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2 de julho de 2009

Sobre sua vida financeira

Estou desenvolvendo um curso de Planejamento Financeiro Pessoal e convido-o a fazer uma reflexão sobre sua vida financeira. Responda as perguntas abaixo sem medo e reflita como anda sua saúde financeira.

O ser humano, ao gastar seu dinheiro, sempre o faz com alguma finalidade específica. Assim, quando vai ao supermercado para comprar carne e arroz, por exemplo, estará gastando seu dinheiro com a finalidade específica de atender às suas necessidades básicas de alimentação.

Mas não é tão simples. Além da satisfação das nossas necessidades, somos movidos também por desejos, às vezes incontroláveis. É assim quando compramos por impulso, quando cedemos à pressão da propaganda ou de familiares, entre outras causas.

Vamos às perguntas?



* Você acompanha suas despesas e receitas?

Sim – Muito bem! Você já está um passo na frente.

Não – Cuidado, esteja alerta! Dê o primeiro passo em direção ao controle financeiro.


Um sistema de acompanhamento de receitas e despesas poderá auxiliá-lo na tomada de decisões, qualquer que seja seu objetivo.

Experimente fazer alguns ajustes na conta de despesas. Some os valores que podem ser economizados mensalmente e projete para um período de 12 meses. Que tipo de bem você poderia adquirir ou quanto estaria poupando findo aquele período?

Um exemplo: Se você, na hora do almoço, toma duas latas de refrigerante e passa a tomar apenas uma, em um mês você terá economizado 30 latas de refrigerante, 360 em um ano, o que equivale a aproximadamente R$ 720,00, praticamente o preço de uma TV de 29 polegadas. E ainda sobraria dinheiro!



* Quando ocorre algum distúrbio na economia, você se reprograma com relação a suas receitas e despesas?

Sim – Ótimo! Você está no caminho certo, sempre atento.

Não – Cuidado! Você poderá ter surpresas desagradáveis.


Existem várias maneiras de se atingir o mesmo objetivo.

Imaginemos que você faça sempre o mesmo percurso em sua ida de casa para o trabalho.

Se, em uma determinada manhã, seu caminho costumeiro estiver interditado, você certamente encontrará uma forma alternativa de chegar ao seu destino. Ou, no mínimo, terá que se explicar no trabalho.



* Compara preços, para adquirir produtos ou serviços comparativamente mais baratos?

Sim – Excelente! Você não está jogando dinheiro fora.

Não – Atenção! Você poderá estar gastando mais do que o necessário.


Pesquisas sobre preços de mercadorias e de serviços têm revelado que há grandes diferenças entre os diversos estabelecimentos comerciais e de serviços.

Há casos de diferenças de preços que chegam a 40%.

Para se ter uma idéia, o retorno de uma aplicação em Caderneta de Poupança rende 6% ao ano!



* Você se programa financeiramente para atingir seus objetivos?

Sim – Muito bem! É prazeroso ver nossos sonhos realizados.

Não – Esteja alerta! Você pode estar caminhando sem direção.


Um provérbio chinês diz que: “Uma caminhada de mil quilômetros começa sempre com o primeiro passo”.

Dê esse primeiro passo e continue sempre caminhando em direção a seu objetivo.



* Você leva em consideração sua realidade para definir seus objetivos? Você tem “pé no chão”?

Sim – Legal! Você tem o pé no chão.

Não – Esteja alerta! Você pode estar caminhando sem saber se verá a luz no final do túnel.


Sabemos que há caminhos difíceis e tortuosos. Escolha aquele que apresente estrutura firme, e que você possa percorrer com a convicção de que é o melhor.

Querer atingir um objetivo é uma face da moeda. A outra é poder atingi-lo, ou seja, os objetivos têm que se enquadrar à realidade.

Admitamos que você tencione adquirir à vista, daqui a seis meses, um bem cujo valor exija esforço de poupança da ordem de R$ 550,00. Se não conseguir cumprir o planejado, você terá claros indicativos de que seu objetivo foi colocado fora de sua realidade (a meta está acima de sua capacidade).

O resultado poderá ser frustração: o esforço não foi coroado pelo prazer de ter o bem desejado.



* Conhece suas despesas mais significativas?

Sim – Muito consciente! Isto facilita as tomadas de decisão.

Não – Atenção! É de suma importância saber onde você gasta seu dinheiro.


Mas veja, é preciso mais que conhecer.

É preciso analisar as despesas mais significativas, com a finalidade de conhecer sua estrutura para descobrir possibilidades de redução ou, mesmo, eliminação. Não fazer isso poderá significar a possibilidade de ver seu dinheiro "escorrendo pelo ralo".

Admitamos que suas despesas mais significativas sejam aluguel, alimentação, telefone (fixo e celular) e educação. Os itens alimentação e educação são prioritários, de acordo com seus objetivos, e o item aluguel não permite redução neste momento.

Nesse quadro, qualquer tentativa de alteração na estrutura de suas despesas deverá considerar a redução nos gastos com telefone.



* Questiona a real necessidade do que compra?

Sim – Congratulações! Você sabe o que quer.

Não – Muita atenção! O consumo por desejo invariavelmente se transforma em gastos desnecessários.


As pessoas são normalmente estimuladas a consumir por necessidade ou por desejo.

É importante que você tenha conhecimento da medida de suas necessidades, para poder atendê-las de maneira equilibrada.

Saiba distinguir: comer é uma necessidade que precisa ser atendida; comer em restaurante é um desejo que deve ser analisado à luz da relação custo/benefício. Da mesma forma o vestir-se: diferentes marcas de roupas prestam-se à mesma finalidade, mas com significativas diferenças de preço.



* Evita compras por impulso?

Sim – Ótimo! Você é determinado.

Não – Cuidado! Você está muito vulnerável.


O propósito do marketing é atender e satisfazer às necessidades e desejos dos consumidores. Para estimular o consumo, utiliza todas as formas de apelo (condições facilitadas de pagamento, preço, promoção, pontos estratégicos de venda, etc.).

Comprar um eletrodoméstico só porque está sendo vendido em 12 parcelas de pequeno valor, sem atentar para o preço final nem para os juros que estão sendo cobrados é um exemplo.

Às vezes, o aparelho antigo está ainda bom, mas as prestações são tão pequenas...



* Evita comprar por influência de mão, pai, esposa (o), filhos, vizinhos, colegas de trabalho, religiosos, entre outros?


Sim – Excelente! Você é uma pessoa objetiva.

Não – Abra o olho! Siga seu próprio caminho.


Normalmente, os consumidores são influenciados por pessoas de seu convívio diário ou pelo ambiente que freqüentam.

Pressão da família (marido, esposa, filhos) para troca de veículo, convite do chefe para almoçar em restaurantes caros, desejo de acompanhar os colegas na compra de roupas de marca são exemplos de pressão externa sobre nossas decisões de consumo.



* Seu estilo de vida é condizente com sua condição econômica?

Sim – Ótimo! Você não dá o passo maior do que a perna.

Não – Sinal vermelho! O buraco pode estar ficando cada vez maior.


Existem várias possibilidades de definição de estilo de vida. Sua escolha dependerá dos seus valores, de suas crenças, do meio em que vive, de suas necessidades, etc.

O mais importante é que você saiba escolher aquele que esteja condizente com sua realidade econômica.

Freqüentar bares e restaurantes caros, comprar somente roupas de marca para atender a seus desejos de status, sem considerar sua realidade econômica, podem ser o caminho para dificuldades financeiras.



* Utiliza cartão de crédito de forma cuidadosa?

Sim – Muito bom! Utilize-o sempre para facilitar sua vida, não para se endividar.

Não – Muito Cuidado! Cartão de crédito não significa dinheiro sobrando.


O cartão de crédito, desde que utilizado com parcimônia e de acordo com a capacidade de geração de recursos, é ótimo instrumento para facilitar o controle de gastos.

Além disso, o pagamento da fatura do cartão de crédito deve ser agendado para data compatível com o recebimento dos haveres (salário, pró-labore, etc.).



* Informa-se sobre investimentos para obter a melhor rentabilidade sobre suas sobras financeiras?

Sim – Maravilhoso! Otimizar seus recursos é a melhor forma de alcançar mais rapidamente seus objetivos.

Não – É uma pena! Você pode estar perdendo grande oportunidade de aumentar seus rendimentos.


No mundo financeiro nos ensinam: quem tem a informação sempre estará um passo à frente na corrida por melhores negócios.

Se você pode ganhar mais utilizando os mesmos recursos, porque não fazê-lo? Por lei, os rendimentos da caderneta de poupança são de 0,50% ao mês mais a atualização monetária.

Existem outras aplicações financeiras cujos rendimentos são superiores ao da caderneta de poupança. Pesquise sempre. Veja o que será melhor para você.




Estudem sobre essas questões e, aos poucos, coloquem em prática os pensamentos e reflexões expostos. Seu bolso e sua vida financeira agradecem!

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