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30 de dezembro de 2010

Os três maiores segredos do maior investidor do mundo, Warren Buffet

Último post da década. Espero que tenham tido um excelente Natal e, daqui a pouco, uma excelente virada de ano!

Bem, vamos lá!


No domingo passado (26/12/2010), no programa do Fantástico na Rede Globo, passou uma reportagem contando um pouco da história de Warren Buffet, dono de uma das 3 maiores fortunas do mundo (ele fica revesando o topo com Bill Gates, da Microsoft - que inclusive é seu amigo pessoal - e com Carlos Slim, do México, dono da Claro, Embratel e várias outras empresas). Para quem não sabe da história desse homem, vou contá-la de maneira breve, para se ter um panorama geral: (informações retiradas da Wikipedia com alguns adendos)

Warren Edward Buffett nasceu em Omaha, Estado de Nebraska, E.U.A.. É o segundo de três filhos e único filho de Leila (née Stahl) com Howard Buffett. Seu pai foi um corretor da bolsa e membro do Congresso dos Estados Unidos da América. Warren Buffett tem duas irmãs, Doris e Bertie. Seu avô era dono de uma loja de produtos alimentares em Omaha.

Desde criança Warren demonstrou interesse por fazer e guardar dinheiro. Ele ia de porta em porta para vender balas, Coca-Cola ou revistas semanais e também trabalhou na loja de doces de seu avô paterno. Ainda no ensino médio, ele era dono de várias ideias bem sucedidas para ganhar dinheiro, tais como: vender bolas de golfe remanufaturadas e customizar carros entre elas. Sua primeira declaração fiscal foi feita em 1944,alegando que sua bicicleta e relógio eram essenciais em seu trabalho teve uma dedução de $35. Em 1945 ele e um amigo da escola gastaram $25 para comprar uma maquina de pinball, colocando-a em uma barbearia local. Após algum tempo, eles eram donos de dezenas de máquinas em diferentes lojas - e ganhavam muito mais dinheiro que seus professores naquela época!

Os interesses em investir na bolsa de valores viam desde a infancia. Em uma viagem à Nova Iorque aos dez anos ele fez questão de visitar o New York Stock Exchange (NYSE). E nesse mesmo período ele comprou ações para ele e sua irmã. Na época do ensino médio ele já acumulara uma considerável quantia em dinheiro guardada, e investiu em uma empresa de seu pai e comprou uma fazenda, trabalhando de renda. No período em que terminou o colégio, Buffett já acumulava mais de US$90.000 (nessa época era uma quantia muito expressiva, especialmente porque praticamente não havia inflação).

Iniciou sua vida acadêmica universitária dentro da Universidade de Pensilvânia, em 1947, onde participava de uma fraternidade chamada Alpha Phi Alpha. Dois anos após ele se transferiu para a Universidade Nebraska-Lincoln, onde em 1950, aos dezenove anos, ele terminou seu curso, tornando-se um Bacharel em Economia.

Buffett ingressou na Escola de Negócios Columbia após aprender com Benjamin Graham e David Dodd, dois conhecidos analistas econômicos, autores dos livros "Security Analysis" e "O Investidor Inteligente". Ele recebeu a graduação de Mestre em Economia em 1951.

Benjamin Graham, como diz Buffett, depois de seu pai foi a pessoa que mais exerceu influência em sua vida. Isso porque a abordagem de investimentos usada por Buffett é baseada em Graham. Buffett gosta de comprar ações de empresas que estão sendo negociadas abaixo de seu valor intrínseco (valor real de uma ação).

Além de Graham, Philip Fisher foi outro investidor que influenciou as abordagens de Buffett. Para Fisher, comprar uma empresa barata não era tudo. Fisher acreditava que os investidores deviam comprar papéis de grandes empresas. Empresas líderes no setor, com alguma vantagem competitiva durável.

Nas palavras de Buffett: "Eu sou 15% Fisher e 85% Benjamin Graham".


Certo. Essas informações qualquer um consegue na internet. Mas o que me chamou a atenção na reportagem? Foi o seguinte:

Além de todas as referências aos grandes negócios que o mega-investidor realizou em sua vida, ressaltou-se três pontos interessantes:


1. Não faça dívidas

Warren Buffet, apesar de bilionário e tudo mais, é um cara bastante simples. Vive numa casa confortável, mas não é uma mansão. Vive no interior dos EUA, quando podia, se quisesse, viver esbanjando luxo e ostentação em Nova Iorque, Hollywood ou em qualquer outro canto badalado dos Estados Unidos (ou do mundo). Tem um carro que é usado e é muito difícil que o convençam de troca-lo (a filha dele, com muito custo, consegue). O que Buffet procura é simplesmente ter qualidade de vida - e ponto.

O que quero dizer com isso? Dívidas, se forem feitas, têm que ser, em último caso, "dívidas boas" e bem planejadas. O que quero dizer com "dívida boa"? Por exemplo: se você tiver condições e se não for te atrapalhar em planos já estabelecidos, uma pós-graduação pode dar a oportunidade de se aumentar a renda, depois que ela for concluída, certo? Porém, até chegar lá, se você não tem todo o dinheiro para pagar à vista (que seria o ideal), pode-se assumir o compromisso de pagar as mensalidades e, assim, ter um grau diferenciado em relação à grande massa de graduados que hoje se tem no Brasil - isso seria uma dívida boa.

Porém, observem: digamos que uma pós-graduação custasse R$ 13.500,00 à vista e o curso durasse 24 meses. Dentre as diversas formas de pagamento, uma pessoa escolhesse pagar R$ 600,00 por mês (mensalidade média de uma pós) durante os 24 meses que dura o curso. Considerando 24 parcelas de R$ 600,00 tem-se pago no final do período um montante de R$ R$ 14.400,00.

Só que... sem considerar custos operacionais, inflação do período e eventual imposto de renda, se uma pessoa quisesse fazer uma pós-graduação daqui a 24 meses, mas não tivesse urgência, ela poderia procurar uma aplicação que lhe rendesse 1,90% a.m. (relativamente conservador tratando-se de Brasil), durante 22 meses (para dar prazo para o resgate do investimento, matrícula, etc), aplicando R$ 500,00 por mês (16% menos de dinheiro que o pagamento da parcela do curso). No final de 22 meses, essa pessoa teria o montante de R$ 13.500,00 - o valor total do curso para ser pago à vista! Com uma aplicação conservadora, teve-se que juntar bem menos dinheiro (22 x R$ 500,00 = R$ 11.000,00), conseguiu-se rentabilidade de 22% no período e pagou-se bem menos que os R$ 14.400,00 - diferença de R$ 3.500,00!

Vivemos ainda, no Brasil, uma cultura de crédito e consumo. É relativamente fácil ter o que quiser, o crédito aqui é bem farto. Porém, da mesma forma, é muito fácil se endividar. O que temos de fazer e com que os juros trabalhe ao nosso favor e não contra nós. Pensem nisso.


2. Não se importe com a opinião dos outros

Pois bem, além de isso ser uma grande verdade no mundo dos investimentos (afinal, o dinheiro é seu e, no mínimo, você é quem tem que saber o que fazer com ele) é uma grande verdade na vida do dia-a-dia. Bem, estamos falando de uma pessoa de 80 anos de idade, certo? Pois bem, pasmem: em sua vida, Buffet viveu um triângulo amoroso - e público! Warren casou-se em 1952 com Susan Buffett Thompson, teve três filhos com ela e a partir de 1977, eles começaram a morar separados - mas continuaram casados. Nesse ínterim, a pedido de Susan, uma amiga, Astrid Menks, viveu com Buffet como companheira. Eles viveram assim até 2004, quando Susan veio a falecer e Buffet casou-se com Astrid. Para muitos hoje isso não é absurdo. Mas vamos tentar nos colocar na época, há 40 anos atrás: tratando-se de um triângulo amoroso (e os três se davam super bem) era algo abominável, ainda mais em cidade do interior!

O que quero dizer com isso: toda e qualquer decisão que tomar em sua vida é de sua responsabilidade - só sua. Não se importe muito com que os outros digam. Em um livro que eu li (Quem Pensa Enriquece - Napoleon Hill) tem uma passagem que fala bem disso: "Opiniões são as mercadorias mais baratas da Terra". É importante ouvir? Não sei, sinceramente não sei. Talvez sim, para ter um ponto de vista a mais e poder considerar alguma coisa que não se tenha visto. Mas, no final das contas, quem faz o quê com sua vida (ou com seu dinheiro) é só você.


3. Aprenda a lidar com as pessoas

Muitos vão estranhar esse último tópico: "aprender a lidar com pessoas?! Isso é brincadeira!?" Não, quem disse isso - e disse mesmo, não foi ninguém do Fantástico - foi o próprio Warren Buffet. Esse homem estudou e aprendeu a lidar com qualquer tipo de pessoa. Mas alguns vão gritar: "ah! Mas ele é o cara, não consigo fazer o que ele fez". Bem, com essa atitude não se conseguirá absolutamente nada... Porém, ele estudou essa particularidade em um best-seller que li, estudei e voltarei a estudar em 2011: "Como fazer amigos e influenciar pessoas - Dale Carnegie" (do inglês: "How to win friends and influence people"). A publicação dele é bem antiga, da capa vermelha, datilografada - só para constar: já existem livros impressos [risos]. Essa habilidade que desenvolveu através dos anos, foi a que proprocionou que fechasse um dos primeiros negócios: a compra de 80% da Nebraska Furniture Mart. Através de uma conversa informal, sem advogados, sem estresse, Warren Buffet fechou a compra com a Sra. Rose Blumkin por US$ 55 mihões, uma russa que não sabia nem ler ou escrever. Ou seja: ele soube lidar (e muito bem) com uma senhora de 95 anos que era dura na queda.

Se serve de recomendação, leiam o livro que o maior investidor do mundo disse que "mudou completamente a sua vida". Lidar com o ser humano é uma das maiores (se não a maior) habilidades que se pode ter. Saber elogiar sinceramente (não bajular), saber criticar (quando e como), saber os meandros que faz cada um de nós único, especial.

Que todos nós tenhamos um Excelente 2011 repleto de conquistas, prosperidade, realizações, abundância e muito dinheiro!

Até 2011!


Phillip Souza, o Investidor Milionário

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