Busca

30 de março de 2011

A Maria não "mariou" quando ganhou R$ 1,5 Mi

Não sou fã de BBB. Que isso já fique claro desde o início. Mas uma soma desse porte deve ser alvo de comentários, inclusive dos meus.

Não que quantias menores que um milhão de reais sejam menos importantes - em realidade, dependendo de seu padrão de vida com metade disso (R$ 500 mil) pode-se atingir a independência financeira.

Vamos lá. Como a Maria poderia não "mariar" com o prêmio recebido através do Reality Show?

Digamos que ela "torre" R$ 100 mil. Isso para satisfazer suas vontades e as dos outros, curtir parte do prêmio; enfim, fazer o que a maioria faria: aproveitar! E o restante seja aplicado de modo que ela queira uma renda perpétua mensal.

A primeira coisa a se fazer é determinar qual o perfil de investimento dela e uma meta de rentabilidade anual. Consideremos que ela não tenha experiência com investimentos (o que pode ser provável, afinal, grande parte dos brasileiros não têm) e que espere rentabilidade acima do CDI. No exemplo não consideraremos inflação, pois ela deve ser apurada de período a período, fazendo-se os ajustes necessários nos investimentos.

Para o cenário atual temos: Taxa Selic a 11,75%; nos últimos anos os imóveis subiram, em média, 20%; e nos últimos 10 anos a bolsa subiu 17% em média. No ano passado, o CDI teve variação de 9,75%; portanto, a meta de rentabilidade poderia ser de 10,71% bruto ao ano ou 8,57% ao ano (descontando o Imposto de Renda que consideraremos de 20%). Isso proporcionaria à Maria uma renda vitalícia líquida anual de R$ 120 mil ou R$ 10 mil por mês. Nada mal, não!?

Pois bem. Em quais cestas colocar os ovos? Digamos que Maria seja conservadora; pensando em uma carteira diversificada, relativamente estável e com componentes que possam turbinar os rendimentos alocaria-se 64% em Renda Fixa (R$ 900 mil) e 36% em Renda variável (R$ 500 mil), distribuindo, portanto, todo o capital restante (R$ 1,4 Mi).

1) Renda Fixa: R$ 900 mil

Títulos pré-fixados
-> R$ 225 mil em Letras Financeiras de banco de primeira linha com prazo de 2 anos - 13,1% ao ano;
-> R$ 225 mil em Letras do Tesouro Nacional com vencimento para 2015 - 13,1% ao ano;

Títulos Pós-fixados
-> R$ 225 mil em CDB de banco de primeira linha com 100% do CDI;
-> R$ 225 mil em NOtas do Tesouro Nacional Série B com vencimento em 2024 - 6,18% ao ano + IPCA.

2) Renda Variável

Fundos Imobiliários
-> R$ 100 mil CSHG Real State - 9,08% + variação da cota;
-> R$ 100 mil Shopping Parque Dom Pedro - 8,66% ao ano + variação da cota;
-> R$ 100 mil BB Fundo de Investimento Imobiliário Progressivo - 8,39% ao ano + variação da cota.

Fundos de Índice
-> R$ 50 mil CSMO11 - rentabilidade em 2010 de 27,24%
-> R$ 50 mil BRAX11 - rentabilidade em 2010 de 5,82%


Observem o seguinte: só com a renda fixa e os fundos imobiliários já seria o suficiente para se ter uma renda de R$ 10 mil por mês. Os IShares (fundos de índice) compõem a carteira para aproveitar os momentos em que a bolsa de valores sobe: o BRAX11 acompanha o desempenho do IBRX-100 e o CSMO11 acompanha o ICON.


Que a Maria não "marie" e saiba administrar bem esse presente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário