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23 de março de 2013

O custo de oportunidade na vida

Essa semana, tive o prazer e privilégio de contribuir com uma postagem no blog Educar Finanças, do meu amigo e parceiro Thiago Dias Quintino.

Segue o link direto do artigo: O custo de oportunidade na vida.

Confiram e deixem seus comentários!

Bom fim de semana a todos!

9 de março de 2013

(Super) Desigualdade na Distribuição de Riqueza nos EUA


Esse vídeo mostra infográficos chocantes sobre a distribuição da riqueza nos EUA, destacando tanto a desigualdade quanto diferença entre a percepção da desigualdade e os números reais.
A realidade muitas vezes não é o que nós pensamos que é.


Recebi esse vídeo de uma amiga no Facebook - não tinha visto até então; é interessante e ao mesmo tempo estarrecedor. Porém, apesar do volume que impressiona, o locutor disse uma coisa importante: é bem capaz que os ricos e os super ricos tenham ganhado seu dinheiro trabalhando duro por muito tempo e acredito que tenha o efeito "bola-de-neve" pensando em riqueza que passa através de gerações.

Raciocínio um pouco simplista só para ilustrar: digamos que em meados de 1800 seu tatatataravô fosse Henry Ford. Ele é considerado o pai da indústria automobilística mundial. Se tudo correu razoavelmente bem, provavelmente você faria parte dos 1% mais ricos atualmente (entre as 3 milhões de pessoas super ricas nos EUA). Porém, existem casos como Warren Buffet e seu amigo, Bill Gates. Bilionários pelo talento, pela oportunidade, pela gestão e pelas pessoas que colocou ou aprenderam a colocar ao seu redor para ajudar a enriquecer. Sim, existem casos de gente que ganhou (e ganha) muito dinheiro na base da falcatrua, alguns, inclusive, das indústrias farmacêutica e financeira. Mas eles são poucos - apesar que o "poucos" podem representar dezenas ou centenas de milhares de pessoas.

Pensemos da outra ponta, os mais pobres. Infelizmente, tanto lá, como aqui e como em qualquer parte do planeta existirá desigualdade. É utopia (apesar de alguns amarem essa possibilidade) pensar que não existirão desigualdades. As diferenças (até mesmo as sociais e econômicas) é que faz de nós seres humanos. Pensamos diferente, agimos diferente, somos egoístas em um ou outro momento, temos compaixão algumas vezes e a soma disso e mais um monte de coisas produz o resultado coletivo. As pessoas super pobres podem e devem ser ajudadas; de que forma? Elevando o grau de consciência, mostrando e ensinando-as que elas podem ser muito melhores do que os pais, avós, ascendentes - como eles jamais foram! De que forma? Educação. Mas não só educação das escolas, faculdade... não... educação no sentido de construir o pensamento crítico-investigativo, de ajudar a mostrar que existem milhares de possibilidades que elas podem fazer (empreender) e se ajudarem, além de ajudarem as pessoas ao seu redor. Precisa de incentivo? Tenho certeza que sim - e ele deve ser bem direcionado para que as ações sejam eficientes e eficazes.

De onde deve partir essa ajuda? De cima para baixo (não necessariamente do super topo). Da minha parte, costumo em uma ou duas conversas, colocar a pessoa para pensar, estimular a ação, mostrar que ela é muito capaz, muito mais do que ela mesmo imagina. Algumas vezes bastam uma ou duas conversas; outras vezes, alguns meses. Depende muito, já que somos diferentes e temos desafios internos percebidos de maneira diferente. O ponto é: não podemos para de nos ajudar.

Quanto ao capitalismo: até agora é o sistema que deu certo no mundo, mas o capitalismo atual está falindo. Vejo que ele terá de evoluir para um capitalismo mais social no sentido de valorizar o ser humano, de que a classe patronal invista nas pessoas para que se possa formar mais gente, aumentar o nível de consciência e que seus negócios possam beneficiar ainda mais pessoas. A classe trabalhadora, com esse nível de reconhecimento e incentivo para se desenvolver, ou trabalhar mais forte visando o bem comum ou mesmo, em um ou outro momento, se tornar patrão, com a visão de ajudar mais gente em uma posição de força. Isso é o que enxergo, mas sei que é um pouco distante da realidade atual.

"Se ficar o bicho pega; se correr o bicho come; se nos unirmos o bicho foge"


6 de março de 2013

Brasileiro é sem educação



Ao final do ano passado a BM&F Bovespa encomendou uma pesquisa para avaliar o nível de conhecimento sobre investimentos da população brasileira. Foram entrevistadas 2.000 pessoas em 100 diferentes cidades do País.

Resultados alarmantes: 27% dos entrevistados considera a caderneta de poupança o investimento mais arriscado. Vou repetir para enfatizar: 27% dos entrevistados considera a caderneta de poupança o investimento mais arriscado. Ao mesmo tempo, 44% considera a aplicação preferida. Bem paradoxal, não?! Diante disso, a pesquisa traz a ideia de que brasileiro não gosta de correr riscos; mas se a poupança é considerada arriscada por que continuam aplicando nela? Provavelmente por cultura de investimento além da sua simplicidade e facilidade de aplicação. Porém, essa preguiça mental pode trazer problemas gravíssimos no futuro.

Sabe-se que inflação é a perda do poder aquisitivo ao longo do tempo. Ter inflação não é ruim, muito pelo contrário. Porém, esse indicador deve estar sob controle para que não ocorra alta generalizada em demasia, provocando a hiperinflação (calma, o Brasil está muito mais evoluído e muito mais sólido: é provável que não tenhamos os problemas que o País sofreu na década de 80 e início da de 90, então calma). A captação de recursos em 2012 para a caderneta de poupança bateu recordes (mais uma vez), porém a “nova” poupança teve o menor rendimento da história, perdendo inclusive para a inflação.

Pensemos em um exemplo prático: imagine que a primeiro de janeiro de 20XX você pudesse comprar sua cesta básica a R$ 100,00. Então uma nota de cem reais bastava, certo? Porém, ao longo do ano, os preços variam. Digamos que a inflação nesse ano foi de 5%. Você acha que a mesma nota de cem compra a sua cesta básica? Certamente não. Você precisará de R$ 105,00 para comprar os mesmos produtos que em janeiro do ano anterior. Lógico que não funciona “redondinho”, mas a ideia é basicamente essa.

A nova poupança teve rentabilidade acumulada de 2,7464% no período de julho a dezembro de 2012. (fonte: Portal Brasil). Fazendo o mesmo processo de acúmulo com o IPCA, de julho a dezembro de 2012, o índice teve o resultado de 3,4378%. Resumindo: quem tem investimentos na nova poupança perdeu dinheiro, pois ela rendeu menos que a inflação.

Pouquíssimas pessoas conhecem outras formas de aplicação, muitas vezes mais rentáveis: menos de 10% dos entrevistados sabem o que é um fundo DI; cerca de 17% sabem o básico de investimentos compreendendo, por exemplo, o funcionamento de um fundo de investimentos. É alarmante!

A história econômica nem tão recente assim do Brasil faz com que as pessoas se mantenham acomodadas: tivemos hiperinflação em que se deixasse o dinheiro parado para comprar bens reais (imóveis e até mesmo carros (!!) ) seria mais seguro que aplicar; outros ganhavam muito dinheiro do dia para noite com aplicações em fundos conservadores de renda fixa – marcas históricas existem, mas temos que atentar e lidar com a realidade, não com o passado.

A economia brasileira mudou muito: hoje temos uma moeda estável, a taxa básica de juros encontra-se em patamares históricos super baixos, temos um sistema bancário forte, acesso a diversos produtos de investimento que também são simples e mais rentáveis que a própria caderneta de poupança (ex. Tesouro Direto).

Para quem tem acesso e conhece o mínimo de internet é comodismo e pura negligência não pensar e estudar sobre educação financeira, investimentos, economia. Alguns vão falar que são assuntos complexos, chatos, o que não é verdade. Na medida em que você vai tendo contato regular com o assunto, as percepções ficam mais rápidas e vai-se construindo pensamento crítico-investigativo. Não é necessário se tornar um especialista, mas é importante estar bem informado e atento às mudanças que esse contexto causa numa parte muito delicada de todas as pessoas: no bolso.

Falta de educação financeira, ignorância sobre esses assuntos, com certeza, é prejuízo real!

Boa semana e bons investimentos!