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28 de junho de 2013

Desemprego e finanças pessoais

Uma das principais causas de endividamento das pessoas é o descontrole financeiro. Porém, o que poucos sabem é que o desemprego também encabeça o topo da lista. Ele pode causar dívidas momentâneas, muitas delas relacionadas à sobrevivência: dívidas com supermercado, aluguel, contas de concessionárias de serviços públicos, etc. Em linha com o senso comum, o principal meio de pagamento que pode fazer com que a situação fique ainda pior devido seu elevadíssimo poder de destruição das finanças pessoais através dos absurdos juros, é o cartão de crédito.

Muitas pessoas contam demasiadamente com o seguro-desemprego que proporciona, ao menos temporariamente, certa tranquilidade ao trabalhador, recursos bem básicos para se manter e/ou manter sua família enquanto procura recolocação no mercado de trabalho. Apesar de ser um direito, contar apenas com essa remuneração é assumir um risco muito grande.

Mas como não se endividar numa situação dessas? A atitude adequada não é corretiva, e sim preventiva: enquanto a pessoa está trabalhando deve respeitar a primeira regra em finanças pessoais (gastar menos do que se ganha) e focar em criar uma reserva de emergência. Alguns podem dizer que não têm disciplina suficiente para isso. Eu replico: ou se cria a reserva ou se perece. Imagine se algo gravíssimo acontece – um problema de saúde, por exemplo – e você não tem como custear, senão o todo, ao menos parte dessa emergência e urgência? O ruim poderia ficar ainda pior. Diante da consciência e da possibilidade de poupança você pode escolher formá-la e ter uma tranquilidade a mais ou deixar seu futuro totalmente ao acaso apostando na chance de se estressar bastante com dinheiro em períodos de mudança ou turbulência.


Decidindo por formar esse “colchão de segurança”, nasce outra pergunta: qual deve ser o tamanho dessa reserva? Isso depende muito de seu padrão de vida. Uma referência é o montante mínimo acumulado de 6 meses de despesas, caso seja assalariado, ou 12 meses, caso seja um profissional liberal ou empresário. Se puder e quiser acumular mais, melhor! Outra pergunta que pode surgir após a definição desse montante é: onde deixar guardado essa reserva? Existem diversas opções de investimento. Se você não conhece nada desse ambiente, inicialmente guarde na caderneta de poupança; enquanto isso, procure aprender sobre alternativas mais rentáveis tais como Tesouro Direto, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), fundos de investimento em renda fixa, dentre outros. Caso tenha um evento inesperado, pode contar com a liquidez imediata da caderneta de poupança e resgatar o restante do dinheiro das outras aplicações num futuro breve e, ao mesmo tempo, minimizar o efeito da perda de poder de compra de sua reserva.

O importante é: se desempregado, faça o esforço para se recolocar o mais rapidamente com a melhor oportunidade possível; após se recolocar, faça com que o seu primeiro investimento seja a sua reserva de emergência, se ainda não a possui. A sua consciência agradecerá a tranquilidade financeira proporcionada!