No último post nós abordamos o quarto obstáculo emocional que nos impede de seguir adiante que, inclusive, serve de alimento para o Guardião, para seus medos e para suas crenças de luta: suas Histórias Pessoais.
Apesar desse assunto ser similar ao anterior, ele é mais profundo. Vamos lidar com suas metáforas pessoais.
O que é uma metáfora? Metáfora é
uma comparação subjetiva: compara-se uma ou mais coisas e dentro de sua mente
você estabelece uma compreensão da relação dessas coisas. Um exemplo de
metáfora seria comparar o deslocamento dos elétrons de um fio como se fosse o
deslocamento da água dentro de um cano. Existem diferenças nessa analogia, é claro;
porém, com essas relações fica muito mais fácil compreender como funciona uma
corrente elétrica, por exemplo.
Nós, seres humanos, também usamos
metáforas. A metáfora também é uma história, mas é mais profunda: suas
metáforas de vida estão junto com suas crenças, com seus valores, com a
conversa interna do Guardião, com seus medos – e isso tudo as justifica.
E o que são essas metáforas?
Basicamente vamos abordar essas metáforas em dois níveis: metáforas em nível
de identidade e metáforas de definição.
O que são as metáforas de identidade? É quando as pessoas dizem assim: “eu sou um guerreiro” – isso evoca certas
características para a pessoa: algumas
boas – é uma pessoa que luta, que não desiste, que cai e levanta – e também
algumas ruins – um guerreiro está
sempre buscando uma guerra, é alguém que está em busca sempre de luta, não
necessariamente em busca de paz.
Outros exemplos: eu sou um
pai, eu sou um disciplinador, eu sou um professor. Também são
metáforas que levamos para a vida. Dependendo das metáforas que você usa para
se definir, você pode trazer muitas coisas boas e muitos problemas juntos.
Normalmente quem se define muito como um guerreiro, embora costume conquistar
as coisas que quer na vida, alcança com mais luta do que as pessoas que se
definem como um “artista da vida”, por exemplo – quem se define assim consegue
ter as coisas com menos dificuldades.
As metáforas também atuam no
aspecto financeiro. Quando você fala “eu sou um devedor”, “eu sou indisciplinado
com dinheiro”, “eu sou muito ruim com números”, “eu sou uma pessoa pobre” – e várias
outras. Em verdade, quando muitas questões financeiras são colocadas em pauta,
se analisarmos mais à fundo, podemos identificar questões afetivas mal
resolvidas. É por isso que procuramos trabalhar de forma abrangente os obstáculos
emocionais: a raiz geralmente não é uma questão financeira.
A ideia central não é questão de
dificuldade ou facilidade: isso foi trabalhado com as crenças de luta. A ideia
é identificar onde estamos criando mais dificuldades além do que elas existem
em função das suas metáforas pessoais. Se você tem uma metáfora que você é um
guerreiro (“Eu sou um espartano”) então é provável que sua vida seja repleta de
lutas: sempre estará combatendo as pessoas, sempre enfrentando dificuldades.
Temos de nos conscientizar dessas
metáforas para que possamos efetivamente trazê-las à tona e modifica-las, caso seja
necessário.
O primeiro passo é definir suas metáforas de identidade; como você se define:
como guerreiro, como lutador, como artista, como um pai, como uma mãe? Como você se define em termos de metáfora
de identidade? Pense em termos de papéis que você se atribui com a expressão
“eu sou” antes de vir a comparação.
E, além dessas, existem as metáforas de definição que criam as
circunstâncias à nossa volta. Por exemplo: “a vida é uma luta” – essa metáfora
diz que a vida é um combate, que temos que passar sufoco, dificuldade e tem
sempre um oponente; é uma metáfora perigosa.
“A vida é um jogo”: se é um jogo
pode ser um jogo de ganha/perde – para eu ganhar alguém tem que perder ou
vice-versa.
“O mundo é como um bolo, não tem
fatia grande para todo mundo”: é uma metáfora malthusiana e isso pode estar te
limitando.
Que metáforas você usa para a vida?
O foco aqui é tomar consciência
de suas metáforas: às vezes você tem metáforas que trazem limitações em
algumas áreas, mas para você isso é bom e, portanto, decide conscientemente mantê-la. O problema é
quando você tem uma metáfora que não está consciente e ela está te limitando em
várias áreas. Tomar consciência vai te possibilitar ou escolher manter ou
acabar com ela.
Quais são suas metáforas globais?
E sobretudo, as metáforas que você utiliza sobre o problema que você está
passando. “Esse problema é um bolo” ou “esse problema é um rolo que nunca
desenrola”. Que metáforas você usa para os problemas? “Esse problema é um jogo
de xadrez” – opa! Com inteligência e estratégia eu consigo vencer!
Quando você define as coisas
através de metáforas, ou se limita ou se dá possibilidades.
Vamos à atividade:
Quais são as metáforas que você usa para se definir?
Quais são as metáforas que você usa para definir a vida?
Quais são as metáforas que você usa para definir os
problemas pelos quais você passa?
Quais são as metáforas que você usa para definir a
felicidade?
Procure as metáforas que você usa e analise se elas tem sido
boas, positivas para você ou se elas têm limitado a sua ação.
No próximo post começaremos a explicar como resolver todos os problemas levantados nas últimas semanas. Vou apresentar um caminho para solucionar definitivamente esses obstáculos emocionais!
Até lá!
Confira os outros obstáculos:
Seu primeiro obstáculo EMOCIONAL: Medos
Seu segundo obstáculo EMOCIONAL: o Guardião da Escassez
Seu terceiro obstáculo EMOCIONAL: Crenças de Luta
Seu quarto obstáculo EMOCIONAL: Histórias Pessoais
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Até lá!
Confira os outros obstáculos:
Seu primeiro obstáculo EMOCIONAL: Medos
Seu segundo obstáculo EMOCIONAL: o Guardião da Escassez
Seu terceiro obstáculo EMOCIONAL: Crenças de Luta
Seu quarto obstáculo EMOCIONAL: Histórias Pessoais
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