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13 de novembro de 2011

Quando se pensa em investir na bolsa de valores...

Bolsa de valores... que ambiente financeiro fantástico! Muitas oportunidades, forma de poupança no longo prazo, crescimento, lucratividade e valorização. Participação societária minoritária em grandes empresas, as empresas-referência no ramo de atuação. Todos esses benefícios são eternos? Não, claro que não. Uso com muito cuidado as palavras “sempre”, “nunca”, “jamais” ou qualquer outra com mesmo significado: apenas de uma coisa na vida teremos sempre certeza: nada está estático, tudo está em constante transformação. Incluindo ambientes de mercado, economia, bolsa de valores.

Cientes disso, não podemos simplesmente colocar nosso dinheiro em algumas companhias, deixar lá parado e “esquecer”, e, num futuro que sabe-se lá quando, retirar com uma rentabilidade milagrosa. Bolsa de valores não funciona assim; definitivamente não...

Se realmente queremos alguma coisa na vida, primeiro temos que defini-la em OBJETIVOS.

Portanto, o primeiro passo é: pense naquilo que gostaria de fazer com o dinheiro investido e quanto tempo vai precisar que ele renda. Escolha algo significativo pra você, algum motivo forte que faça com que se tenha disciplina e paciência para que ele mature. É interessante dar um nome para seu investimento (por exemplo: “meu carro novo”, “minha casa própria”, “viagem dos sonhos”), pois assim saberá exatamente o porquê de estar investindo e não se perderá com outros desejos.

O segundo passo trata-se da forma de se investir seu dinheiro, que podem ser:

- Compra direta de ações: você decide quais ações comprar e transmite essa ordem para a corretora e, assim, torna-se sócio das empresas que possui ações;

- Fundos de Índices – ETFs (Exchange Traded Funds): são fundos que buscam atingir o retorno de índices que representam determinados setores do mercado; é muito interessante porque com apenas uma ordem o investidor pode comprar uma cota do fundo e diversificar seus investimentos sem escolher uma ou outra empresa;

- Clubes de investimento: grupos de pessoas que se reúnem para investir em conjunto na bolsa de valores. Talvez seja uma das maneiras mais interessantes de se começar a investir, pois, além do aprendizado, ganhos, perdas e custos são compartilhados entre todos os membros do clube;

- Fundos de investimento em ações: o investidor compra cotas de um fundo de ações que é administrado por uma corretora ou um banco (ou seja: as instituições que decidem quais e quantas ações comprar).
 
Decidindo-se a forma de como investir seu dinheiro chegamos ao terceiro passo: escolha a melhor corretora para você.

O investidor deve ter em mente que a corretora é sua aliada. Ela ajuda em cada etapa do processo pré-investimento e conta com estudos e informações de especialistas de mercado. Isso não significa que o investidor deva seguir as recomendações: ele deve avaliar e, se assim estiver de acordo com o que pensa e com o que deseja, seguir a orientação dos especialistas. Lembrem-se: a decisão de executar qualquer operação é por conta e responsabilidade do investidor. As corretoras também oferecem serviços facilitadores de acesso ao mercado como o Home Broker (investimento via internet), além de relatórios de recomendações, informativos, entre outros. Encontre aqui sua corretora!

Estamos prontos para o quarto passo: conheça os custos e as taxas. Existem, basicamente, três taxas a serem conhecidas pelos investidores. São elas:

- Taxa de corretagem: valor cobrado pela CORRETORA para acessar o mercado. Dependendo da corretora pode ser uma percentagem sobre o volume financeiro operacionalizado ou um valor fixo;

- Taxa de custódia: valor mensal cobrado pela COMPANHIA BRASILEIRA DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA – CBLC para guardar as ações de todos os investidores. É como se fosse um “cofre” da Bolsa;

- Emolumentos: valor cobrado em relação ao volume financeiro a cada por operação que se é realizada na Bolsa. Esse custo é da BM&FBOVESPA.

Dentre as três taxas, o mais importante a ser observado é o da forma e valor da corretagem, porque, dependendo do volume financeiro a ser investido, ele pode ter um valor relativo elevado.

Conhecidas as taxas, chega o momento do quinto passo: abrir a conta na corretora escolhida. Basicamente é necessário que se preencha uma Ficha Cadastral gratuita, assinar o Termo de Adesão e o Contrato de Intermediação e enviar a cópia de alguns documentos (RG, CPF e comprovante de residência).

 
Por fim, o sexto passo é: escolha suas ações.
Procure conversar com sua corretora, com os especialistas que nela trabalham; [muito importante] aprenda o máximo sobre as empresas, conhecendo suas estratégias de mercado, a forma como atuam, que mercados que atendem, quais são suas perspectivas de crescimento, comportamento no setor em que atua; uma seu lado consumidor ao seu lado investidor: procure usar os serviços das empresas em que você é sócio!

Ufa! Mas ainda não terminei. Quero ressaltar mais algumas coisas:

  • Muitas pessoas (e, infelizmente, alguns sites) pensam que para se investir na bolsa é necessário muito dinheiro. Não é verdade! O mais importante é você estabelecer a disciplina de comprar ações de boas empresas com regularidade visando atingir seu objetivo que, recomendo, deva ser de longo prazo (entenda longo prazo como 5 anos para mais).
  • Jamais invista todo seu dinheiro em ações: no mínimo, antes de investir, constitua uma reserva de emergência em ativos menos voláteis e mais líquidos que equivalham de seis a doze vezes o valor de seu custo de vida mensal.
  • Não aja de acordo com as emoções, não vá com “a grande massa”: comprar e vender por impulso são um dos erros mais comuns e fatais ao sucesso em bolsa de valores – paciência e disciplina são fundamentais para o triunfo no mercado de ações.
  • Procure aprender uma metodologia que te dê um “norte” quanto às estratégias traçadas: isso impede que você se desespere e compre na alta e venda na baixa, dentre outros erros bastante comuns.
  • Comece com pequenos passos: conforme disse, os clubes de investimento e até os ETFs podem ser uma excelente forma de se aprender a investir na bolsa.
  • Jamais siga as dicas “infalíveis”: estude por conta própria, se necessário, e lembre-se de que não existem “atalhos” ou “segredos” nesse ambiente – existe paciência, disciplina e escolhas fundamentadas.

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