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15 de agosto de 2010

Estratégia com opções: VENDA COBERTA

O Mercado de Opções é caracterizado por sua alta volatilidade diária (dependendo do momento, uma opção pode variar mais de 100%) e por características específicas (como a influência da taxa de juros, tempo para o exercício da opção, volatilidades e o ativo subjacente, já que as opções são derivativos destes) torna-se um mercado extremamente visado por investidores; principalmente para os amadores que, com pensamentos errados, imaginam que possam acertar sempre e dobrar seu capital em um curtíssimo espaço de tempo.

O que é uma opção: Uma opção de um ativo objeto ou subjacente será o direito (não uma obrigação) de comprar o ativo (opção de compra) ou o direito (não uma obrigação) de vender o ativo (opção de venda) a determinado preço e dentro de um determinado período de tempo no futuro.

Nessa estratégia trataremos apenas das opções de compra, que também são conhecidas no mercado como call.

Podemos ser dois "personagens" diante da mesma opção:
  • o titular, ou comprador da opção, que é o investidor que paga para ter o direito sobre o ativo objeto;
  • ou o lançador, ou vendedor da opção, que é o investidor que recebe o prêmio (ou o valor da opção) que assume o compromisso de entregar o ativo na data futura determinada se o titular assim quiser.
A estratégia de venda coberta, portanto, consite em:
  • Lançar uma CALL (ou seja, o investidor será o vendedor da opção) para cada ativo que se tenha na carteira, ou que se compre no mercado;
  • A premissa desta operação é “abrir mão” de parte dos lucros na alta em troca de remuneração imediata no mercado “de lado” ou “em queda”;
  • Para investimento de longo prazo, o importante é a solidez da empresa, o preço médio não tem importância.
Essa estratégia, para a maioria dos investidores, é considerada a mais conservadora em bolsa e, dependendo do momento em que é realizada, pode facilmente superar as taxas do mercado de renda fixa que tem como referencial o CDI, por exemplo.

Quais são seus objetivos? São dois: rentabilizar suas ações e proteger suas ações para uma eventual queda.

A estratégia é executa da seguinte maneira, por exemplo:

  1. Compramos o ativo no mercado à vista: 1000 VALE5 a R$ 38,00
  2. Vendemos (lançamos) no mercado de opções: 1000 VALEK36 a R$ 4,00 (opção de compra)
  3. Seu custo da operação passa de: R$ 38.000,00 para R$ 34.000,00

Veja o exemplo da operação abaixo:
Você fica protegido até uma eventual queda no preço das ações para R$ 34,00, já que esse é seu novo preço de compra.

Sendo exercido na operação você já sabe quanto ganhará (no caso, R$ 4,00).


Cenários
Preço da ação sobe para mais de R$ 36,00:
Você é exercido, vende cada ação por R$36,00

Preço da ação fica entre 34,00 e 36,00:
Você fica com o prêmio das opções e não é exercido

Preço da ação cai para 30,00:
Você não é exercido, seu prejuízo começa apenas quando o preço vai abaixo de R$ 34,00, diferente da compra a vista, que lhe daria prejuízo quando o preço fosse abaixo ou igual de R$ 38,00

Concluindo: no mercado de ações podemos, tranquilamente, obter rentabilidades melhores que no mercado de renda fixa com um nível de segurança relativamente alto.

Se essa operação for feita todos os meses, pode-se dizer que, aos poucos, o investidor vai aumentando seu patrimônio por agregar os prêmios recebidos ao montante.