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15 de maio de 2010

Dicas de Planejamento Financeiro

por Fernanda de Lima, CEO da Gradual Investimentos

1) Procure entender seu padrão de renda. Para conseguir realizar um planejamento eficaz, é preciso considerar apenas o valor real que será recebido em cada mês, e a partir desse valor estabelecer quais gastos poderão ser realizados.

2) Analise para onde está indo seu dinheiro. Antes de fazer uma compra o ideal é se questionar para ter a certeza de que o seu dinheiro está sendo bem gasto.

3) Reflita sobre a qualidade dos seus gastos e reveja hábitos.

4) Faça seguros. Apesar de muitas pessoas considerarem o seguro um gasto desnecessário, ele é a garantia de não ter de desembolsar um grande valor não previsto caso aconteça algo inesperado.

5) Use crédito de forma consciente. É preciso que as pessoas tenham consciência de que o crédito é um produto financeiro e, portanto, tem custos. Isso não significa que ele seja ruim, e sim que ele deve ser utilizado com responsabilidade.

6) Faça um plano de ação e siga-o à risca. Se você está fechando todos os meses no vermelho, pare, reveja seus gastos e mude alguns hábitos. Determine quais gastos devem ser eliminados e quais serão mantidos até que a situação se equilibre.

7) Comece a poupar e monte reserva de emergência. O ideal é que todas as pessoas possuam um fundo de reserva, ou seja, tenham guardado seis vezes o valor das despesas correntes mensais.

8) É sempre mais fácil guardar dinheiro se você tem um objetivo em mente, como comprar um carro ou fazer uma reserva de emergência, por exemplo. Também é ideal determinar o valor e um período para ele ser alcançado. Só assim você saberá quanto deve guardar por mês e se policiar para atingir sua meta.

9) Mantenha-se informado e invista continuamente no seu aprimoramento. Educação Financeira é fundamental para conseguir ter um planejamento eficaz. Saber onde gastar, como poupar e qual a melhor forma de investir são fatores que poderão mudar significativamente sua vida financeira.

8 de maio de 2010

O dia em que a terra parou

Tarde de quinta-feira, dia 06 de maio de 2010: o dia do caos. Nesse dia algumas notícias estavam impactando negativamente os principais índices das bolsas em todo o mundo. Era sobre reforma financeira nos EUA, um mau humor generalizado por conta das questões de crédito e endividamento na Europa, enfim, fatos que estão deixando o mercado, até então, com um péssimo humor ultimamente. Só para relembrar, algumas recentes quedas expressivas foram causadas por questões de rebaixamento de crédito em alguns países europeus: Portugal, Grécia (duas vezes, inclusive), Espanha - todos eles pertencentes à sigla que foi cunhada em sua, digamos, "homenagem": PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, traduzindo do inglês). Nesse dia também o dólar começou a disparar, uma elelvação acima de 5% no dia, o que parecia muito estranho.

Mas, por volta das 15h30min às 16h aproximadamente, o mercado global "sangrou" de uma forma como nunca tinha acontecido antes: o índice Dow-Jones chegou a mais de 10% de queda, o Ibovespa a um pouco mais de 8% de queda; todos imaginávamos que aconteceria um Circuit Brake e que uma nova crise já se confirmava com todas as letras.

Porém, o mais impressionante também aconteceu: da mesma forma que caiu, subiu: em aproximadamente 5 minutos o DJIA (Dow-Jones Industrial Average ou simplesmente Dow-Jones) recuperou quase 8% de queda, dando um susto muito forte no mercado - fechando o dia com 3,20% de queda. A bolsa brasileira refez o mesmo caminho, voltando e fechando o dia com 2,31% de queda. Um momento histórico que, bem provavelmente, eu jamais voltarei a ver - acho.

Esse caos todo foi causado por, até onde sei, uma série de 19 ordens erradas em um intervalo de 7 segundos: uma delas era para ser ordem de venda de índice do S&P500 de 15 milhões de contratos - uma ordem expressiva, mas que o mercado "aguenta"; porém o operador lançou uma ordem de 15 BILHÕES de contratos - 3 "zeros" a mais derrubaram TODOS os mercados mundiais. Todas as ações do DJIA e do Ibovespa sofreram desvalorizações repentinas, rápidas. Uma das ações de uma empresa americana, por exemplo, a Accenture (NYSE:ACN) saiu de um pouco mais de US$ 42,00 para US$ 0,01 e voltou para o patamar anterior em uma fração de 2 minutos.

Um fato marcante que muitos especialistas, chefes de análise, operadores, investidores jamais viram em toda sua história.

O que podemos concluir com isso? Que todos, sem exceção, estamos sujeitos ao comportamento de massa e, dependendo de nosso estado emocional e preparação, podemos ganhar muito dinheiro ou perder na mesma proporção - ou até mais.

O Mercado de Capitais não é simplesmente dinheiro; é muito mais que isso: é psicologia e controle emocional.