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31 de janeiro de 2012

Procrastinação Financeira


Começo esse post com uma palavra pouco usual, que, talvez, alguns não tenham sequer o conhecimento do significado dela: Procrastinação. Portanto, vamos defini-la um pouco melhor. O verbo procrastinar significa: “Deixar para depois. Adiar, espaçar, delongar, protelar, postergar”. Infelizmente, esse hábito pode levar a situações muito delicadas quando se trata das nossas finanças, pois, muitas vezes, deixamos de assumir a responsabilidade sobre a nossa vida financeira, ficando para depois esse momento tão fundamental.

Alguns justificam que não têm tempo para criar um orçamento pessoal; alguns até o criam: mas na hora de colocar em prática... o momento da ação fica para semana que vem ou mês que vem, porque “aí eu posso me programar para isso” (lembra muito a ideia do regime alimentar: “na segunda eu começo”). Pura desculpa! As semanas passam, os meses passam, os anos passam e a pessoa mal saiu do lugar. Ou, então, quer começar a criar suas reservas para a aposentadoria ou independência financeira, mas nem o primeiro passo é dado para organizar esse plano tão importante de modo inteligente... e o tempo vai escoando... Lembre-se que esse recurso, o tempo, é igual para todos nós e ele é implacável: não volta jamais!

O hábito de procrastinar (sim, é um hábito!) acaba por se estender por toda a sua vida: é um amigo que você deixa para visitar depois (e acaba visitando-o uma vez por ano e olhe lá!); é a dívida que não se resolve e vai virando uma bola de neve viva; são os sonhos que vão sendo colocados de lado devido  “a correira do dia-a-dia”; é aquela oportunidade de trabalho ou negócio que faria com que você desse uma alavancada em sua carreira, mas, por medo, insegurança ou pelo simples hábito do “depois penso nisso”, o tempo passa, perde-se uma boa chance e muitas vezes nem se avalia – e vem a desculpa esfarrapada: “Ah... não era pra mim mesmo...” Não era mesmo... as oportunidades existem e estão aí para quem estiver preparado para agarrá-las. Não estou falando que se deva fazer as coisas de modo impensado, não mesmo. Porém é necessário que se tome uma atitude, mesmo que ela seja a de não se fazer nada (mas de caso pensado!).

Mas, o que fazer? Aprendi que, essencialmente, existem dois tipos de hábito: o hábito de fazer e o hábito de não fazer. Parece óbvio demais... e é! As verdades, quando ditas, são simples, porém profundas. Então, se você deseja controlar o seu dinheiro, SAIA DA INÉRCIA MENTAL (faça alguma coisa!) e desenvolva um orçamento compatível com seu padrão de vida. Não se esqueça de colocar em primeiro lugar seus sonhos: a viagem, a casa, a independência financeira (acesse esse link e acompanhe um casal que está indo rumo à esse sonho), o carro, o curso de graduação, mestrado, doutorado ou qualquer outro, dentre vários sonhos. Você vai perceber que não dá para colocar todos os sonhos em ação ao mesmo tempo. Alguns não serão possíveis de se realizar: muitas vezes ou é um ou é outro – tem que se escolher, não tem jeito. Recomendo que anote todos eles, e especifique quanto custaria para realiza-lo em valores de hoje. Depois, defina dentre eles quais são as suas maiores prioridades, mas não escolha mais que dois ou três para focar. Trace um plano. Determine o prazo realista para a conquista desse sonho. Determine como e onde vai aplicar seu dinheiro para realiza-lo. Não se esqueça de considerar seu perfil de investidor além de outras questões como inflação, imposto de renda e os custos que incidem na aplicação. Dê um nome para seus sonhos: isso evita que se fique tentado a consumir coisas supérfluas durante a trajetória. Sonhos definidos. Sonhos planejados. Continue a construir seu orçamento. Não deixe para terminar depois - nada de procrastinação!

Existem, basicamente, sete áreas em que nós temos custos ao longo de nossas vidas. A saber: alimentação, moradia, saúde, transporte, lazer, vestuário e educação. Em algumas delas podemos ter gastos mais esporádicos (vestuário, por exemplo), enquanto noutras o gasto é necessário para a sobrevivência (sim, inclua o lazer – ele é importante para a saúde emocional e mental). Esse é o momento em que muita gente pode gritar: “Eu? Fazer um orçamento pessoal e ter que segui-lo? Eu não! Prefiro viver livremente!”. A maioria das pessoas que diz isso muito provavelmente está dura ou quase lá. Um orçamento, muito pelo contrário, traz liberdade: GARANTE que você realizará seus sonhos (primeiro os seus sonhos, não foi assim que se conduziu o processo?) e que estará controlando suas despesas pessoais assim como gastando bem seu dinheiro – afinal, você sabe para onde ele está indo! É só uma questão de mudança de ponto de vista: em vez de te acorrentar, o orçamento pessoal (se feito de maneira adequada) te liberta. Mas acaba por aqui? Não, não mesmo.

O último passo, e tão essencial quanto o planejamento, chama-se EXECUÇÃO. Não é porque estamos no meio da semana que você vai começar a aplicar seu orçamento pessoal na segunda que vem o que já era para ter sido colocado em prática no ano passado (ou antes!). A ação (e não a inação) é que vai determinar o seu sucesso. Planejar com o tempo se torna mais fácil, mais familiar – e recomendo duas coisas: revisão, no mínimo trimestral; e acompanhamento, no mínimo mensal. Mas o dia-a-dia é que fará com que você atinja ou não as suas metas: que faça dos seus sonhos realidade. E sabe o que mais? Não depende de ninguém: SÓ de você mesmo.

Muito provavelmente, se você é um procrastinador, ficará desconfortável em colocar todas essas resoluções em prática. Mas não deixe de fazer o planejamento. Não deixe de executar. O seu hábito de procrastinar pode ser mudado. A maneira mais prática de eliminar o hábito de não fazer é fazendo! É um dos caminhos mais simples! Mas como mudar um hábito? Vigilância constante, persistência, foco em seus sonhos, desejo e a simples EXECUÇÃO. Paro por aqui – por enquanto...

Mas, e você? Vai assumir a responsabilidade sobre suas finanças ou serão elas que mandarão em sua vida? 

22 de janeiro de 2012

Grupo de apoio: um conceito diferente para lidar com as suas finanças


Todo mundo sabe o quanto é trabalhoso mudar hábitos. Quando você se compromete definitivamente a mudar ou fazer alguma coisa a tendência é que consigamos realiza-la. Mas existe um caminho entre o compromisso e a realização – exige, sim, muito esforço, coragem, determinação e disciplina. E quando se trata de finanças pessoais, muitas vezes é necessário mudar e melhorar principalmente a forma como se consome.

É bem como fazer dieta para perder peso: no início, nas primeiras semanas e até os primeiros meses, é difícil resistir às tentações. O hábito negativo (ou vício) pode ressurgir várias vezes, e são nesses momentos que sua força de vontade e resiliência serão testados. Ninguém pode fazer as mudanças por você – ninguém além de você mesmo, claro...

Uma estratégia, que inclusive está sendo objeto de estudo nos Estados Unidos, é formar grupos de apoio, bem no estilo dos Alcoólicos Anônimos ou Vigilantes do Peso – de forma simplista, sabemos que nesses dois grupos as pessoas recebem orientações de algum especialista que assiste o grupo em questão, mas, principalmente, compartilham experiências positivas ou não sobre o que estão tratando. O foco é que as pessoas do grupo (re) construam suas vidas a partir de realizações semana após semana, atingindo, assim, seus objetivos: que no caso são, respectivamente, eliminar o vício do álcool e perder peso para melhorar a saúde. Acesse o link do artigo aqui.

A ideia poderia ser aplicada às finanças pessoais. O grupo de apoio tem o poder de modificar comportamentos e incentivar as pessoas a realizarem seus sonhos, a atingirem suas metas. Um estudo realizado por pesquisadores estadunidenses e chilenos realizaram um experimento com um grupo de empresários que se encontravam semanalmente para conversar e expor suas derrotas e sucessos relacionados à suas finanças; além disso, essas pessoas estabeleceram suas metas de poupança semanal com o propósito de atingirem seus objetivos. O resultado foi o seguinte: esse grupo de empresários poupou cerca de 11% de sua renda, duas vezes mais do que um grupo monitorado que não tinha essas reuniões semanais.

Por outro lado, existem os aspectos negativos. De acordo com Brigitte Madrian, economista e professora de Harvard que participou deste estudo, o efeito causado por esse tipo de grupo pode ser contrário. Mesmo quando a pressão é aplicada na direção certa, muitas vezes acontece um efeito bumerangue, fazendo com que as pessoas executem exatamente o oposto do que são incentivadas. Isso foi constatado a partir de outro estudo realizado com um grupo de funcionários de determinada empresa que relatou que os pares (colegas) que não receberam a mesma informação que eles conseguiram poupar mais ao contribuir com um plano de previdência empresarial, o 401(k) [espécie de plano de aposentadoria muito comum nos EUA]. Por outro lado, a eficácia da pressão pode também depender se as metas estão ao alcance de forma realista. Daí a importância de um acompanhamento profissional para esse tipo de grupo: um planejador financeiro, por natureza da profissão, deve ser a “voz da razão” quando seus clientes estão sonhando – muitas vezes ele é quem vai dizer se e quando dá ou não para atingir o que a indivíduo/família deseja com base na situação atual e, talvez, futura.

Com certeza essa é uma ideia arrojada, mas é um plano que pode ser melhor trabalhado e, com isso, possivelmente replicado e aplicado no Brasil.

16 de janeiro de 2012

IPVA, IPVA... tem que pagar, né?!


Hoje começa o vencimento do IPVA. É o momento de definir se vai pagar a parcela única com desconto ou se vai parcelar o imposto em três vezes.


Se o imposto já é pesado para quem vai pagar o IPVA vindouro, imagina para quem está com o IPVA de 2011 atrasado? Infelizmente, essa é uma situação delicada que acontece. Para se ter ideia, de acordo com o DETRAN-MG, cerca de 17% da frota mineira está em situação irregular. Além dos riscos, o condutor que for parado pode ter seu veículo apreendido, sofrerá perdas de pontos na carteira de habilitação e terá que arcar com as despesas relacionadas a esse veículo.

O valor do IPVA é calculado de acordo com o modelo e o ano do veículo e vai até 4% do valor do bem de acordo com a tabela FIPE – carros até 4% e moto até 2%. Além do mais, existe o seguro obrigatório –DPVAT– e a Taxa de Licenciamento. Sim, não é nada barato. O pior é que o imposto (na maioria das vezes) não é bem aplicado e com isso tem-se a sensação de que o que se está pagando não retorna para a população em forma de benefícios. Aqui em Minas, pagando-se à vista, tem-se o desconto de 3% sobre o imposto.

Mas é melhor pagar à vista ou parcelar? Se você tiver o dinheiro para pagar o imposto de forma integral, prefira o pagamento à vista. Comparando à renda fixa, não existe aplicação financeira que renda 3% ao mês, portanto, aproveite o desconto. Caso não tenha outro jeito, parcele. A quitação integral se dará em março, mas é melhor (muito melhor, obviamente) do que ficar inadimplente. se você não tem dinheiro para pagar o imposto, procure linhas de financiamento nos bancos para essa finalidade. Não é o melhor dos mundos, mas ao menos você fica em dia com essa obrigação.

Uma orientação importante é a seguinte: se você sabe que vai ter que pagar o imposto e as taxas no ano seguinte, sabe o valor aproximado que ele vai custar, por que não poupar ao longo do ano para que quando chegar 2013 você quitar a obrigação com desconto? Assim, quando essa época chegar você terá construído para si, ao longo do ano, a tranquilidade da quitação integral desse compromisso.


15 de janeiro de 2012

Demanda reprimida: cuidado na hora de satisfazê-la!


Demanda reprimida poderia ser definida como a capacidade de consumo de algum bem ou serviço que não se concretiza por algum motivo, seja por falta de renda, falta de produção, falta de infra-estrutura para sua utilização, etc...

Um exemplo bem claro é o que tem acontecido no mercado imobiliário brasileiro: especialmente devido a falta de crédito, o Brasil tem uma enorme demanda por imóveis, por construção civil. Isso, antes da facilitação de acesso ao crédito, fez com que os imóveis se valorizassem mais devagar e tivessem uma liquidez (facilidade de vender e comprar) bem reduzida. Com o crédito farto e a diminuição das taxas de juros o cenário se modificou e observamos uma expressiva valorização do mercado imobiliário, bem como o aumento da facilidade de se comprar e vender o que alimentou (e alimenta) a demanda por esse tipo de bem. Outro exemplo, um pouco mais distante, foi quando se deu a mudança da moeda brasileira através do plano real: pode-se observar um aumento expressivo do consumo de iogurte e refrigerantes, pois o poder de compra naquele momento melhorou significativamente.

De fato, a identificação de uma necessidade não satisfeita pode ser uma oportunidade, inclusive, para empreender. Mas falando do aspecto das finanças pessoais, a satisfação quase que imediata dessa demanda pode ser um risco se não houver um planejamento e uma administração das expectativas de consumo.

Consumir faz bem, todo mundo sabe. Mas o maior cuidado que temos de tomar é o de consumir com consciência. Devemos sempre procurar diferenciar os desejos das necessidades, pois são esses dois mundos que ditam grande parte das nossas decisões de gastar o nosso rico dinheiro.

É óbvio que se tivermos a oportunidade temos o prazer de satisfazer nossos anseios. Mas aqui deixo uma questão básica para se refletir e, com isso, racionalizar a decisão: é um desejo ou uma necessidade? Lembre-se: especialmente as grandes decisões podem (e vão) impactar aquilo que você mais almeja. Portanto: calma e cuidado!

10 de janeiro de 2012

O segredo da vida está dentro de você!

Ontem eu vivenciei uma situação inusitada, que, a princípio, mostrou-se de elevado risco. Eu fui abordado por um rapaz que estava bastante alterado. Como instinto de reação eu me preparei para uma possível fuga e, se fosse o caso, uma luta. Nunca precisei usar minhas habilidades e conhecimentos em artes marciais em ninguém e espero continuar com essa marca pelo resto da vida. E, felizmente mais uma vez, não precisei usar nessa ocasião.

Vou resumir o conteúdo da conversa e, depois, apresentar meu ponto de vista.

Esse rapaz se disse ex-presidiário, queria tomar uma pinga, e estava muito alterado. Sua voz era rouca, suas reações corporais eram involuntárias, como se de fato estivesse entorpecido. Mas, naquela situação, acabei conversando com ele enquanto caminhava para o ponto de ônibus. Ele disse que tinha matado uma pessoa e por isso tinha sido preso. Porém, agora, devido a condição de discriminação, ele não conseguia trabalho, não conseguia abrigo e vagava por aí. Perguntou insistentemente se Deus o perdoaria pelo que ele fez e o convenci de que sim, desde que ele se sentisse perdoado. Depois, ao chegar ao local onde esperaria meu ônibus, ele confessou que precisava era de uma palavra, alguém que pudesse clarear um pouco a mente dele. Pediu, novamente, que eu lhe desse dinheiro, mas não dei. Sabia que se o fizesse ele se intoxicaria ainda mais e eu poderia, direta ou indiretamente, provocar mais mal que bem.

Isso me fez refletir em como a maioria de nós é abençoada e que como podemos mudar o mundo (no mínimo o nosso e das pessoas mais próximas) se tivermos a vontade suficiente para mudar a nós mesmos. Esse rapaz está numa situação de risco em que ele pode prejudicar a si mesmo e outros indivíduos - o que pode ser muitas vezes pior por se tratar de pessoas inocentes. Mas qual a raiz disso tudo? A meu ver, chama-se educação. Não é bem a educação formal, de dentro das escolas, faculdades e outras instituições de ensino. É a educação proveniente da formação familiar. Ele tem culpa do que fez no passado? Sim, provavelmente sim. Mas as influências que ele recebeu de seus familiares, pessoas de referência, da própria sociedade, enfim, o que ele absorveu trouxe ao seu estado atual.

Isso me traz a um assunto importantíssimo para todos nós: o condicionamento de nossa mentalidade. Basicamente, somos influenciados de três formas: condicionamento verbal (o que você ouviu quando era criança), exemplos (o que você viu quando era criança) e episódios específicos (que experiências você teve quando criança). Essa tríade é poderosíssima e, geralmente, ela traz todos os impactos inconscientes em nossas vidas.

O primeiro passo para mudar nossa realidade interna (e a meu ver o mais difícil) é a conscientização. Trata-se da identificação de algum comportamento e modo de pensar que te prejudique ou que te proporcione reações e sentimentos ruins. Após a conscientização, devemos entender que essa forma de pensar (e, consequentemente, agir) não é nossa: foi aprendida de fora. Qualquer uma das três formas de condicionamento são externas e elas foram aprendidas de alguém: essa é a fase do entendimento. Depois, com esses pensamentos/comportamentos claros e definidos, temos o poder de decidir mantê-los ou mudá-los: essa é a etapa de dissociação. Por fim, temos, das mesmas três formas (condicionamento verbal, episódios específicos e exemplos), re-estabelecer novos e melhores hábitos: a fase de recondicionamento  (não é a mais difícil, mas a mais trabalhosa). Esse é um processo que pode ser demorado, especialmente quando se trata de nos desenvolvermos ao ponto de mudar hábitos. Geralmente, são meses de vigília e auto-monitoramento, até que, em determinado momento, você começa a executar as ações propostas de forma automática, sem pensar.

O que eu quero propor com essa reflexão? Se você, leitor, tem a oportunidade de ler esse post (e qualquer outra informação na internet) saiba que você já tem tudo o que precisa para mudar a sua vida. Tem que estudar mais, tem que se aperfeiçoar, entender como funcionam os mecanismos mentais? Claro que sim. Dá trabalho? Depende do seu nível de interesse. Quando o verdadeiro desejo vem à tona, mesmo que pareça algo impossível de se realizar, nós realizamos justamente esse "impossível". Sei que não são todas as pessoas que têm gosto ou interesse por esses assuntos, mas ao menos deveriam aprender como se aperfeiçoar. Se cada consciência individual se elevar, a consciência de toda raça humana também se elevará e criaremos um mundo, um ambiente muito melhor na nossa breve jornada terrestre.

"Tudo aquilo que a mente do ser humano criar e acreditar pode ser feito" -Napoleon Hill

8 de janeiro de 2012

Planejamento financeiro para atingir o bem-estar


Uma pessoa com problemas financeiros tende a ter problemas em várias outras áreas da vida, inclusive a profissional. É aquele dinheiro que faltou para pagar uma conta ou aquele passeio vai ter que ficar para o próximo fim de semana. No meio do mês o salário já se foi quase inteiro e ainda tem a fatura do cartão de crédito para pagar (de onde tirar mais dinheiro?). Além disso, tem o financiamento do carro ou da moto que tem que pagar, mas não se sabe mais como... e por aí vai! Pessoas que passam por situações como essas tendem a ficar estressadas, preocupadas, desmotivadas e infelizes (além de desatentas), pois existe uma relação direta entre dinheiro e qualidade de vida: o bem-estar financeiro.

Para que as pessoas se sintam seguras e também felizes devem se planejar financeiramente. Um planejamento norteia e determina o que se faz com o dinheiro. Nos mostra um cenário que se não existir o planejamento pode passar despercebido. Mas qualidade de vida depende do dinheiro? Em parte sim. Ter as finanças sob controle (e não ao contrário) possibilita certa tranquilidade e isso nos proporciona, dentre outras coisas, equilíbrio emocional.

Os apelos de marketing nos estimulam a consumir. E, infelizmente, acabamos cedendo às pressões tanto desses apelos quanto dos nossos meios sociais (família, amigos, status) que acabamos, quase que por inércia, nos endividando. O relacionamento que temos com o dinheiro, o real significado que damos a ele e as coisas que podemos comprar, fazem toda a diferença na vida financeira.

Além disso, as campanhas publicitárias procuram despertar nas pessoas uma insatisfação constante, especialmente a insatisfação do “não ter”. Sabemos, inclusive, que as crianças também são fortemente impactadas por tais campanhas – e as pequenas entram também nesse ciclo vicioso. Temos de compreender, e isso vem muito de uma reflexão profunda, que a nossa insatisfação com alguma coisa na vida não é compensada com a aquisição de algum bem. É um fator basicamente emocional. O trabalho que não lhe satisfaz, a falta de tempo para dedicar-se aos entes queridos e a própria insatisfação pessoal não são resolvidos com compras. Em realidade, ir às compras tomado por uma situação dessas trará um alívio temporário, alívio apenas dos sintomas. As verdadeiras causas devem ser descobertas e tratadas. Fácil? Não, não é. Mas esse é o nosso desafio. Uma das formas que pode ser usada para se conter diante de um impulso desses é olhar e contemplar por algum tempo para o objetivo que você estabeleceu para si. Se ele for realmente importante, é muito provável a consciência vai gritar e colocar ordem no impulso descontrolado do consumo. Dói na consciência sabermos que estamos nos afastando daquilo que é importante para nós mesmos. “Antes sentir a dor da disciplina do que a dor do arrependimento”.

Se o antigo dito popular “sobra mês no fim do salário” é verdade em suas finanças significa que elas não vão bem e o sinal de alerta (e até sinal vermelho) está acionado. Essa situação não é normal e não deve acontecer. Planejar e distribuir a renda de maneira que as despesas sejam menores que a receita, é indispensável. As pessoas devem ter consciência de que o planejamento financeiro é a ferramenta mais adequada para gestão da vida financeira. É a partir dele que você conseguirá caminhar em direção aos seus sonhos de acordo com suas possibilidades.

Mas, e os imprevistos que podem comprometer nosso dinheiro? Todos estamos sujeitos a eles, é verdade. Contudo, se houver planejamento, organização e disciplina, as pessoas estarão preparadas, inclusive para imprevistos, pois a prioridade número #1 deve ser a de formação de uma reserva de emergência exatamente por esse motivo.

1 de janeiro de 2012

Como foi o seu Réveillon?


Não estou aqui para falar de finanças pessoais nem de investimentos. Talvez alguma coisa sobre metas, mas não muito mais que isso.

O ano virou. 2011 agora é ontem, literalmente. Eu espero que esse momento tenha sido especial, como cada dia deve ser para você. Que tenha sido como uma pessoa me disse logo no início da noite: “quero marcar esse momento na vida das outras pessoas” (e ela conseguiu!). Para alguns o momento foi em família, para outros entre amigos... festa é sempre muito bom! Mas não se esqueça de que é importante definir que direção tomar, que rumo você tem tomado ou está tomando - essa caminhada vai te conduzir ao "lá". Aliás, mais importante que isso é o que você está fazendo ou se comprometeu a fazer para cumprir suas resoluções no ano novo (sejam elas novas ou antigas).

O meu Réveillon foi muito bacana, muito especial: me diverti à beça! Pude experimentar novas sensações que há muito tempo não sentia. Aqui em BH, na virada e durante toda noite, a chuva veio para lavar o “ano velho”. Quanta água! Mas nada que muita música boa, amigos, animação e dança não façam com que a chuva seja um adereço charmoso ao momento vivido.

Não me delongando demais, penso que, mais uma vez, eu voltei a perceber o mundo de forma mais especial e singular. Talvez seja a mágica dessa época, não sei... Tem uma pessoa especial que disse que o que importa nessa vida é o Amor - esse sentimento nós tanto procuramos na vida e que simplesmente pode ser reconhecido em tudo e em todos. E ela está certa, sempre esteve.

Feliz Vida Nova para todos nós!