Cartões de crédito são úteis para ganhar prazo naquelas compras nas quais você não conseguirá melhores condições para pagamento à vista. Entre pagar um valor à vista ou o mesmo valor com 30 dias de prazo, a segunda opção acaba sendo mais vantajosa, pois seu dinheiro pode ficar aplicado até o dia do pagamento.
O lado ruim dos cartões é a tentação. Para quem está sem dinheiro é um perigo! Fica ainda pior porque eles permitem facilmente a rolagem de dívidas, pagando-se o “valor mínimo”. Nesses casos, com as taxas de juros cobradas, ficar pagando aquele valor mínimo é um suicídio financeiro. Em pouco tempo, você pode ficar com uma dívida impagável. O Banco Central determinou que a partir de junho/2011 o valor mínimo a ser pago deverá ser de 15% e em dezembro/2011 passará para 20%. Enquanto isso se vigora 10% como valor mínimo. Vamos considerar o percentual mínimo de 15%; além disso, as bandeiras têm cobrado em média, 12% ao mês. Veja o resultado da “mágica dos juros compostos” contra você. Confira a tabela a seguir.
Além do tempo de quase 2 anos e meio, pagou-se 294% a mais que o valor original que era de R$ 3.000,00, praticamente 3 vezes mais! Observe outra coisa: no exemplo não se considera nenhum lançamento extra que se incorpora ao valor da fatura nem o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
Diz um antigo ditado: “dívida a gente não paga, negocia”. Especialmente nesse caso, o que se deve fazer é apurar o valor real da dívida, ligar para a administradora do cartão ou até mesmo para o gerente do banco, explicar suas dificuldades em pagar o cartão de crédito e negociar a dívida. Com isso, procure estabelecer condições melhores, período e valor a pagar, com juros também, mas menos exorbitantes. Lembre-se que o que deve ser negociado é o valor principal, a dívida real, o que não inclui os juros provenientes do período devido. Em “troca” você fica sem usar o cartão de crédito; ele fica bloqueado.
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