Não, esse não é um post sobre finanças pessoais ou
investimentos. É um post sobre um furto.
Além de desenvolver meu trabalho como educador financeiro e
consultor em finanças pessoais, também desenvolvo um negócio de mentoria em
marketing multinível em uma empresa da indústria do bem estar que, dentre várias
atividades, uma delas tem a ver com a distribuição dos produtos de nutrição.
Carnaval, folia e... negócios, claro! Ontem no início da
noite fui encontrar um amigo e mentorado para entregar alguns produtos que ele
havia me pedido e acabei também ficando algumas horas em sua companhia e de
outro amigo. Aqui em BH está chovendo nesses dias de Carnaval: hora chove, hora
estia; ontem caiu um dilúvio enquanto me encaminhava ao encontro desse amigo.
Para minha sorte nada de chuva forte quando tive de andar até o local de
encontro. Nos encontramos, depois decidimos comprar capas de chuva (apesar de
estar com guarda-chuva estava de mochila com um de meus livros –Subliminar, de
Leonard Mlodinow–); cheguei até comentar que a capa era uma proteção contra
furtos, já que cobria o corpo todo e dava mais segurança devido à
inacessibilidade aos bolsos da calça. Andamos, conversamos, e, mais tarde
decidi ir embora. Já era tarde, 23:00 mais ou menos.
Não fui de carro à Savassi; imaginei que estava muito cheio
e seria difícil estacionar. E assim estava. Então fui e voltei de ônibus.
Estava cansado e com muito sono. Meu celular tem vários alarmes: muitos deles
para avisar sobre quando medir minha glicemia por conta da diabetes e outros
para acordar, tomar insulina e dormir (sim, uso alarme para dormir senão fico
trabalhando ou mesmo navegando na internet até de madrugada, o que acaba
atrapalhando). Bom... ele despertou às 23:30. Tirei da mochila, desliguei o
alarme e coloquei-o novamente no bolso da mochila, com zíper. Pensei assim: “ah...
se me roubarem esse celular tanto faz... ele não vale nem R$ 100,00 mesmo”.
Pensamento estranho, né?! Afinal, estava indo para casa e já estava dentro do
ônibus. Algum tempo depois um rapaz (só lembro que ele estava com blusa azul)
sentou ao meu lado; conversava com as pessoas atrás de mim – parece que eles se
conheciam. Não dei ideia; nem sei onde ele desceu, na verdade. Bom, algo
corriqueiro, comum.
Desci do ônibus e estava com muita, mas muita fome. Porém,
antes de descer eu observei que tinha um rapaz vestido de preto sentado atrás
de mim e que me olhava com atenção. Achei estranho, mas ignorei: a minha fome
era maior – estava com princípio de hipoglicemia (fique sem comer muitas
horas... a fome de leão que você vai sentir, junto com uma tremedeira e tontura
pode ser caracterizada como uma hipoglicemia que, no caso de uma pessoa
diabética, tende a ficar ainda mais forte). Rapidamente cheguei em casa e comi.
Depois que a sensação passou, fui tirar as coisas da minha mochila: livro,
caderno e... cadê o celular? Olhei com calma, tirei TUDO da mochila e nada.
Poxa... perdi o celular! Mas pera aí: eu desliguei o alarme e o coloquei de
volta DENTRO da mochila. Peguei o celular de minha mãe e comecei a ligar para
meu número: número ocupado. Liguei várias vezes até que em algum momento alguém
atendeu: parecia que a pessoa estava andando (meu pai escutou a ligação, pois
tinha deixado no viva-voz). Liguei várias vezes e só chamava, até que hoje de
manhã, tentando ligar novamente (vai que o celular de alguma forma caiu, alguém
pegou e poderia devolver!?) o celular dava como desligado. Bom, paciência...
Não estou acusando ninguém, mas PROVAVELMENTE um “mão leve”
me furtou! Pode ter sido o rapaz de azul ou o rapaz de preto ou outro qualquer –
na verdade, tanto faz. Tomei as providências necessárias: entrei no site da
operadora, acessei minhas informações e bloqueei meu chip (agora só tenho que
ir à uma loja da operadora, pagar por um novo chip e resgatar meu número) e
bloqueei o código IMEI (espécie de “chassi” do celular). Já encomendei outro
aparelho e nos próximos dias deve chegar. Bom, infelizmente entrei para a
estatística: só no mês de janeiro desse ano (2015) tem contabilizado na CEMI (Cadastro
de Estações Móveis Impedidas) uma quantidade de mais de 5 milhões de aparelhos bloqueados
por furto ou roubo – muita coisa, infelizmente.
Mas porquê desse relato pessoal? Seguinte: meu inconsciente
tinha me avisado da GRANDE possibilidade de ocorrer o evento. Relembrando: “ah...
se me roubarem esse celular tanto faz... ele não vale nem R$ 100,00 mesmo”. É
IMPRESSIONANTE como a nossa intrincada maquinaria chamada cérebro que tem
milhares de segredos não-revelados, mostrou o que poderia acontecer naquela
viagem. Não sei quem foi e muito menos como foi, mas fui avisado. "Ah... mas é
muito preconceito dizer que posso julgar os outros pela cara". Não é bem assim.
Nesse mesmo livro que estava carregando –Subliminar– o autor descreve em um de
seus capítulos EXATAMENTE isso que acabei de expor: por algum motivo que atualmente
está um pouco além de nossa compreensão racional, conseguimos “sentir”...
melhor dizendo: perceber o que pode acontecer e quem pode ter sido o autor da
ação. Ele descreve isso com o exemplo de um filósofo e cientista estadunidense do final do século XIX, Charles Sanders Pierce: em uma viagem de barco a vapor de Boston à Nova Iorque, Pierce teve seu relógio furtado. Notificou o furto e insistiu que toda a tripulação se apresentasse no convés do barco. Caminhou em círculos por alguns minutos e não demorou a apontar um culpado. "Sem sombra de dúvidas eu sabia que era ele", descreveu. O tripulante, óbvio, negou e ficou por isso mesmo. Mas não para Pierce. Assim que saltou do navio contratou um detetive para investigar o caso. No dia seguinte, o detetive encontrou o relógio numa casa de penhores. Eles foram até o dono da casa e pediram para que descrevessem as características do homem que tinha empenhado o relógio: as características eram IDÊNTICAS ao homem que Pierce acusara.
Coisa de louco. E ponto para meu inconsciente! Ele tentou avisar, mas um não dei ouvidos.
Coisa de louco. E ponto para meu inconsciente! Ele tentou avisar, mas um não dei ouvidos.
Se quiserem descobrir mais detalhes sobre o que acontece na
nossa mente de forma inconsciente leiam o livro que destaquei. É bem
interessante, traz informações de como nossa mente funciona sem que percebamos.
Já aconteceu algo do tipo com você?
I like it
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