Demanda reprimida poderia ser definida como a capacidade de consumo de algum bem ou serviço que não se concretiza por algum motivo, seja por falta de renda, falta de produção, falta de infra-estrutura para sua utilização, etc...
Um exemplo bem claro é o que tem acontecido no mercado imobiliário brasileiro: especialmente devido a falta de crédito, o Brasil tem uma enorme demanda por imóveis, por construção civil. Isso, antes da facilitação de acesso ao crédito, fez com que os imóveis se valorizassem mais devagar e tivessem uma liquidez (facilidade de vender e comprar) bem reduzida. Com o crédito farto e a diminuição das taxas de juros o cenário se modificou e observamos uma expressiva valorização do mercado imobiliário, bem como o aumento da facilidade de se comprar e vender o que alimentou (e alimenta) a demanda por esse tipo de bem. Outro exemplo, um pouco mais distante, foi quando se deu a mudança da moeda brasileira através do plano real: pode-se observar um aumento expressivo do consumo de iogurte e refrigerantes, pois o poder de compra naquele momento melhorou significativamente.
De fato, a identificação de uma necessidade não satisfeita pode ser uma oportunidade, inclusive, para empreender. Mas falando do aspecto das finanças pessoais, a satisfação quase que imediata dessa demanda pode ser um risco se não houver um planejamento e uma administração das expectativas de consumo.
Consumir faz bem, todo mundo sabe. Mas o maior cuidado que temos de tomar é o de consumir com consciência. Devemos sempre procurar diferenciar os desejos das necessidades, pois são esses dois mundos que ditam grande parte das nossas decisões de gastar o nosso rico dinheiro.
É óbvio que se tivermos a oportunidade temos o prazer de satisfazer nossos anseios. Mas aqui deixo uma questão básica para se refletir e, com isso, racionalizar a decisão: é um desejo ou uma necessidade? Lembre-se: especialmente as grandes decisões podem (e vão) impactar aquilo que você mais almeja. Portanto: calma e cuidado!
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