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28 de março de 2014

Solucionando seus MEDOS para sempre!

Após apresentar os seus obstáculos emocionais e como trazê-los à consciência, finalmente chegamos à primeira técnica (de três) para começar a resolvê-los para sempre.

O primeiro obstáculo apresentado foi o medo. Devemos lembrar que o medo é um mecanismo de proteção natural do ser humano: seu sistema nervoso já nasce com esse mecanismo. Saímos "de fábrica" com dois medos básicos: medo de altura e medo do escuro. Mas, mesmo esses medos não se tratam de fobias: e sim uma espécie de respeito. Todos os outros medos nós criamos por experiência, geralmente experiências dolorosas.

Porém, na sociedade atual, nós vivemos um excesso de medos: medo de coisas que nós nunca vivemos, medo de coisas que nós vimos outras pessoas viverem e medo de coisas que nós vimos na televisão, no cinema, no teatro, nos livros: não é foco tratarmos de teoria conspiratória, mas é fundamental que nós entendamos que grande parte de nossa cultura veio do cinema estadunidense, de todo um aparato midiático que nos envolve.

Isso vai ser repetido nas próximas duas técnicas, mas se você teve dificuldade em trazer à consciência quaisquer obstáculos (confira aqui os outros posts: medo, formas de atuação do Guardião, crenças de luta, histórias e justificativas pessoais e metáforas pessoais) é muito provável que esse aspecto está atuando numa parte profunda de seu inconsciente. Então devemos perceber isso e compreender que não existe certo ou errado: EXISTE ESCOLHA – mas você só tem escolha quando está consciente.

Caso não tenha acompanhado, confira todos os obstáculos que te impedem de progredir:


A primeira técnica, portanto, para resolver de vez seus medos é chamada de Refoco Positivo.


O Refoco Positivo

O medo foi o primeiro obstáculo a ser trazido para a consciência. Diante disso, vamos trabalhar com a técnica para solucionarmos esse empecilho: o Refoco Positivo

O que é o Refoco Positivo? Vamos supor que você tenha o medo de morrer pobre, doente e sozinho. A técnica do Refoco diz o seguinte:


Quais coisas você pode fazer a partir de agora para que isso jamais aconteça?
O que é preciso fazer para que você jamais pense em morrer pobre, sozinho e doente?
Quais atitudes de desenvolvimento pessoal, que pessoas você pode perdoar, em que áreas você pode se perdoar que já vão começar a impedir que isso aconteça?

Outro exemplo, com um medo concreto: “Tenho medo de sofrer um acidente de carro”:

Que cuidados você pode ter para que isso não aconteça?
Tem algum curso que você pode fazer para evitar tal situação?
Você verifica frequentemente seu sistema de freio de carro?

Mas isso não parece óbvio? Sim, parece. Mas é necessário trazer essas informações para a consciência e criar um plano. Quando o medo é muito forte ele costuma ser muito profundo – nós levamos isso para o inconsciente e ele trata de transformar aquilo (o medo) em realidade.

O exercício do Refoco Positivo, portanto, trata de mudar o foco do medo (aquilo que quero evitar) para todas as coisas que eu preciso fazer para que ele não aconteça. Só de mudar de foco do medo para focar nas outras coisas já muda sua percepção e consequentemente sua vida.


Então vamos exercitar, colocar em prática para criar estratégias.

Pegue cada um de seus medos e use a técnica do Refoco Positivo, observando a questão do medo por um ângulo diferente, colocando sua atenção nas coisas que você pode fazer para evitar esse medo:

Quais coisas você pode fazer a partir de agora para que esse medo jamais aconteça?
O que é preciso fazer para que você jamais pense nesse medo novamente?
Quais atitudes de desenvolvimento pessoal, que pessoas você pode perdoar, em que áreas você pode se perdoar que já vão começar a impedir que esse medo aconteça?

Faça-se essa e outras perguntas. Você vai perceber que algumas ideias de ação vão surgir: esse é o começo de sua estratégia para sanar seu medo.

***

Quando fiz o exercício para trazer à consciência meus principais medos obtive várias impressões que sabia, mas, como não tinha "materializado no papel", não estava à vista, acabava ignorando. Os medos financeiros, por exemplo, foram os seguintes:

Medo de não alcançar meus objetivos financeiros; de ser incapaz de prover minha família; de não alcançar o sucesso; de ter a impressão de ter ficado 'estacionado'; de não conseguir realizar meus sonhos e objetivos.

Com a técnica do Refoco Positivo consegui, mesmo que ainda superficialmente, definir algumas macroestratégias que depois foram sendo refinadas:

Abraçar desafios que tragam a oportunidade de crescimento profissional, pessoal e financeiro;
Continuar a investir grande parte daquilo que recebo sem elevar meu padrão de consumo;
Trabalhar de modo a me posicionar em uma situação de força;
Desenvolver meus projetos pendentes e coloca-los em funcionamento.

Então, como alguém que executou todos esses exercícios propostos (e carrega esses aprendizados para a vida) , digo que compensa MUITO fazê-los. Só isso já provoca uma elevação substancial na consciência e sua atitude perante a vida, em diversos aspectos, muda - pra sempre!

No próximo post, falaremos da segunda técnica que tem a capacidade de resolver três obstáculos.


Até lá!


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25 de março de 2014

Guarda-Roupa em época de Crise




É público e notório que o mundo está em crise. Crise de valores, crises pessoais e também uma crise econômica mundial. E como fica o nosso guarda-roupa em meio a tanta confusão? Na minha opinião, momentos de crise podem ser momentos de mudanças, revisão de valores  e muita criatividade. Um dia uma pessoa me disse: "em épocas de crise, uns choram, outros vendem lenço".

A primeira coisa é focar naquilo que é realmente importante na vida. Como eu gosto de falar, investir em coisas eternas, que a Terra não come, como amigos, bons relacionamentos, família, auto-conhecimento, crescimento espiritual, conhecimento acadêmico e cultural são alguns bons exemplos.

Hoje em dia, ostentação é algo totalmente OUT. Em compensação, educação com o próximo, honestidade e ecologia estão totalmente IN. Mas quer queira, quer não queira,é hora de apertar os cintos. Não é uma questão de privação, mas sim de priorização.

Lembre-se sempre: compra inteligente, te deixa chic e tem durabilidade. Use isso como um mantra, você só tem a ganhar. E como eu coloco isso em prática? Pois é, aí vão algumas dicas:

  • Invista nas peças atemporais e básicas, ou seja, é aquela roupa que não está na moda, é a peça que entra ano, sai ano, ela não te deixa na mão, bons exemplos são a calça preta e uma bela camisa branca.
  • Invista na qualidade. A roupa de qualidade além de durar muito mais tempo , ela te veste melhor, assim você está sempre arrasando. Existe um cálculo que é feito, onde você divide o valor de uma roupa pelo número de vezes que você a usa, aí você descobrirá que muitas vezes a  "roupinha baratinha"que você veste e na primeira lavagem acaba destruída é mais cara que um bom blazer em tom neutro que você usa anos a fio.
  • Quebre o preconceito de repetir roupa. Peças de qualidade foram feitas para repetir.
  • Outro preconceito a ser quebrado, principalmente no Brasil, é usar roupas de segunda-mão, vintage ou roupas de brechó. Encontramos peças de altíssimo nível, de grandes designers por preços vantajosos para seu bolso. Nos EUA o "consigment" é um grande  e lucrativo negócio.
  • Não compre por impulso. Analise a necessidade daquela peça, Não se esqueça também de se recordar, se aquela nova peça combina com pelo menos 2 ou 3 itens já existentes na sua coleção. Lembre-se também, se você está comprando a roupa porque realmente precisa, ou, você está com "deprê"e só está querendo preencher o seu vazio existencial.
  • Conheça a você mesmo. Tenha na sua cabeça qual é seu lifestyle, suas proporções e as melhores cores para o seu corpo. Não se esqueça também seus objetivos. Tudo isso faz você economizar dinheiro e evita de comprar uma peça de roupa, que no final das contas, você jamais usará. Se você não tem conhecimento, contrate um profissional, um consultor de imagem ou personal stylist, pois ele te ajudará economizar dinheiro.
  • Faça alterações ou customizações em roupas que estão no seu armário. Além de divertido, é uma maneira de renovar, sem gastar.

É isso aí, minha gente, espero que tenham gostado dessas dicas. 

A melhor coisa é estar de bem com a vida e também com a conta bancária.

Andrea Fraguas é graduada em Consultoria de Imagem pelo FIT/NY (Fashion Institute of Technology Nova York/EUA) e tem formação em Consultoria de Imagem pelo SENAC/Belo Horizonte. Acesse seu blog Tips e Tricks para mais informações.

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21 de março de 2014

Seu quinto obstáculo EMOCIONAL: Metáforas Pessoais

No último post nós abordamos o quarto obstáculo emocional que nos impede de seguir adiante que, inclusive, serve de alimento para o Guardião, para seus medos e para suas crenças de luta: suas Histórias Pessoais.

Apesar desse assunto ser similar ao anterior, ele é mais profundo. Vamos lidar com suas metáforas pessoais.

O que é uma metáfora? Metáfora é uma comparação subjetiva: compara-se uma ou mais coisas e dentro de sua mente você estabelece uma compreensão da relação dessas coisas. Um exemplo de metáfora seria comparar o deslocamento dos elétrons de um fio como se fosse o deslocamento da água dentro de um cano. Existem diferenças nessa analogia, é claro; porém, com essas relações fica muito mais fácil compreender como funciona uma corrente elétrica, por exemplo. 

Nós, seres humanos, também usamos metáforas. A metáfora também é uma história, mas é mais profunda: suas metáforas de vida estão junto com suas crenças, com seus valores, com a conversa interna do Guardião, com seus medos – e isso tudo as justifica. 

E o que são essas metáforas? Basicamente vamos abordar essas metáforas em dois níveis: metáforas em nível de identidade e metáforas de definição

O que são as metáforas de identidade? É quando as pessoas dizem assim: “eu sou um guerreiro” – isso evoca certas características para a pessoa: algumas boas – é uma pessoa que luta, que não desiste, que cai e levanta – e também algumas ruins – um guerreiro está sempre buscando uma guerra, é alguém que está em busca sempre de luta, não necessariamente em busca de paz. 

Outros exemplos: eu sou um pai, eu sou um disciplinador, eu sou um professor. Também são metáforas que levamos para a vida. Dependendo das metáforas que você usa para se definir, você pode trazer muitas coisas boas e muitos problemas juntos. Normalmente quem se define muito como um guerreiro, embora costume conquistar as coisas que quer na vida, alcança com mais luta do que as pessoas que se definem como um “artista da vida”, por exemplo – quem se define assim consegue ter as coisas com menos dificuldades.

As metáforas também atuam no aspecto financeiro. Quando você fala “eu sou um devedor”, “eu sou indisciplinado com dinheiro”, “eu sou muito ruim com números”, “eu sou uma pessoa pobre” – e várias outras. Em verdade, quando muitas questões financeiras são colocadas em pauta, se analisarmos mais à fundo, podemos identificar questões afetivas mal resolvidas. É por isso que procuramos trabalhar de forma abrangente os obstáculos emocionais: a raiz geralmente não é uma questão financeira.

A ideia central não é questão de dificuldade ou facilidade: isso foi trabalhado com as crenças de luta. A ideia é identificar onde estamos criando mais dificuldades além do que elas existem em função das suas metáforas pessoais. Se você tem uma metáfora que você é um guerreiro (“Eu sou um espartano”) então é provável que sua vida seja repleta de lutas: sempre estará combatendo as pessoas, sempre enfrentando dificuldades.

Temos de nos conscientizar dessas metáforas para que possamos efetivamente trazê-las à tona e modifica-las, caso seja necessário.

O primeiro passo é definir suas metáforas de identidade; como você se define: como guerreiro, como lutador, como artista, como um pai, como uma mãe? Como você se define em termos de metáfora de identidade? Pense em termos de papéis que você se atribui com a expressão “eu sou” antes de vir a comparação.

E, além dessas, existem as metáforas de definição que criam as circunstâncias à nossa volta. Por exemplo: “a vida é uma luta” – essa metáfora diz que a vida é um combate, que temos que passar sufoco, dificuldade e tem sempre um oponente; é uma metáfora perigosa.

“A vida é um jogo”: se é um jogo pode ser um jogo de ganha/perde – para eu ganhar alguém tem que perder ou vice-versa.

“O mundo é como um bolo, não tem fatia grande para todo mundo”: é uma metáfora malthusiana e isso pode estar te limitando.

Que metáforas você usa para a vida?

O foco aqui é tomar consciência de suas metáforas: às vezes você tem metáforas que trazem limitações em algumas áreas, mas para você isso é bom e, portanto, decide conscientemente mantê-la. O problema é quando você tem uma metáfora que não está consciente e ela está te limitando em várias áreas. Tomar consciência vai te possibilitar ou escolher manter ou acabar com ela.

Quais são suas metáforas globais? E sobretudo, as metáforas que você utiliza sobre o problema que você está passando. “Esse problema é um bolo” ou “esse problema é um rolo que nunca desenrola”. Que metáforas você usa para os problemas? “Esse problema é um jogo de xadrez” – opa! Com inteligência e estratégia eu consigo vencer!

Quando você define as coisas através de metáforas, ou se limita ou se dá possibilidades.

Vamos à atividade:

Quais são as metáforas que você usa para se definir?
Quais são as metáforas que você usa para definir a vida?
Quais são as metáforas que você usa para definir os problemas pelos quais você passa?
Quais são as metáforas que você usa para definir a felicidade?

Procure as metáforas que você usa e analise se elas tem sido boas, positivas para você ou se elas têm limitado a sua ação.

No próximo post começaremos a explicar como resolver todos os problemas levantados nas últimas semanas. Vou apresentar um caminho para solucionar definitivamente esses obstáculos emocionais!


Até lá!


Confira os outros obstáculos:
Seu primeiro obstáculo EMOCIONAL: Medos
Seu segundo obstáculo EMOCIONAL: o Guardião da Escassez
Seu terceiro obstáculo EMOCIONAL: Crenças de Luta
Seu quarto obstáculo EMOCIONAL: Histórias Pessoais


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16 de março de 2014

Seu quarto obstáculo EMOCIONAL: Histórias Pessoais

No último post nós abordamos o terceiro obstáculo emocional que nos impede de seguir adiante que, inclusive, serve de alimento para o Guardião e para seus medos: as crenças de luta.

Nesse post vamos abordar um problema que é estruturalmente mais complexo, é razoavelmente consciente, mas a maior parte das vezes pensamos que isso é natural, que faz pouca diferença, que é um fator que não tem como mudar. Nós estamos falando sobre as nossas histórias e justificativas pessoais: as que contamos a nós mesmos e as que contamos às outras pessoas para justificar as coisas que acontecem em nossas vidas.

O sistema nervoso do ser humano foi preparado para um ambiente em que era necessário, para sobreviver a médio e longo prazo, tirar sentido das coisas: ele foi feito para extrair significado das situações. Uma situação se repete 3 ou 4 vezes e você tira uma conclusão, cria uma regra (que é o que chamamos de crenças) e começa a estabelecer significados: “Então isso causa aquilo que causou isso que causou aquilo outro...”. O sistema nervoso foi adaptado para trabalhar com histórias; com coisas que fazem sentido; com princípio, meio e fim; com causa e efeito. A parte intuitiva de nossa mente procura causalidade o tempo todo.

Nós entendemos melhor um conceito quando ele é explicado com uma história; conseguimos guardar melhor uma ideia se ela for contada como ela surgiu. Por conta disso, nós criamos para nós mesmos ou ouvimos de pessoas de referência (nossos pais, nossos avós, do ambiente do qual nós crescemos) essas histórias e as repetimos. Essas histórias justificam quem nós somos; elas servem tanto para justificar nossas qualidades quanto nossos defeitos, nossas facilidades e talentos e nossas dificuldades e desafios.

Nós não temos apenas histórias boas: também temos histórias ruins. Muitas vezes a história que contamos faz referência aos nossos pais. Às vezes uma pessoa te pergunta: “porque você é grosso, estúpido com os outros?” E logo vem a resposta: “minha mãe era assim, eu sou assim também! Eu sou autêntico eu falo sempre a verdade!”. Daí, essa pessoa que conta essa história para ela mesma, caso um dia seja delicada vai achar até estranho seu comportamento “poxa, mas eu não sou essa pessoa delicada. Sou aquela pessoa autêntica, grossa...”

Nós temos histórias de ‘coitadismo’, de coisas que nós não queremos continuar a ter em nossas vidas. Te perguntam: “por que você tem dificuldade nessa área?” “Ah... porque meu pai tinha, a minha mãe tinha...” “porque você tem facilidade naquela área?” “Ah... porque eu desde pequeno aconteceu isso e eu tive essa situação”. 

Nós temos histórias bacanas que justificam nossas qualidades e talentos, mas temos histórias que nós contamos que justificam as nossas dificuldades e, muitas vezes, essas histórias podem ser modificadas, podem ser desconstruídas, mas você só vai conseguir trabalhar em cima disso se tiver consciência. Da mesma forma como aconteceu com os medos, o Guardião, as crenças de luta, faremos a mesma coisa com as histórias pessoais.

Quais são as histórias que você conta para você mesmo e que justificam as suas dificuldades, que justificam os seus bloqueios? Você sempre foi ‘burrinho’, você sempre foi tímido, sempre foi gastador? Quais são as histórias que você conta, quais são as lembranças que você tem? Quando você comete aquele erro que mais quer consertar, aquela coisa que você quer parar de fazer e toda vez que você faz acaba contando a mesma historinha para você mesmo: que história é essa?

“Ah... mas minha mãe era assim e eu também sou...”
“Ah... eu sou assim desde pequenininho...”
“Depois que fulano me abandonou...”
“Depois que meu pai morreu aconteceu isso...”

Tem sempre uma historinha; por isso devemos trazer à tona, tomar consciência, trazer para um nível que você possa perceber.

Então, segue mais uma atividade: identifique as histórias que você conta para você mesmo e que justifica as suas dificuldades, os seus desafios e os seus bloqueios.

No próximo post falaremos sobre as metáforas pessoais, encerrando a abordagem sobre os problemas - daí partiremos para as soluções!


Até lá!


Confira os outros obstáculos:
Seu primeiro obstáculo EMOCIONAL: Medos
Seu segundo obstáculo EMOCIONAL: o Guardião da Escassez
Seu terceiro obstáculo EMOCIONAL: Crenças de Luta


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10 de março de 2014

Seu terceiro obstáculo EMOCIONAL: as Crenças de Luta

No último post nós abordamos o segundo obstáculo emocional que nos impede de seguir adiante, uma poderosa parte de nossa personalidade que tem a finalidade de nos proteger, porém, talvez, ele esteja nos protegendo de forma inadequada: o Guardião. Foi proposta uma atividade para que você pudesse tomar consciência da forma como o Guardião age em sua vida, principalmente através de sono, distrações, emoções fortes e o sentimento de desdém. No primeiro post tratamos dos medos.

Nesse post, vamos tratar do terceiro obstáculo, que são as crenças de luta.

Os três obstáculos costumam atuar de forma conjunta. O Guardião se utiliza das crenças de luta para justificar muitas das coisas que ele faz; os seus medos também entram dentro da sua conversa interna, aquela conversa que você tem com você mesmo.

As crenças de luta, muitas vezes, é que estão por trás de tudo isso, por trás de todos esses obstáculos abordados.

Nós temos uma tendência a dar mais valor àquelas coisas que foram mais difíceis de conseguir. Então por que geralmente não conseguimos alcançar elevados níveis de sucesso e realização, como algumas poucas pessoas parecem alcançar? Porque muitos de nós desenvolvemos, por uma questão cultural, as crenças de luta. A ideia de que uma vitória para valer a pena tem que ser suada, tem que ser na luta, tem que ser ganha com garra. “O céu é conquistado a força”, “não existe vitória sem sacrifício”, “tudo que vem fácil vai fácil”.

É verdade que no mundo teremos aflições: nós vamos passar dificuldades na vida – isso é um fato. Quando queremos obter um determinado resultado, automática e naturalmente já nos deparamos com vários obstáculos: muitas vezes é necessário desenvolver determinadas habilidades para superá-los.

Só que, por uma questão cultural, muitos de nós acabamos, para tentar valorizar e enobrecer mais a nossa vitória, criando inconscientemente outras dificuldades. Criar mais dificuldades que a própria situação já tem naturalmente para tornar aquela vitória mais valiosa. Isso é um grande perigo: muitos de nós vivemos isso e não percebemos.

Uma tipo de crença de luta muito comum é “o que vem fácil vai fácil” ou acreditar que “o filho do Eike Batista não tem valor: é um cara que não serve para nada, é só um herdeiro” ou “essa mulher é famosa só porque ela é bonita” ou “esse cara aí ganhou tudo de mão beijada” ou outras coisas do tipo. Temos a tendência de falar assim das pessoas que aparentemente têm mais facilidade na vida.  É muito importante tomar consciência disso porque quanto mais você desvaloriza as pessoas que têm facilidades na vida, mais inconscientemente você busca viver dificuldades: afinal, “você não quer que a sua vitória seja igual à da pessoa que considera que não tem valor”. Inconscientemente você fica procurando mais dificuldades; é um processo inconsciente de auto sabotagem: você não faz isso de propósito, mas se você tem crenças de luta de que as coisas só tem valor se tiverem muita luta, muita dificuldade, isso automaticamente faz com que seu inconsciente busque por mais dificuldades ao longo do caminho.

Às vezes você já teve numa situação em que foi difícil aprender determinada disciplina e para outras pessoas foi mais fácil que para você. Pode ser uma dificuldade de aprendizado, pode ser uma questão de aptidão, mas pode ser uma questão de crenças de luta. Então é necessário tomar consciência disso.

A vida tem dificuldades naturalmente, porém quando nós desenvolvemos muitas crenças de luta acabamos criando mais dificuldades que o necessário.

A terceira atividade portanto, é tomar consciência de quais são suas crenças de luta. Crenças do tipo “o que vem fácil vai fácil”; “As melhores pessoas são aquelas que superam grandes dificuldades”; ou “Paris Hilton: o que ela fez para ser tão rica? Ela não merece essa vida que ela leva” ou “Por que o Neymar ganha tanto dinheiro?

Só para esclarecer essa questão do “herdeiro”: imagina que você trabalhe muito forte e muito duro e se torne um grande milionário, talvez um bilionário. Pelo fato de você ter construído essa fortuna, a vida do seu filho não deveria ser mais fácil do que foi a sua? Não faz sentido isso? Se você se torna um bilionário, você vai querer que seu filho passe pelas mesmas dificuldades que você? É bem provável que você vá cuidar dele, educa-lo, forjar a pessoa, não dando facilidades demais para que não fique mimado, mas ele não vai passar pelo mesmo sufoco que você passou.

Quando você julga outras pessoas de acordo com esses parâmetros de certa forma vocês está impondo a si mesmo a obrigação de viver determinadas dificuldades. Tomando consciência das crenças de luta, fechamos o ciclo desses três obstáculos.

Quais são suas crenças de luta? Quais são as ideias que você tem a respeito da verdadeira vitória, das lutas que ela tem que ter e as dificuldades? Quais são as coisas que você acredita que uma pessoa tem que passar sufoco, dificuldade e que tem atuado em sua vida de uma forma profunda?

No próximo post falaremos sobre outro obstáculo, mais profundo, que tem a ver com aquilo que acreditamos: nossas histórias pessoais.


Até lá!


Confira os outros obstáculos:
Seu primeiro obstáculo EMOCIONAL: Medos
Seu segundo obstáculo EMOCIONAL: o Guardião da Escassez


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3 de março de 2014

Seu segundo obstáculo EMOCIONAL: o Guardião da Escassez

No último post nós começamos a trabalhar um obstáculo emocional que nos impede de seguir adiante, de nos desenvolvermos em todas as áreas de nossas vidas, inclusive a financeira: o medo. Foi proposta uma atividade para que você pudesse tomar consciência de seus medos e registrá-los: quando colocamos as coisas no papel, conseguimos organizar melhor o pensamento, as coisas ficam bem mais claras.

Nesse post, vamos tratar do segundo obstáculo, chamado "O Guardião da Escassez".

O segundo obstáculo no processo de lidar com as emoções é um fator que a maioria das pessoas não tem a mínima consciência de que ele existe; um fator que atua nos processos de conhecimento e desenvolvimento pessoal de forma profunda e por isso não conseguem fazer absolutamente nada a respeito.

Existe uma parte de nós que faz qualquer tipo de coisa para evitar a mudança, para evitar a evolução, que, na visão dessa parte de sua personalidade, não entende que essa mudança é evolução. Na visão do coaching e da neurolinguística, dentre outros campos de estudo, o ser humano é composto por diferentes partes em sua personalidade e essas partes podem entrar em conflito. É muito comum, por exemplo, você escutar uma pessoa dizendo assim: “uma parte de mim quer ser saudável, outra parte de mim quer continuar fumando” ou “uma parte de mim quer ter um corpo bonito, outra parte quer comer pizza frequentemente”. Esses conflitos de parte são observados com bastante frequência e todo ser humano é mais ou menos dividido em algumas áreas. Aquelas pessoas que conseguem integrar isso melhor conseguem ficar mais focadas e acabam realizando mais porque elas vivem menos desses conflitos, já que eles tiram muita energia.

Uma dessas partes que todo ser humano tem é chamada de “Guardião da Escassez”. É uma parte que é extremamente conservadora, extremamente apegada à zona de conforto, que te mantém nessa condição, que faz de tudo para evitar a mudança.

A atuação do Guardião em nossas vidas é muito simples e rapidamente conseguimos perceber em que parte ele atua. Uma das coisas que o Guardião faz é te distrair, tirar sua atenção daquilo que está sendo falado. Às vezes você está assistindo a uma palestra e quando chega aquela parte que você mais precisa ouvir, você pega o celular para conferir suas mensagens, entra na internet, vai ao banheiro, vai pegar um copo d’água – saiba: é o Guardião que está fazendo isso. Ele faz você perder a atenção naquele ponto central. No meu caso, o Guardião atuava de forma bastante incisiva nesse aspecto: distrações com Facebook (a cada 5 minutos estava conferindo mensagens e notificações), Whatsapp, e outros - nisso eu gastava improdutivamente quase 2 horas de meu dia, o que atrasou muito dos meus processos de trabalho.

Outra coisa que o Guardião faz em sua atuação é causar uma emoção forte. Às vezes, numa conversa, numa aula, num vídeo a mensagem é direta para você e você acha graça, entende a mensagem como uma piada, uma metáfora engraçada e você acaba perdendo a lição que está naquela história porque está achando que é uma piada, que é graça.

Compreenda que o Guardião não é nada espiritual, nada de forças ocultas, nada disso. É uma parte de sua personalidade que tem pavor da mudança, que quer te manter onde você está perpetuamente. Ou cria distrações ou cria emoções fortes de riso, de graça, de raiva.

Outra forma de atuação do guardião é o sono. Às vezes você está numa palestra, numa apresentação, assistindo à um vídeo de treinamento e de repente te dá um sono sobrenatural. É a atuação do Guardião.

Porém, o pior de todas as atuações do Guardião é fazer você ter um pensamento assim: “isso aí eu já sei!”. Isso acontece muito quando determinado assunto ou conteúdo apresentado é similar ao que você já experimentou e você acha que já sabe o que vai ser dito ou explicado. Porém, o ser humano aprende por repetição: quanto mais vezes você repete a informação, mais vezes recebe o mesmo conteúdo de maneiras diferentes, contado por diferentes pessoas ou pela mesma pessoa, mas em um contexto de vida diferente, maior a chance de você assimilar aquele aprendizado de forma efetiva. Essa forma de atuação do Guardião é uma espécie de desdém, uma atuação feia dessa parte de nossa personalidade que faz com que percamos determinado conhecimento, a mudança positiva que aquela informação ou aprendizado poderia trazer em nossas vidas.

A segunda atividade, portanto, trata de analisar, enxergar, trazer à consciência formas como o Guardião da Escassez tem atuado na sua vida, impedindo que você adquira novos conhecimentos, impedindo de seguir em frente com racionalizações do tipo “isso aí eu já sei” ou com muito sono, com raiva (ou outras emoções fortes), com distraçõesQuais são as formas de atuação mais frequentes do Guardião da Escassez na sua vida?

O próximo obstáculo são as crenças de luta, combustível para muitos de seus medos, para certas formas de atuação do Guardião, dentre outras coisas. Mas vamos por partes!


Até o próximo post!


Confira o primeiro obstáculo:
Seu primeiro obstáculo EMOCIONAL: Medos


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