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11 de abril de 2014

A ÚLTIMA solução: A proteção do Guardião

Chegamos ao último post dessa super série sobre obstáculos emocionais. Vimos vários conceitos e foi oferecido vários exercícios de tomada de consciência não só para sua vida financeira, para todos os aspectos dela! Falamos sobre 5 obstáculos emocionais que te impedem de conseguir resultados. Se ainda não conferiu seguem os links:


Além disso, nos dois últimos posts falamos sobre como resolver quatro desses obstáculos:

Solucionando seus MEDOS para sempre! (em que tratamos do Refoco Positivo, como técnica para solucionar seus medos)
UMA solução para TRÊS obstáculos (Apresentamos a técnica da Conversa Interna Dirigida que resolve as crenças de luta, as histórias pessoais e as metáforas pessoais)


O segundo obstáculo trazido à luz da consciência foi o Guardião. Entenda uma coisa: o Guardião sempre esteve ao seu lado; o Guardião quer o seu bem. O Guardião quer evitar que você sofra uma mudança brusca e perca coisas em sua vida porque a zona de conforto é ruim, mas é um ruim conhecido. “Eu ganho mal, mas se eu pedir demissão posso ficar sem emprego”: isso é um ruim conhecido. O Guardião quer te manter naquele ruim conhecido porque ele sabe que se você sair dali você pode sofrer mais. Você já sabe tudo o que a zona de conforto pode te dar.

Porém, surge uma pergunta: se o Guardião está do seu lado, porque ele te impede de sair dessa zona de conforto? Porque ele ainda não entendeu bem a questão.

Qual é a verdadeira intenção do Guardião?

Você já se convenceu de alguma coisa? Às vezes você conversou com alguma pessoa sobre determinado assunto, mas, de pronto, acabou discordando. Depois você foi para casa, conversou com você mesmo e acabou se convencendo daquele ponto de vista, podendo até admitir para a outra pessoa que ela estava certa.

Como que você consegue se convencer de uma coisa se você é um só? Porque você não é um só: você tem partes. Uma parte de você convenceu a outra e todo mundo chegou à conclusão junto. Então é isso que você vai fazer com o Guardião: convencê-lo a estar do seu lado.

Mas como?

Primeiro você deve entender que a intenção dele é positiva, é boa. A intenção dele é te proteger, é cuidar de você. Não é uma parte ruim de você. Não é nada espiritual, não é espírito opressor, demônio: é uma parte de você. Não é uma parte que tem função de morte; o Guardião é uma parte de você que quer protege-lo da zona de desafio, uma região desconhecida.

O que ele precisa saber é que existem outras maneiras de te proteger. O Guardião pode te proteger de outras formas. A intenção dele não é te prejudicar, não é fazer você ficar arrogante no meio de uma palestra (“eu já sei isso”), não é fazer você ter sono: a intenção dele é te proteger, há outras maneiras positivas te proteger.

Para você sair da zona de conforto, você precisa criar uma base segura na zona de conforto para que possa se aventurar na zona de desafio: e isso é aos poucos. Não acontece “na marra”, de uma vez só.

Em algumas área de sua vida você vai conseguir sair de uma vez só: da zona de conforto para a zona de desafio; porém em outras você vai saindo aos poucos, estruturando bem essa base de segurança. Seja qual for sua forma (rápida ou devagar), não se julgue porque não conseguiu provocar uma mudança de um mundo para o outro: você tem um ritmo de reação que é só seu. Não tem certo ou errado. Não há necessidade dessa cobrança; não há necessidade desse sofrimento. Você pode sair da zona de conforto trazendo o Guardião para o seu lado: de forma segura, tranquila.

Qual a intenção real do seu Guardião? Ele quer te matar, ele quer te fazer infeliz? Com certeza não: a intenção real dele é te proteger. Que outras formas o seu Guardião pode usar para te proteger? Que outras maneiras o seu Guardião pode atuar para te proteger que não seja te mantendo paralisado? Você já descobriu como ele atua, ele usa esse método que você descreveu anteriormente. Que outras coisas ele poderia fazer?

Existem muitas maneiras diferentes de atingir a mesma intenção. Uma coisa boa é relaxar. É uma coisa que precisamos fazer, concorda? Que maneiras existem para relaxar? Uma delas é fumar um cigarro: as pessoas que fumam falam que fumar espairece a cabeça, relaxa. Outra maneira de relaxar é comer um prato de massa: você come aquele pratão, enche seu corpo de opiáceos e se sente relaxado. Frequentar a academia todos os dias de manhã, sentir aquelas endorfinas pelo seu corpo também é uma forma de relaxar. Praticar ioga é outra forma de relaxar. Então existem muitas formas de relaxar. Muitas vezes você tem uma intenção inicial de relaxar e muitas vezes você fuma para ter essa sensação: porém você poderia relaxar frequentando uma academia ou praticar ioga ou corrida.

A intenção de seu Guardião é proteger. Será que só dá para proteger impedindo de você de caminhar? Será que só dá para proteger te distraindo, te levando à multitarefa ou fazendo você ter desdém? Será que só dá para relaxar fumando? Será que só dá para te proteger fazendo você sentir sono?

Quais outras maneiras seu Guardião pode te proteger? É isso que seu Guardião precisa entender porque ele vai continuar insistindo, vai continuar te protegendo. O que você não quer é que ele te proteja te paralisando.

Quando você traz o Guardião para seu lado você fica imbatível: uma parte que antes estava te atrapalhando agora estará te ajudando. 


Pegue cada uma forma de atuação do Guardião e estude qual a Intenção Positiva por trás desse comportamento. Do que seu guardião está querendo te proteger? Quais ouras formas seu Guardião pode atingir a mesma intenção positiva sem que ele te paralise, sem que provoque sono, desdém, uma emoção forte, te distraia? Descreva essas novas formas de agir e convença o seu Guardião que aquela forma é melhor que qualquer ação paralisante. E, principalmente, implante essas mudanças aos poucos: seu Guardião é conservador – para que ele não te boicote é necessário criar uma base segura na zona de conforto e expandi-la aos poucos: fazer com que a zona de desafio se torne conhecida.

***

Como fiz nos outros dois posts, vou relatar um dos pontos que identifiquei com relação ao meu Guardião. Quando fiz o exercício, algumas formas de atuação se apresentaram. Mostro uma, que pode ser bastante comum entre vocês, leitores:

- às distrações: ficar olhando o Facebook 
INTENÇÃO POSITIVA: é tentar através da rede social compartilhar e ajudar as outras pessoas com meus conhecimentos e conselhos.
NOVA FORMA DE PROTEÇÃO e ATUAÇÃO: dar mais palestras e oficinas para suprir a mesma necessidade, além de ajudar as pessoas de forma personalizada trabalhando com coaching financeiro. 

São as soluções simples que atendem a mesma necessidade do Guardião e você tem que descobrir a Intenção Positiva dele e convencê-lo (e treiná-lo) a adotar essa nova solução. Faça isso e descubra um novo mundo: um mundo além da zona de fronteira. Faça da sua zona de desafio a sua nova zona de conforto!

***

Então, fechamos com esse post toda série que mostra e trata os obstáculos emocionais. Espero que tenham gostado e principalmente feito os exercícios, pois, como diz o meu mentor: "conhecer a mente humana é algo muito bom, mas melhor ainda é poder mudar de vida!"

Sucesso!


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5 de abril de 2014

UMA solução para TRÊS obstáculos



No terceiro obstáculo tratamos de trazer à consciência as crenças de luta. A técnica que é utilizada para trabalha-las e quebra-las é a Conversa Interna Dirigida – essa mesma técnica serve para se trabalhar com as Histórias Pessoais e as Metáforas Pessoais


Como uma crença é construída? Como uma crença se estabeleceu dentro de você? 

Muitas pessoas têm crenças do tipo “As melhores pessoas são aquelas que superam grandes dificuldades” ou “o que vem fácil vai fácil” ou alguma coisa do tipo. Mas como isso se estabeleceu dentro de você?

Tomemos um exemplo: digamos que uma mulher estabeleceu a crença de que “nenhum homem presta” e simplesmente não aparece na vida dela nenhum homem que presta; do contexto de vida dela, no ponto de vista dela não existe homem algum que preste. Ela acredita tão fortemente nisso que para ela essa crença é verdade. Primeiro apareceram homens que não prestam, depois ela acreditou nisso e fez aparecer homens que não prestam: o que veio primeiro? 

Uma crença é como se fosse uma mesa. Para uma mesa se sustentar ela precisa basicamente de quatro pernas. Mas quanto mais pernas ela tiver mais firme fica. Nessa analogia as pernas são os pilares que sustentam aquela crença (mesa). 

Suas crenças são construídas linguisticamente e reforçadas pelas informações que você recebe. Então se suas crenças são construídas com linguagem, você as desconstrói com linguagem, através de uma discussão com você mesmo. Esse questionamento de crenças é um método muito poderoso. 

Portanto, a chave-mestra para resolver as crenças é você discutir com você mesmo. Por exemplo: digamos que você tenha uma crença de que “o que vem fácil vai fácil”. Daí você começa a se perguntar: “Como assim o que vem fácil vai fácil?” “Tem que ser assim?” “Sempre é assim?” “Você acha que o caminho do Mark Zuckerberg, criador do Facebook, foi difícil? Apesar de terem criado um filme para romantizar a história, a vida dele foi mais fácil de que quase todo mundo. Isso tira o valor da criação do Facebook, da ideia que ele criou, da percepção, do algoritmo? Não tira nenhum valor, muito pelo contrário”.

Nós temos que nos habituar a analisar as coisas a partir do sistema, de um nível acima – não através de uma visão muito estreita.

Normalmente quando uma pessoa tem uma crença negativa, ela já faz essa discussão: só que das coisas boas. Algumas pessoas às vezes ganham uma promoção, ganham um prêmio, ou são laureadas com uma coisa boa qualquer. Depois a pessoa fica pensando: “Será que eu mereço mesmo? Será que sou bom o suficiente para isso?” Isso é uma conversa interna questionando um fato bom. Você já está acostumado a questionar, se você tem esse padrão. O trabalho com as crenças de luta é questionar as coisas ruins, aquilo que está te limitando. 

Seu exercício é fazer uma Conversa Interna Dirigida, uma discussão com você mesmo dessas suas crenças negativas.

Eu tenho que agradar todo mundo”. Tem mesmo? Todo mundo tem que gostar de você mesmo? “Ah... se eu não agradar todo mundo eu me sinto mal”. Você tem medo de agradar todo mundo? Nenhum grande homem nem uma grande mulher agradou a todo mundo: nem Jesus Cristo, nem Winston Churchill, nem Madre Tereza. Porque você acha que você tem que agradar todo mundo? É um fardo muito pesado, ninguém tem que agradar todo mundo. Quem disse que você tem que agradar todo mundo?

Pegue o hábito de se questionar, discuta com você mesmo e ganhe a discussão com você mesmo. Quebre essa crença.

Essa conversa interna serve tanto para suas crenças, quanto para suas histórias pessoais e também para suas metáforas pessoais.

Então vamos lá: 

Pegue cada uma de suas crenças de luta, cada uma de suas histórias pessoais e cada uma de suas metáforas pessoais e use a técnica da Conversa Interna Dirigida. Questione-se. Determine o quanto essa crença/história/metáfora é boa; avalie os prós e contras de cada uma delas. Algumas são boas, úteis para você e talvez valha a pena mantê-las de forma consciente, porque você quer. Ouras te atrapalham e te limitam e através desse processo você pode e vai vencer essa discussão, quebrando-as.

***

Felizmente, quando o assunto foram as questões financeiras, eu não identifiquei crença de luta, nem metáfora ou história pessoal que me impedisse de ir adiante (pode até ser que existam, mas até então não identifiquei). Porém, existiam outras questões relacionadas à sucesso, à minha vida profissional, que sim, estavam me segurando. Vou dar um exemplo pessoal de cada obstáculo, para vocês entenderem como eu fiz.

Crença de luta

Se não for difícil não tem graça
É verdade que muitas coisas na vida não serão fáceis, simples ou rápidas demais. Mas pode ser que sejam. E se forem é o momento de desfrutar ainda mais, pois essa facilidade pode ser fruto de seu desenvolvimento ou mesmo fruto do imprevisto que estamos sujeitos no dia-a-dia. Temos uma percepção de que se alguma coisa é difícil acabamos por dar mais valor. Mas não precisa ser assim o tempo todo. Aprender a receber as bênçãos fáceis da vida é uma obrigação e, convenhamos, é extremamente prazeroso.

História pessoal

Não sou considerado um vendedor; falo pouco com os outros
Um vendedor tem que falar muito? Tem que ser o falastrão, um cara que gesticula, tem mil e uma artimanhas para convencer o cliente a comprar seu produto ou serviço? Não, acho que não. Um vendedor é um cara que comunica valor para o outro e acaba fazendo negócios com ele porque estabelecem uma relação genuína de confiança mútua. Falar muito ou pouco não tem nada a ver com ser um bom vendedor: estabelecer boas e relações confiáveis sim. Afinal, tendemos a fazer bons negócios nas pessoas em que confiamos e consideramos amigos, não é?

Metáfora de vida

“O sucesso é um longo e árduo caminho”
O sucesso não precisa ter um caminho longo e tampouco árduo. É lógico que desafios (e oportunidades) aparecerão e eles exigirão alguma dose de esforço, mas nem sempre será assim. Pode vir bastante rápido e isso vai depender de fatores internos e externos. Além do mais, não é um caminho árduo – afinal, tão importante quanto atingir o objetivo é curtir o caminho para se chegar até ele.


Já devo ter falado isso em algum momento dos últimos posts: eu fiz todos esses exercícios e eles nos dão um nível de clareza e autoconhecimento jamais imaginados. Especialmente esse que trata do principal alimento para os medos e para o Guardião.

No próximo post trataremos de mostrar como trazer o Guardião para o seu lado: aquela parte de sua personalidade que te sabota poderá estar ao seu lado - e acredite: ele é MUITO poderoso!


Até lá!


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