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23 de agosto de 2011

Segure o boi pelo chifre!

Que mercado volátil, não?! O mercado de ações nas últimas semanas está muito, muito emocional. É natural: investidores até aceitam tomar risco, mas o que não aceitam é perder. Perder? Sim, todos somos avessos às perdas. Porém, com o mercado ainda do jeito que tá, dá para se fazer excelentes compras e, talvez, esse seja um grande momento de se fazer o "pé-de-meia". Por quê? Porque a economia brasileira, mesmo diante da interligação global, da alta inflação que estamos sentindo, queda no valor das exportações diante da valorização do Real e, consequentemente, menor lucro das empresas exportadoras (especialmente) de commodities, somos fortes e temos excelentes empresas. Empresas que estão lucrando absurdos, batendo recordes históricos de lucros (leia-se, pelo menos, ItauUnibanco e Petrobrás), mesmo diante do tsunami que atinge (de novo) as economias européias e estadunidense. Porém, após se conscientizar de que o Brasil está bem, pronto, preparado para o que vier, como decidir o que comprar na bolsa? Existem mais de 300 ações à disposição dos investidores... E aí?

Eu, particularmente, tenho adotado um método empiricamente testado, existente há mais de 40 anos nos Estados Unidos e adaptado à realidade brasileira pelo Instituto Nacional dos Investidores - INI.

Esse método proporciona ao investidor a aplicação de técnicas que permitem avaliar ações e as carteiras de ações de um modo bem simples e eficiente. Recomendo imensamente que leiam e estudem minuciosamente o Manual Técnico do INI (clique aqui para baixar), pois é impossível passar a gama de detalhes e nuances que estão contidos nele.

É claro que estou falando de investimento para o longo prazo, com a proposta de que, se o investidor fizer um bom trabalho, pode ser possível dobrar o seu capital em 5 anos (isso não é tão longo prazo assim, é!?).

Porém, devemos seguir cinco princípios importantíssimos para que o investidor possa se beneficiar do método de análise de ações. São eles (extraído do Manual Técnico do INI):

Princípio 1
Investir com regularidade, independentemente das perspectivas de mercado.

Quado você começa a investir, geralmente você fica inseguro quanto ao momento certo para entrar ou sair de uma empresa. O tempo e a experiência ajudarão a afastar e mitigar esses receios. As evidências (e os números!) mostram que o mercado acionário, no longo prazo, tem sido a aplicação de melhor retorno. Sendo criterioso e racional em seus investimentos, você aumentará consideravelmente suas chances de ganho.

Princípio 2
Reinvestir todos os lucros.

Reaplique no mercado todos os lucros de seus investimentos. Isto permitirá a você maximizar seus ganhos através da capitalização composta, ganhando mais do que mantivesse apenas o capital original empregado. É o "juros-sobre-juros" trabalhando a seu favor, não contra você!

Princípio 3
Investir em empresas com passado e potencial para crescimento.

Adquira ações de empresas cujas vendas e lucros estejam evoluindo em velocidade maior que o Produto Interno Bruto (PIB) e cujos históricos sugiram que elas estarão mais valorizadas nos cinco anos seguintes.

Princípio 4
Diversificar para reduzir o risco.

Algumas de suas escolhas serão muito bem sucedidas e outras terão resultados decepcionantes. Como é impossível prever ofuturo com exatidão, não se deve esperar que todos os resultados sejam satisfatórios. Através de diversificação, você precisará apenas de um crescimento médio que alcance sua meta; um eventual erro não provocará um grande desequilíbrio.

Princípio 5
Procure investir em empresas que desenvolvem bons princípio de Governança Corporativa (blog de minha professora de Governança Corporativa, Adriana Solé).

Dessa forma você estará lidando com empresas socialmente responsáveis, empresas que respeitam  o meio ambiente, a legislação e, principalmente, os direitos e a relação com os acionistas minoritários.


Gostou? Então, para quem ainda não sabe o que fazer, é hora de estudar, aprender um pouco mais em vez de ficar com medo do mercado em queda.

Como sou estudante de mandarim posso falar :-) : a ideia de crise é formada por dois ideogramas: perigo e oportunidade.


Em qual deles você quer se agarrar?

2 de agosto de 2011

O drama dos irmãos do norte

Recebi um e-mail muito bacana de uma postagem no blog do Marcelo Tas com um infográfico que gostaria de compartilhar na íntegra. Fiquei muitíssimo impressionado com o que os EUA estão mexendo... constatem na leitura.


Dívida dos EUA: o tamanho da encrenca

26 DE JULHO DE 2011, 15:31

ESCRITO POR MARCELO TAS

Dívida norte-americana: muito se fala, pouco se entende. Vai abaixo um infográfico para tentar te ajudar a entender e visualizar o tamanho da encrenca. Não tenha dúvida, meu caro amigo, minha cara amiga: não é porque vivemos no país do PAC, do bolsa família, da prosperidade Antonio Palocciana… Se os EUA dançam, o mundo inteiro vai atrás deles até o fundo do buraco. Nunca antes na história desse planeta valeu tanto aquela expressão… No mundo globalizado com economia on-line, estamos todos no mesmo barco.
Agora, vamos enxergar o tamanho do buraco dos nossos irmãos do norte através de um infográfico criado pelo WFTnoway com dados do US Debt Clock, o reloginho que marca em tempo real o tamanho da dívida do estado norte-americano.

100 dólares: nota de dinheiro mais conhecida do mundo.

10 mil dólares: grana suficiente para torrar numas férias caprichadas ou num carro usado. É o valor médio equivalente a um ano de trabalho de um cidadão no planeta Terra.

1 milhão de dólares: prêmio de reality show brasileiro. É o valor equivalente a cerca de 92 anos de trabalho de um humano médio no planeta Terra.

100 milhões de dólares: opa, já dá para arrumar a vida de qualquer bom gastador. Ladrão que botar a mão numa bolada dessa já vai precisar de uma empilhadeira para levar o tutu para casa.

1 bilhão de dólares: agora a coisa ficou séria. Brincadeira de cachorro grande, o clube do bilhão é só para pesos pesados.

1 trilhão de dólares: Se você gastasse 1 milhão de dólares desde o dia 1 do ano que Jesus nasceu, não teria gasto até hoje a soma de 1 trilhão de dólares, mas apenas cerca de 700 bilhões.

Quando o governo dos EUA reconhece um déficit de U$ 1,7 trilhão, isto representa apenas o valor que ele tomou emprestado em 2010 para manter a máquina do estado em movimento.
Repare: vemos aí uma pilha dupla, em unidades encaixadas de 100 milhões de dólares.

Para facilitar sua visualização do tamanho da encrenca: o trilhão de dólares comparado a um jato ou um campo de futebol.

15 trilhões de dólares: Se o governo americano não resolver o deficit, a dívida alcançará 15 trilhões de dólares até o natal de 2011. Estoura o teto máximo permitido por lei, hoje fixado em U$ 14,3 trilhões. Um volume capaz de assustar a Estátua da Liberdade.

114,5 trilhões de dólares: é o endividamento sem garantias. Representa o valor necessário para os EUA financiarem previdência social, serviços médicos e remédios, fundo de desemprego, despesas militares e pensões para os civis… Enquanto isso, eles continuam acelerando nos gastos. Só a guerrinha no Afeganistão custa a bagatela de U$ 2 bilhõezinhos por semana!

Entendeu o drama?
Então responda o que você faria se fosse o Obama: como resolver uma dívida dessas?