operar ativos que tenham boa liquidez

2 – Nunca expor ao risco mais que 2% do capital total em uma única operação


3 – Nunca se Permitir perder mais que 6% do seu capital total em um único mês



Vamos detalhar:


1 – Somente operar ativos que tenham boa liquidez

Buscamos tomar posições onde e quando as probabilidades estejam mais a favor do que contra.

Como a Analise Técnica busca interpretar o comportamento da massa, é de extrema importância que os preços dos ativos operados reflitam a opinião de um grande numero de participantes do mercado.


2 – Nunca expor ao risco mais que 2% do capital total em uma única operação

“Não existe Stop longo. O que existe são posições maiores que seu capital suporta”.

Esta é a regra permite definir a quantidade máxima de ações a serem compradas em cada operação a partir do preço de compra e do preço de venda no prejuízo caso o mercado não se comporte conforme o esperado (Stop).

Qm = 0.02 · Ct / (Pc - S)

Onde:

Qm é a quantidade máxima
Ct é o capital total
Pc é o preço de compra
S é o Preço de Stop

Para um capital teórico de 100.000,00 o Trader poderia expor ao risco no máximo 2.000,00 (2%) em uma única operação. Imagine que ele após ter feito o estudo gráfico tome a decisão de comprar PETR4 ao preço de 31,00 e tenha determinado um Stop seguro abaixo de um suporte no valor de 28,50. Desta forma ele estará exposto a um risco de 2,50 por ação e como só é permitido colocar em risco no máximo 2.000,00 de seu capital, logo o numero máximo de ações a serem compradas é 800 ações ou 8 lotes (2.000 / 2,50).


3 – Nunca se Permitir perder mais que 6% do seu capital total em um único mês

Os efeitos psicológicos gerados pela perda consecutiva de no mínimo três operações são devastadores.

Nas instituições, quando um operador atinge a marca de 6% em perdas consecutivas do capital pelo qual é responsável ele é sumariamente posto de licença pelo período de um mês pelo seu gerente de risco.

Ao montar três operações com exposição de 2% cada uma, o Trader fica proibido de montar novas operações tendo em vista que se as três derem erradas ele comprometerá o limite máximo de 6% do Capital.

Novas operações somente poderão ser montadas quando uma das operações tiver evoluído de acordo com o esperado permitindo um ajuste no Stop.


Retorno x Risco

Sempre que possível devemos identificar o possível alvo para a operação e avaliar a relação entre o Retorno e o Risco.

1 – Lucro por ação (caso o Trade se desenvolva para o objetivo)

2 – Prejuízo por ação (caso o Trade se desenvolva para o Stop)

3 – Lucro por ação / Prejuízo por ação

Considera-se apropriada uma relação mínima de 2

25 de novembro de 2009

Negocie de modo firme e pesado - e veja os vendedores concederem descontos de maneira relativamente fácil!

No último sábado, depois que sai do trabalho, fui fazer uma compra importante para meu futuro lar: a geladeira. Essa compra já havia sido adiada por muito tempo, mas como em breve eu e minha mulher mudaremos para nossa casa (ou apartamento), tivemos que ir às compas. Chegamos à rua onde tem muitas lojas de eletrodomésticos, demos uma olhada nos preços das principais concorrentes (fora que antes já havíamos pesquisado em site e ficamos atentos à TV) e, entrando numa dessas lojas, estávamos olhando um refrigerador. Até que: fomos abordados por uma vendedora. A vendedora tratou de mostrar outros modelos além daqueles que estavam expostos na frente da loja. O que percebemos é que, a medida que adentrávamos na loja, os refrigeradores encareciam. Estávamos em busca de baixo custo, baixo preço e o básico para essa necessidade. No momento atual (e nos próximos anos) não ficaremos muito em casa, pois é um momento de alta produtividade para nós dois.

Bom, vamos aos números: o refrigerador em que minha mulher achou interessante e nos atendia custava, de acordo com o cartaz afixado no produto, R$ 679,00. Pedindo a vendedora para consultar a disponibilidade ela passou rapidamente por uma tabela que tinha uns 8 preços diferentes, variando de R$ 629,00 à R$ 769,00. Então, logo percebi que ela tinha "cartas na manga". A vendedora perguntou de que maneira pagaríamos; perguntei todas as condições: carnê (com juros absurdos!), 12 vezes "sem juros" no cartão de crédito), à vista.

Depois de saber das condições, comecei a negociar: de cara disse que pagaria à vista. Aí ela disse que o preço seria R$ 679,00 e não tinha como mexer, que era igual ao preço do cartão... percebendo que ela estava ávida para vender e também estava com uma cara de cansaço peguei pesado (na realidade ela que me deu os argumentos): como é que 12 vezes no cartão é sem juros sendo que a administradora cobra taxa e eu pagaria no dinheiro e não receberia desconto? Ela arregalou os olhos de tal forma... (vocês precisavam ver! hahaha). Peguei a calculadora, comecei a fazer contas (a vendedora inquieta! [como uma calculadora causa medo! Se fosse uma HP, então... hahaha]) olhando quanto que tinha de taxa embutida... aí por fim (e rapidamente) ela desistiu e me deu o desconto máximo que ela podia: 7,94%.

Acredito ter feito um bom negócio! hehe

Além disso, depois quando a vendedora estava fechando o pedido ainda tentou me "empurrar" mais um serviço que vi como desnecessário: um seguro de mais um ano além da garantia da própria fabricante. Percebi que ela estava tentando recuperar o desconto que me deu, mas fui incisivo explicando que não era necessário.

O que quis dizer com esse relato pessoal? Fim de ano já chegou e com certeza (pelo menos para a maioria dos brasileiros) as compras para as festas ainda não foram feitas. Então: atenção, dedicação, negociação e persistência na hora de negociar a mercadoria mais valiosa em uma relação de consumo: o seu dinheiro.

Ah! E sempre tenham uma calculadora em mãos... mesmo não sabendo fazer as operações com destreza já causa aflição nos vendedores!

19 de novembro de 2009

O Toque de Midas

Estou lendo um livro muito interessante sobre Warren Buffet escrito por John Train: O Toque de Midas - Editora Best Seller. O livro trata de uma maneira simples e direta a vida de Buffet, além de suas estratégias, influências e aprendizado. Conta um pouco das operações que fez durante sua vida empreendedora e de sucesso - inclusive alguns fatos na Berkshire Hathaway.

Por curiosidade procurei saber sobre a história do Rei Midas. E, apesar de ser muito importante termos riquezas e as acumularmos, são ainda mais importantes as pessoas e as boas coisas e momentos da vida.

Só para compartilhar o momento, leiam o conto de "O Toque de Ouro", uma adaptação de O livro das maravilhas, de Nathaniel Hawthorne:


Era uma vez um rei muito rico chamado Midas. Ele possuía mais ouro do que qualquer outro no mundo inteiro, mas ainda assim não estava satisfeito. Nada o deixava mais feliz do que conseguir acrescentar um pouco mais à sua riqueza. Mantinha-o todo guardado em enormes cofres nos subterrâneos do palácio, e passava muitas horas por dia contanto e recontando seu tesouro.

O Rei Midas tinha uma filhinha chamada Áurea. Amava-a com verdadeira devoção, e dizia: "Ela será a princesa mais rica do mundo!"

Mas a pequena Áurea nem se importava com isso. Adorava seu jardim, as flores e o sol, mais do que a riqueza do pai. Ficava sozinha a maior parte do tempo, pois o pai estava sempre ocupado, buscando novas formas de conseguir mais ouro, e contando o que já possuía, de tal sorte que quase nunca tinha tempo para contar-lhe histórias ou passear, conforme deveriam fazer todos os pais.

Um dia, o Rei Midas estava na sala do tesouro nos subterrâneos do castelo. Havia trancado as pesadas portas do aposento e aberto os enormes baús. Despejou todo o conteúdo sobre a mesa e pôs-se a brincar com o ouro como se o simples toque o deixasse satisfeito. Fazia-o escorrer entre os dedos e sorria ao ouvir o tilintar das peças, qual doce melodia. De repente, uma sombra se projetou sobre a pilha de objetos. Ao levantar os olhos, deu com um estranho trajando roupas brancas brilhantes e sorrindo para ele. Soergueu-se, surpreso. Não se esquecera de trancar as portas! O tesouro, então, não estava seguro! Entretanto, o estranho continuou sorrindo.

- Vossa Excelência tem muito ouro - disse ele.

- Tenho, sim - disse o rei -, mas é pouco comparado a todo o ouro que existe no mundo!

- Ora! Esse ouro todo não satisfaz a Vossa Excelência? - perguntou o estranho.

- Ora, essa! - respondeu o rei - Mas é claro que não estou satisfeito. Passo longas noites acordado planejando novas formas de conseguir mais. Gostaria de poder transformar em ouro tudo que toco.

- É isso que Vossa Excelência realmente deseja?

- Claro que sim! Nada haveria de deixar-me mais satisfeito.

- Pois o desejo de Vossa Excelência será atendido. Amanhã de manhã, quando os primeiro raios de sol adentrarem os aposentos, Vossa Excelência terá o toque de ouro.

Ao terminar de falar, o estranho desapareceu. O Rei Midas esfregou os olhos.

- Devo ter sonhado - disse ele -, mas como eu ficaria feliz se isso fosse verdade!

No dia seguinte, o Rei Midas acordou quando a primeira luz do dia se fez presente em seus aposentos. Esticou a mão e tocou as cobertas da cama. Nada aconteceu. - Eu sabia que não poderia ser verdade - exclamou, desapontado. Naquele exato momento, entraram pelas janelas os primeiros raios de sol. As cobertas onde estava encostada a mão do rei transformaram-se em ouro puro. - É verdade! É verdade! - gritou ele, muito contente.

Saltou da cama e correu pelo aposento tocando em tudo que havia. O manto real, os chinelos, os móveis, tudo virou ouro. Foi até a janela e olhou para o jardim de Áurea. - Vou fazer-lhe uma boa surpresa - disse ele. Desceu ao jardim e tocou todas as flores da filha, transformando-as em ouro. - Ela ficará muito satisfeita - pensou.

Voltou aos seus aposentos para aguardar a chegada do café da manhã; e dispô-se a retomar a leitura da noite anterior, mas assim que suas mãos tocaram o livro, o objeto se transformou em ouro maciço. - Não posso ler, assim - disse o rei -, mas, ora, é bem melhor ter um livro de ouro.

Naquele exato momento, um criado entrou nos aposentos, trazendo-lhe o café da manã. - Que beleza! Vou começar pelo pêssego, que está vermelhinho de tão maduro.

Pegou-o então, mas, antes de conseguir comê-lo, já se havia transformado num pedaço de ouro. O Rei Midas o colocou de volta no prato. - É muito bonito, mas não posso comê-lo! - disse ele. Pegou uma broa de pão, mas também ela se transformou em ouro. Colocou a mão no copo d'água, mas tudo virava ouro. - O que vou fazer? Tenho fome e sede. Não posso comer nem beber ouro!

E logo a pequena Áurea entrou em seus aposentos. Ela estava chorando, muito sentida, e trazia nas mãos uma das rosas.

- O que houve, filhinha?

- Ah, papai! Veja o que aconteceu com minhas rosas! Estão todas duras e feias!

- Ora, são rosas de ouro, filha. Você não acha que estão mais bonitas agora?

- Não - disse ela, soluçando. - Não têm mais o agradável perfume que tinham. Não crescerão mais. Gosto de rosas vivas.

- Não se preocupe - disse o rei -, venha tomar seu café.

Entretanto, Áurea percebeu que o pai não comia, e que estava triste.

- O que houve, meu querido pai? - perguntou ela, aproximando-se. Deu-lhe um abraço, e ele a beijou. Mas, de repente, o rei soltou um grito de pavor. Ao tocá-la, o lindo rostinho transformou-se em ouro brilhante, os olhos não viam mais, os lábios não conseguiram beijá-lo também, os bracinhos não o estreitaram. Deixou de ser uma adorável e carinhosa menina; transformara-se numa estatueta de ouro.

O Rei Midas baixou a cabeça e os soluços o sobrepujaram.

- Vossa Excelência está feliz? - alguém perguntou. O rei levantou a cabeça e viu o estranho de pé a seu lado.

- Feliz! Como te atreves a perguntar uma coisa dessas? Sou o homem mais triste na face da terra! - disse o rei.

- Vossa Excelência tem o toque de ouro. E isso não basta?

O Rei Midas não tornou a olhar para o estranho, nem respondeu.

- O que Vossa Excelência prefere: comida e um copo d'água fresca ou essas pedras de ouro? - disse o estranho.

O Rei Midas não conseguiu responder.

- O que prefere ter, ó Majestade? Aquela estatueta de ouro ou uma menina que pode correr, rir e amá-lo?

- Ah, devolva-me minha filhinha Áurea e eu abdicarei de todo o ouro que tenho! - disse o rei. - Perdi a única coisa que realmente me valia ter.

- Vossa Excelência demonstra agora mais sabedoria do que antes - disse o estranho. - Vá mergulhar no rio que passa nos fundos do jardim, e depois leve um pouco da água para jogar sobre tudo aquilo que deseja ter de volta ao normal.

O estranho, então, desapareceu.

O Rei Midas levantou-se rapidamente e foi correndo até o rio. Mergulhou, pegou um bocado de água e retornou ao palácio. Jogou-a sobre Áurea e as cores voltaram a iluminar seu rosto. Ela tornou a abrir os olhinhos azuis. - Ora, papai! - disse ela - O que aconteceu?

Chorando de alegria, ela a pegou no colo.

Depois disso, o Rei Midas nunca mais se preocupou com ouro algum, a não ser o ouro que existe no brilho do sol e nos cabelos da pequena Áurea.

17 de novembro de 2009

Depois de um ano, ainda correndo atrás do prejuízo

Para os mais otimistas, o Brasil já saiu da recessão ou crise ou qualquer nome que queiram dar. Agora, para algumas empresas a coisa é bem diferente: algumas ainda amargam prejuízos em relação à suas altas.

De acordo com reportagem publicada no jornal O GLOBO edição de 16/11/2009, o Ibovespa ainda está 11,14% em relação a sua máxima histórica de 73.516 pontos no dia 20 de março de 2008; entre os papéis de subiram encontramos Natura (71,68%), Pão de Açúcar (44,57%) e Ambev (40,36%), empresas que, de alguma forma, são ligadas a consumo interno. Ou seja: o mercado interno que segurou a “marolinha”; mas ainda existem as que sofreram bastante: Aracruz (-75,14%), que teve perdas com derivativos cambiais, MMX (-51,03%), Usiminas (47,57%), Gerdau Metalúrgica (-37%) e Gerdau Siderúrgica (32,2%)

Mesmo diante de quedas tão assombrosas e espetaculares (além claro de maravilhosas recuperações) o Brasil vai bem e analistas dizem que o principal desafio hoje é levantar o G-7 – e nesse “bolo” fica a Matriz (EUA).


12 de novembro de 2009

Linhas, tendências, dicas de Análise Técnica

Penso que é importantíssimo estudar sempre as próprias finanças e nisso encontra-se a parte de investimentos que se expande para vários outros aspectos, dentre eles a Análise Técnica. Não vou falar de Análise Técnica por agora (talvez daqui algumas semanas quando estiver mais "maduro"), mas vou dar umas dicas que achei interessantíssimo partilhar:

Extraído de Elucubrações Grafistas

Em tempos de crise:

1) Esqueça as notícias e foque no seu gráfico. Na sua periodicidade: você não tem bola de cristal para saber como as notícias afetarão o mercado. O gráfico muitas vezes já sabe que as notícias estão vindo ou já as precificou;


2) Os preços têm memória. O que os preços fizeram da última vez que atingiram tal nível? As chances são grandes que eles farão a mesma coisa: Compre no primeiro pullback após uma nova alta. Venda no primeiro pullback após uma nova queda. Sempre tem uma multidão que perdeu o primeiro barco;


3) Compre no suporte, venda na resistência. Todos os grafistas vêem a mesma coisa e estão todos esperando para mergulhar nessa piscina. Venda no segundo topo, compre no segundo fundo. Após fortes tendências, o primeiro teste de um topo ou fundo raramente rompe;


4) Os players testam o ponto do último suporte/resistência. Esse é o PONTO... Entre (ou saia) aí... mesmo que doa;


5) Por último, fundos geralmente levam mais tempo para serem formados do que topos. A ambição age mais rápido do que o medo!



Bom fim de semana a todos!

10 de novembro de 2009

Sempre pense naquilo que é mais Importante

Ontem na parte da noite foi um momento muito interessante e diga-se de passagem: importantíssimo. Após uma aula intensa de Análise Técnica no MBA, na volta para casa encontrei um primo que faz Medicina Veterinária. Conversamos sobre várias coisas: os cursos (ambos), os sonhos, e... família!

Nesse ponto, ele expôs algumas perspectivas que eu ainda não tinha observado. Um tio nosso, está com um problema de saúde na bexiga. Ok, essa era a informação que eu tinha extraído e que me fora passada. Mas meu primo foi mais além: depois que ele "juntou o quebra-cabeças" entendeu que pode ser muito mais do que uma 'dobra na bexiga' (ou coisa assim). Nosso tio sempre se fez de 'fortão', de 'super-homem', 'machão' - e com isso, apesar das dores serem de muito tempo, procastinou até que não dava mais. Pelo que entendi, parece que tem muito mais coisa escondida e que não é exposta ao ponto de estar sendo ocultada uma doença: o câncer. Esse tio disse que alguns exames disseram algo como um tumor (lembrando: tumor é benigno; câncer é maligno). Porém, em um encontro familiar recente, podemos perceber que a esposa dele ficou muito triste chorando, pouco após um momento de "foto em família". Ele deduz que tem muito mais coisa do que foi contado. Conversamos sobre esse e outros pontos em mais detalhes, mas não tem como relatar tudo.

Por que esse relato de um problema familiar (e até muito pessoal) dessa magnitude? É o seguinte: as pessoas tendem a esconder as coisas para tentarem confortar as outras; mas caso algum fato muito expressivo venha a se confirmar, o sofrimento, por conta do choque, e do despreparo emocional será violentamente maior. Além do mais, como diz um velho ditado: "Só damos realmente valor quando perdemos alguma coisa". Onde quero chegar? Sabe quando você não diz: "eu te amo" para seu filho, sua mãe, seu pai, sua esposa/seu marido? Quando você deixa de caminhar com seu avô/avó só porque "o tempo está muito corrido"? Quando deixa de visitar e saber como está amigos, familiares e, de repende, você pode ver no orkut dele(a): "Valeu Fulano(a), vai com Deus!" e sabe naquela hora ou procura saber sobre a pessoa e... ela morreu...

Temos que valorizar muito cada momento e não ficar na "correira do dia-a-dia", sair do piloto-automático; além disso, fazer o que nos dá vontade, aproveitando, vivendo, sentindo, pois, pensando friamente, nossa existência humana é curtíssima. Usando uma analogia do padrasto de um outro primo que é filósofo: "O tempo de vida humana, em comparação com a existência da Terra, é apenas uma flatulência".

Espero que tenham entendido a mensagem... pois essa conversa de ontem mexeu comigo e me deu uma "chacoalhada".

Até


mais!

9 de novembro de 2009

E o fim de ano!?

Fim de ano chegando... festas... Natal, Réveillon 2010; para alguns praia, viagens, descanso, promessas; para todos: janeiro... e CONTAS! Isso mesmo: CONTAS!

Por que não começar 2010 bem, com a conta no azul e longe do saldo zerado, bem de vida, podendo pagar todas as grandes obrigações de início de ano: impostos, material escolar, e várias outras contas?

Tudo isso depende de planejamento, execução, controle e disciplina. Hábitos de consumo também estão no rol das atitudes.

É muito simples, todos nós reconhecemos isso; porém, para a maioria das pessoas, nada fácil...

Quem ainda não comprou os presentes de Natal, digo que está bem próximo do preço dos produtos subirem às alturas (se já não estão); comprar com antecedência e fora de época pode ser mais benéfico para o bolso do que se imagina. É certo que alguns presentes, no caso de Natal, por exemplo, só são vendidos na época. Mas a maioria dá para comprar antes beneficiando-se das promoções.

Vamos fazer uma analogia só para entender melhor: em que época, para economizar e ainda ficar na moda (nada de modismos!) deve-se comprar roupa de praia? Quando vai virar a estação, ou seja, no final do verão onde já anunciam as coleções outono-inverno. E o contrário também é vedadeiro: época para se comprar roupa de frio é no final do inverno (primavera-verão), em setembro (no caso do Brasil) aproximadamente.

Também deve-se pensar no 13º de diversas formas diferentes:
  • para quem está endividado, liquide a dívida ou negocie-a o quanto antes;
  • para quem não está endividado, uma boa dica é dividir a remuneração extra em 3: gastar 1/3 do jeito que você quiser (hora de "torrar", afinal, você merece!), outro 1/3 para as contas de início de ano e o outro 1/3 para investir no futuro.

De qualquer forma, aprendamos a nos planejar melhor e não sermos deixados pela euforia de momento que pode ser mágica, mas, posteriormente, trágica.

4 de novembro de 2009

Você sabe o que é um FIDC?

Há algumas semanas desenvolvi junto com alguns colegas no MBA um trabalho sobre alguns fundos e gostaria de compartilhar esse conhecimento com vocês de modo que seja o mais simples possível.

Vamos lá:

O que significa FIDC? A sigla significa Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios - o mesmo que Fundo de Recebíveis.

Mas o que é um FIDC? São fundos de investimento em direitos creditórios, cujas cotas são vendidas para investidores qualificados.

Destina à aplicação de parcela preponderante do patrimônio (acima de 50%) em direitos creditórios e em títulos representativos desses direitos, originários de operações nos segmentos financeiro, comercial, industrial, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços.

Os fundos poderão ser:
  • Abertos: são aqueles em que os cotistas podem efetuar mais aplicações ou solicitar o resgate de suas cotas a qualquer momento.
  • Fechados: são aqueles em que o resgate de cotas ocorre ao término do prazo de duração, ou seja na liquidação do FIDC.

Aplicação Mínima e alguns custos

A aplicação mínima é de R$ 25.000,00 por investidor.

O cedente dos créditos não precisa montar uma Sociedade de Propósito Exclusivo (SPE), economizando custos tributários e administrativos. Portanto, para ele, a operação é neutra, do ponto de vista de impostos.


Quanto às cotas

Os FIDCs têm duas classes de cotas:

Seniores; e

Subordinadas.

As cotas Subordinadas são aquelas que se subordinam no resgate de cotas em relação as cotas seniores.

Assim, elas funcionam como uma espécie de garantia ou colateral prestada pelo cedente dos direitos creditórios, servindo como colchão para absorver eventuais inadimplências por parte dos sacados e bem como outras despesas do fundo e oscilações que impactem negativamente o cotista sênior, garantindo assim ao cotista sênior a rentabilidade negociada na emissão.


Características

Prazo de estruturação: 3 a 6 meses
Vencimento: 3 a 5 anos
Montante: acima de R$ 50 milhões
Custo de estruturação aproxim.: 1% a 2% do montante
Remuneração ao investidor: 105% a 120% do CDI
Empresa tem que ser: Ltda. ou S.A., com rating

Os FIDC’s são originários de operações nos segmentos:
  • financeiro;
  • comercial;
  • industrial;
  • de arrendamento mercantil; e
  • prestação de serviços.

Esqueminha para entender melhor:

1 de novembro de 2009

Check List Financeiro

Aprendi essa semana a fazer um Check List Financeiro com Fabiano Calil, economista, planejador financeiro pessoal [CFP®] (www.fabianocalil.com.br)

Segue abaixo os pontos para que possamos refletir ao fazer nosso planejamento financeiro:

- Qual seu perfil?
Você é conservador, moderado, arrojado, agressivo? Algo intermediário entre essas sugestões de níveis?

- Qual o prazo?
Você quer trocar de carro daqui um ano, comprar uma casa daqui 20 anos...

- Quais são seus objetivos?
Casa, casamento, viagem, carro, MBA, faculdade, independência financeira...

- Qual é o seu patrimônio?
Ações, imóveis, títulos, negócio próprio...

- Quanto você possui em investimentos financeiros?
Observe que imóveis é uma coisa, ações é outra, empresa própria é outra também - são diferentes entre si!

- Quanto representa o todo?
Essa pergunta serve para determinar a liquidez de seu patrimônio.

- Qual a sua idade?
Cada idade exige um produto diferente, de riscos diferentes.

- Quem depende de você?
Mulher, marido, filhos, sogro, sogra, pai, mãe, irmão, irmã...

- Qual a sua renda disponível?
A partir desse questionamento pode-se definir melhor o retorno dos investimentos.

- Quais são suas despesas?
Moradia, lazer, vestuário, alimentação, saúde, educação, transporte.

- Qual sua expectativa?
Esse questionamento é importante para se alinhar a expectativa da realidade da pessoa com a do mercado.

- Por que investir?
Quais são suas reais motivações para investir?

- O que fazer com o dinheiro?
Quando chegar lá, o que fazer com o dinheiro?


Lógico que essas perguntas são transmitidas de modo muito simplificado, mas é para se ter um "norte" e fazer com que reflitamos a importância de se planejar financeiramente.