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9 de março de 2013

(Super) Desigualdade na Distribuição de Riqueza nos EUA


Esse vídeo mostra infográficos chocantes sobre a distribuição da riqueza nos EUA, destacando tanto a desigualdade quanto diferença entre a percepção da desigualdade e os números reais.
A realidade muitas vezes não é o que nós pensamos que é.


Recebi esse vídeo de uma amiga no Facebook - não tinha visto até então; é interessante e ao mesmo tempo estarrecedor. Porém, apesar do volume que impressiona, o locutor disse uma coisa importante: é bem capaz que os ricos e os super ricos tenham ganhado seu dinheiro trabalhando duro por muito tempo e acredito que tenha o efeito "bola-de-neve" pensando em riqueza que passa através de gerações.

Raciocínio um pouco simplista só para ilustrar: digamos que em meados de 1800 seu tatatataravô fosse Henry Ford. Ele é considerado o pai da indústria automobilística mundial. Se tudo correu razoavelmente bem, provavelmente você faria parte dos 1% mais ricos atualmente (entre as 3 milhões de pessoas super ricas nos EUA). Porém, existem casos como Warren Buffet e seu amigo, Bill Gates. Bilionários pelo talento, pela oportunidade, pela gestão e pelas pessoas que colocou ou aprenderam a colocar ao seu redor para ajudar a enriquecer. Sim, existem casos de gente que ganhou (e ganha) muito dinheiro na base da falcatrua, alguns, inclusive, das indústrias farmacêutica e financeira. Mas eles são poucos - apesar que o "poucos" podem representar dezenas ou centenas de milhares de pessoas.

Pensemos da outra ponta, os mais pobres. Infelizmente, tanto lá, como aqui e como em qualquer parte do planeta existirá desigualdade. É utopia (apesar de alguns amarem essa possibilidade) pensar que não existirão desigualdades. As diferenças (até mesmo as sociais e econômicas) é que faz de nós seres humanos. Pensamos diferente, agimos diferente, somos egoístas em um ou outro momento, temos compaixão algumas vezes e a soma disso e mais um monte de coisas produz o resultado coletivo. As pessoas super pobres podem e devem ser ajudadas; de que forma? Elevando o grau de consciência, mostrando e ensinando-as que elas podem ser muito melhores do que os pais, avós, ascendentes - como eles jamais foram! De que forma? Educação. Mas não só educação das escolas, faculdade... não... educação no sentido de construir o pensamento crítico-investigativo, de ajudar a mostrar que existem milhares de possibilidades que elas podem fazer (empreender) e se ajudarem, além de ajudarem as pessoas ao seu redor. Precisa de incentivo? Tenho certeza que sim - e ele deve ser bem direcionado para que as ações sejam eficientes e eficazes.

De onde deve partir essa ajuda? De cima para baixo (não necessariamente do super topo). Da minha parte, costumo em uma ou duas conversas, colocar a pessoa para pensar, estimular a ação, mostrar que ela é muito capaz, muito mais do que ela mesmo imagina. Algumas vezes bastam uma ou duas conversas; outras vezes, alguns meses. Depende muito, já que somos diferentes e temos desafios internos percebidos de maneira diferente. O ponto é: não podemos para de nos ajudar.

Quanto ao capitalismo: até agora é o sistema que deu certo no mundo, mas o capitalismo atual está falindo. Vejo que ele terá de evoluir para um capitalismo mais social no sentido de valorizar o ser humano, de que a classe patronal invista nas pessoas para que se possa formar mais gente, aumentar o nível de consciência e que seus negócios possam beneficiar ainda mais pessoas. A classe trabalhadora, com esse nível de reconhecimento e incentivo para se desenvolver, ou trabalhar mais forte visando o bem comum ou mesmo, em um ou outro momento, se tornar patrão, com a visão de ajudar mais gente em uma posição de força. Isso é o que enxergo, mas sei que é um pouco distante da realidade atual.

"Se ficar o bicho pega; se correr o bicho come; se nos unirmos o bicho foge"


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