Busca

10 de dezembro de 2009

Alguns passos para o conhecimento em finanças pessoais

Não poderia deixar de publicar palavras tão concisas e importantes quanto as que estão abaixo. São do Marco Antônio Goulart (mais informações em www.marcofinanceiro.com.br)


Dinheiro quando bem utilizado pode trazer felicidade, por isso precisamos saber administrar nossos recursos.

Antes de saber como administrar é preciso que se tenha conhecimento da própria personalidade, objetivos para o futuro próximo e distante.

A personalidade esta diretamente ligada a nossa capacidade de administrar determinado tipo de investimento, se somos pessoas conservadoras devemos nos manter afastados de negócios de alto risco, por outro lado se somos arrojados podemos participar de negócios de maior risco e maior capacidade de retorno. Existe uma máxima no mundo dos investimentos: quando maior o risco, maior a possibilidade de ganho/perda.

Além de nossa personalidade o estágio da vida em que nos encontramos também deve influenciar nossas decisões de investimento, pessoas jovens podem se dar ao luxo de correr mais riscos pois caso algum problema venha a ocorrer ainda existem muitos anos pela frente para superar tal eventualidade. Pessoas mais velhas não tem esta facilidade, já que muitas vezes tem de sustentar filhos, moradia, etc.

Então o como administrar estará diretamente relacionado a nossa idade e personalidade, mas e os objetivos? Esse é talvez o passo mais difícil de se realizar, quais os nossos objetivos para o futuro? Do que gostamos? O que queremos? Precisamos pensar hoje sobre onde gostaremos de estar no amanhã. Os objetivos podem estar relacionados a moradia (casa própria), viagens, estudo, família. É importante que existam metas para cada aspecto da vida, tarefa complexa.

De posse destas metas temos o onde chegar. Já sabemos que para chegar lá precisamos conhecer nossa personalidade e reconhecer qual o estágio da vida.

O como chegar esta relacionado com nossas atividades do dia a dia. Se precisamos ter 100 mil reais daqui a 10 anos para atingir nossos objetivos então precisamos realizar atividades que nos remunerem de forma suficiente a suprir nossas despesas diárias e gerar uma poupança, que com o tempo se transformará no montante desejado.

A atividade diária que devemos realizar é o conhecimento de nossas receitas e despesas. Para economizar primeiro precisamos saber quanto gastamos e quanto sobra no final do mês, e se não sobra nada como fazer algum tipo de economia.

De posse do conhecimento de receitas e despesas temos a geração da poupança, ou seja, o que nos fará chegar onde desejamos.

Agora entra o como administrar. Devemos tratar nossa poupança como algo valioso, mais do que uma quantia em dinheiro é a realização de nossos objetivos e recompensa pelo afinco depositado nesta tarefa. Nossa poupança esta disponível para o investimento. O mercado nos oferece todo o dia diversas possibilidades de investimento, do mais agressivo e com maior chance de ganho ou perda, ao mais conservador. Como administrar deve partir de nossa capacidade de obter conhecimento sobre investimentos, prática e experiências vividas neste cenário. Em geral pessoas que já tem um montante elevado de poupança pagam para que outros administrem esta poupança. Os que não têm esta sorte devem administrar seus recursos por conta própria. Quanto maior o conhecimento e dedicação maior a rentabilidade da poupança.

Mas quanto minha poupança deve render? Posso colocar meu dinheiro na caderneta de poupança do banco já que o banco me diz que ela rende X% mais inflação? A poupança deve render o necessário para que se atinja o objetivo financeiro futuro de acordo com as economias mensais. Para se ter o conhecimento exato a respeito disso é necessário que se faça algum tipo de cálculo financeiro. De qualquer forma é preciso saber que o poder do tempo é enorme quando pensamos em investimentos. Ex: uma economia diária de 0,12 centavos que obtem uma rentabilidade de 1% ao mês (algo bastante factível) se transformará, após 40 anos, em algo em torno de R$ 380 mil. Parece mentira, mas é isso mesmo!

Então quando o assunto é investimento precisamos ter em mente que devemos conhecer nossos objetivos, planejar, dedicar tempo ao conhecimento das possibilidades de investimento, e nos dedicarmos diariamente à realização de economia geradora de poupança.


Por Marco Antônio Goulart, associado núcleo APIMEC-SC, administrador, investidor, e pesquisador do projeto PLATIC (www.platic.ufsc.br).

Nenhum comentário:

Postar um comentário