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27 de agosto de 2009

Saindo da Crise Financeira (Não se trata da crise mundial!)

Muito se fala da primeira grande crise financeira do mundo nesse novo milênio e século. Crise de 2008 pra cá, crise de 2008 pra lá...

MAS...

Como sair de uma crise quase constante da vida de um brasileiro comum? Como sair da Crise Financeira Pessoal?

Seguem alguns passos que podem fazer a diferença e dar um "norte" para desatolar e começar a ser financeiramente rico:

1. Administração de crise financeira

Uma crise financeira pessoal é um sério problema para qualquer pessoa. Depressão, ansiedade, baixa auto-estima, enfraquecimento da saúde são alguns dos efeitos de uma crise financeira pessoal.

O quadro fica agravado porque a pessoa se defronta com uma situação onde precisa dar o máximo de si para resolver o problema justamente no momento em que seu estado psicológico está debilitado.

Também nesse momento a pessoa freqüentemente precisa tomar decisões difíceis e fazer sacrifícios dolorosos que podem acarretar mudanças importantes em sua vida.

Por tudo isso, é relevante lembrar dois aspectos importantes:
  • A prevenção ainda é a melhor arma contra a crise financeira pessoal.
  • Uma vez instalada a crise financeira ou aos primeiros sinais de sua aparição, deve-se buscar uma solução o mais rápido possível.

2. Prevenção de crise financeira

A adoção de medidas preventivas para lidar com as crises financeiras tem dois objetivos básicos:
  • Permitir que a pessoa não seja surpreendida por fatos previsíveis.
  • Criar um plano de contingência para lidar com situações realmente imprevisíveis.
As recomendações seguintes ajudarão a prevenir as crises financeiras pessoais.

a. Ter e respeitar um orçamento de renda e gastos;
b. Não se endividar até o limite do orçamento;
c. Cortar o endividamento crescente;
d. Não se financiar a juros altos;
e. Manter um fundo de reserva para cobrir despesas extraordinárias;
g. Criar um plano de contingência para a lidar com a crise.


3. Enfrentando a crise financeira

Os caminhos para solucionar uma crise financeira pessoal não são muito diferentes daqueles utilizados pelos governos e pelas empresas. Eles se fundamentam em duas medidas básicas:
aumento da renda e redução dos gastos. Apesar de simples em seu enunciado, a implantação dessas medidas requer firmeza de decisão, ação e criatividade.

O aumento da renda geralmente significa trabalho extra. Não é fácil conseguir esse trabalho e quando obtido exige sacrifício do tempo dedicado à família ou ao lazer.

A redução dos gastos também é difícil por dois motivos. Em primeiro lugar exige algum trabalho de análise e controle. Segundo, reduzir gastos significa fazer sacrifícios, o que contraria a essência da natureza humana.

Como as medidas para aumento de renda ou redução de gastos exigem sacrifícios, as soluções são proteladas e a crise tende a se agravar.

O ponto fundamental para se obter o saneamento financeiro das contas pessoais é tomar as decisões certas e sem protelação. Quanto mais demoradas as soluções para os problemas financeiros pessoais, menores serão as chances de sucesso. Neste aspecto, a situação das pessoas é idêntica à dos governos na administração de suas contas.

Um programa de saneamento financeiro começa com a análise da situação financeira atual da pessoa e suas perspectivas de evolução num futuro próximo. Esta análise tem como objetivo fazer um diagnóstico preciso do problema, suas causas principais e secundárias. A partir daí serão buscadas as soluções.

Portanto, não basta examinar como as contas pessoais estão hoje. Também é preciso saber como elas ficarão mais à frente. O ideal é que a análise projete a situação financeira para um período de doze meses. Caso não seja possível fazer uma análise que cubra esse período, poderá ser adotado um prazo menor que não deve ser inferior a três meses.


4. Analisando a crise financeira

Um roteiro sugerido para analisar a crise financeira é o seguinte:
  • Qual é o problema financeiro e quais serão seus desdobramentos?
  • Se tudo correr bem como ficarão minhas contas?
  • Se acontecer o pior como ficarão minhas contas?
  • Qual é minha renda efetiva?
  • Como deverá se comportar a renda num futuro próximo, desconsiderando-se ocorrências imprevisíveis?
  • Qual é o orçamento de gastos efetivos?
  • Como deverão se comportar os gastos num futuro próximo, desconsiderando-se ocorrências imprevisíveis?
  • Existem gastos exagerados, desproporcionais?
  • Qual o peso dos juros no total dos gastos?

A resposta a estas perguntas facilitará a implementação de solução para o problema.

Uma vez obtida respostas para as perguntas mencionadas além de outras que a situação possa exigir, a pessoa deverá fazer uma projeção de entrada e saída de dinheiro - seu orçamento de pessoal de caixa .

Essa projeção é necessária porque o orçamento pode estar equilibrado em termos anuais, mas pode apresentar algum déficit ou sobra de caixa durante determinados períodos.

Para o mês em curso, essa projeção deverá ser efetuada em base semanal (talvez diária se a situação financeira estiver muito difícil), dando assim um maior detalhamento para as informações sobre a situação financeira imediata.

Para o resto do prazo (os onze meses seguintes, por exemplo) as projeções serão efetuadas em base mensal.


5. Encontrando as soluções

Depois que os dados e informações forem coletados na etapa de análise, será necessário encontrar as soluções. Para isso, é preciso responder às seguintes questões:
  1. As premissas usadas na análise do problema são realmente confiáveis?
  2. Qual a solução ideal para a crise financeira pessoal?
  3. Qual é a solução possível?
  4. Existiria um meio termo entre solução ideal e solução possível?
  5. A solução a ser adotada é arriscada? É flexível?
  6. Se existe mais de uma solução, qual delas deve ser escolhida?

Como foi mostrado antes, as soluções implicam basicamente em um aumento de renda, redução de gastos ou uma combinação das duas primeiras alternativas.


6. Aumento da renda

A solução ideal para os problemas financeiros seria um aumento de renda. Assim, não seriam necessários os sacrifícios impostos pelo corte dos gastos.

No passado, a saída clássica para os problemas financeiros era pedir um aumento de salário.

Entretanto, esta é uma situação passada. A realidade da economia nos dias de hoje obriga as pessoas a lutarem pelo seu emprego, não havendo espaço para reivindicações adicionais.

Em face desse quadro, o aumento de renda só poderá provir de trabalho ou atividade adicional. Isto significa trabalho extra à noite ou nos fins de semana ou a dedicação a alguma atividade empresarial, também com as mesmas limitações de tempo.

Quando se pensa numa solução provisória com o objetivo de lutar contra uma falta de dinheiro temporário, a solução do trabalho é mais factível. A pessoa já sabe que o trabalho extra não será definitivo e isto pode lhe dar ânimo para começar.

Caso a solução seja pela atividade empresarial, será uma decisão mais complexa porque ninguém abre um negócio para ter lucro no mês seguinte e encerrá-lo algum tempo depois. Além disso, dependendo da extensão da crise financeira, a atividade empresarial poderá ficar inviabilizada por falta de dinheiro.

A experiência tem demonstrado que o melhor caminho é o trabalho extra. E a melhor alternativa é aquele que pode ser efetuado em casa. Isto diminui o sacrifício e poupa tempo, pois evita o deslocamento da pessoa.

Algumas atividades são especialmente indicadas para a geração de renda extra. Elas não devem exigir investimento nem horários rígidos de trabalho. Alguns exemplos são: intermediação de serviços, telemarketing, marketing de rede, vendas, trabalhos em feiras e eventos, digitação, aulas particulares, consultoria, redação de textos.

A opção deve ser por soluções que propiciem entrada rápida de dinheiro e que combinem com as características da pessoa.

Além disso, é preciso ter o cuidado para que a atividade extra não prejudique o desempenho da pessoa em seu trabalho. Caso contrário a solução poderia se converter em um novo problema com a perda do emprego.


7. Redução de gastos

A redução dos gastos é uma das soluções mais utilizadas no processo de saneamento financeiro.

Diferentemente de geração de renda extra que pode depender de fatores externos, a redução de gastos é uma decisão que só depende da pessoa.

Para as pessoas que têm uma renda acima do nível mínimo de sobrevivência, na maioria de seus gastos existe algum espaço para redução.

O primeiro passo consiste em cortar os gastos supérfluos ou combater os desperdícios. Se ainda assim, as reduções se mostrarem insuficientes, será preciso tentar reduzir os gastos com mudanças estruturais em seu padrão de vida.

As medidas estruturais para redução de gastos implicam em dois tipos de mudanças nas despesas: adjetivas e substantivas.

Quando uma pessoa troca um carro caro por outro mais barato, para reduzir seu custo de transporte está fazendo uma mudança adjetiva. Por outro lado, se troca o carro por ônibus está implementando uma mudança substantiva.

- Reduções de custos não lineares geralmente dão os melhores resultados

Quando alguém estabelece uma meta de cortar 10% em todos os gastos, isto pode ser muito para alguns itens e pouco para outros. O resultado pode não ser satisfatório.

Um princípio importante a ser observado em todo esforço de redução de gastos é da materialidade.

Este princípio significa que os esforços devem ser dirigidos para aqueles itens de custo realmente significativos. Evidentemente não faz sentido desenvolver-se esforços para obter reduções de custos insignificantes.


8. Redução de pagamento de juros

As altas taxas de juros vigentes na economia brasileira estimula a expansão do crédito. Para muitas lojas, a maior parte do lucro é gerada pelas vendas financiadas. Este fato estimula a expansão das vendas a crédito com cheques pré-datados e carnês.

O crescimento explosivo do crédito caro tem contribuído para que o pagamento de juros ocupe um lugar de destaque nas crises financeiras que atingem a maioria das pessoas.

A principal medida a ser tomada com relação aos juros é reduzir o seu valor. Isto pode ser conseguido de três formas: redução de taxas de juros, alongamento de prazos de pagamento ou redução do principal devido.

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